Apresentação

Pra quem acredita que a lua-de-mel não acaba quando voltamos da viagem...

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Feliz Natal

Hoje é dia de natal! E o post vai ser diferente do que costuma ser toda semana.

                 


Eu e Meu Bem estamos viajando e ontem à noite ficamos lembrando de todos os natais que passamos juntos desde que começamos a namorar.

Começamos a namorar em 2012 e nesse ano passamos a véspera de natal cada um na sua casa, com sua família, mas no dia de natal juntamos as duas famílias na casa dos meus sogros.

Em 2013 estávamos noivos e foi o primeiro natal da minha vida que passei longe da minha família, pois fui viajar com o Meu Bem e a família dele. Ficamos aproximadamente 15 dias na Inglaterra e 1 dia em Paris. 

No ano passado, 2014, foi nosso primeiro natal casados. Na véspera de natal fomos à casa da tia do Fellipe, que iria viajar no dia seguinte. No dia de natal meus sogros e nós dois fomos para a casa dos meus pais, onde estava toda a nossa família.

Esse ano, 2015, resolvemos viajar no natal e reveillon. Como já contei para vocês das minhas mudanças de emprego ao longo desse ano, eu não teria férias pra tirar. Tinha apenas essa semana, do dia 24 ao dia 01, como recesso. A empresa do Meu Bem também entra em recesso nessa data e seria nossa única oportunidade de viajarmos juntos durante um tempo mais longo.

Escolhemos vir para o Chile, mas na semana que vem vou contar mais sobre nossa viagem. O que vou falar sobre esse lugar hoje é a forma que comemoram o natal.

Aqui se comemora o natal diferentemente do Brasil. Parece que as pessoas não dão tanta importância para esse feriado. Ontem a noite muitas casas estavam com as luzes apagadas, não ouvimos fogos e nem vimos decorações de natal. Sabemos que aqui somente o governo pode soltar fogos (o que eu acho ótimo, porque os fogos assustam crianças e animais). 

Nós lemos também que no dia 24 muitas das lojas e restaurantes fecham. Poucos ficam abertos. No dia 25 não há quase nada aberto por aqui. Por experiência de alguns colegas que vieram pra cá nessa época, sabemos que é verdade mesmo. Por isso ontem achamos um mercado onde compramos alguns alimentos que poderíamos comer durante a ceia de ontem e o dia de hoje, já que alugamos um apartamento que tem cozinha também.

Alguns restaurantes oferecem a ceia de natal, mas com um preço muito alto. Vimos o cardápio de um deles que estávamos pensando em ir, mas não é um cardápio muito tradicional de natal. Então resolvemos fazer nossa própria ceia em casa. 

Ainda não saímos do nosso apartamento hoje. Aqui é uma hora atrás em relação à São Paulo. Mas no nosso planejamento de turismo decidimos visitar alguns parques públicos que existem por aqui.

Cheguei a conclusão que nenhum dos natais que passamos juntos desde que namoramos foi parecido. Todos sem rotina rs... mas uma coisa nunca pode faltar, que é o bom humor e a alegria de estarmos com pessoas que amamos.

Pela primeira vez na vida estou passando um natal com tão poucos membros da família. Só meu esposo, no caso (haha). Por mais diferente que esteja sendo, estamos aproveitando e vivendo boas experiências.

Desejo que o natal de cada um de vocês seja recheado de amor e diversão. Mesmo que vocês não estejam com todos que amam por perto. Com o tempo fica difícil se reunir com todo mundo e sempre vai ter um pedacinho do nosso coração que estará em outro lugar. Mas que não se perca em nenhum momento a gratidão pelo verdadeiro sentido do natal, que é o nascimento de Cristo. 

Li uma frase hoje que achei linda e propícia para esse dia: Todo menino quer ser homem; todo homem quer ser Rei; mas somente o Rei do Universo quis ser menino por nós.

Que sua família seja abençoada e onde quer que você esteja, que haja o amor de Deus em sua vida!

Feliz Natal!


sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Um amor amarelo

Quem me acompanha nas redes sociais viu que nessa última semana perdemos um dos nossos gatinhos de estimação, o Bóris. 



Eu já falei dele uma outra vez (aqui). Bom, essa é a Saga do Bóris, o nosso gato amarelo.

O Bóris era de uma prima do meu esposo. Por motivos particulares ela não pôde mais ficar com ele. Nessa época, estávamos noivos, quase no mês do casamento. Nós já tínhamos adotado o Bruce, com apenas 15 dias de vida. Decidimos ficar com o Bóris também. Dessa forma, antes de nos casarmos já tínhamos 2 gatos. 

Buscamos os dois no dia que voltamos de lua-de-mel. O Bruce estava com 1 mês de vida e o Bóris com 3 anos e meio, aproximadamente.

O Bóris sempre teve problemas urinários. Nos gatos, as pedras se formam na bexiga, em vez de ser nos rins, como nos seres humanos. Depois de muitas infecções urinárias, Bóris precisou ficar com uma sonda por 3 dias, pois estava com um cálculo de 3 mm. Ele conseguiu expelir o cálculo pela sonda e tudo ficou tranquilo. 

Desde sempre ele comia uma ração especial, sem sal, então continuamos com o tratamento exatamente como os veterinários indicaram.

Depois de 4 meses desse episódio, Bóris passou mal novamente. Levamos urgentemente para o hospital veterinário 24h. Ele precisou ser operado, pois sua uretra havia se rompido. Ele estava com infecções porque a urina se espalhou pelo corpo. A cirurgia durou em torno de 6h.

O procedimento comum é transformar o pênis do gatinho em uma vagina, pois assim o canal urinário ficaria mais largo, mas esse procedimento não deu certo com o Bóris. O que foi possível fazer foi construir um novo canal urinário que sairia pela barriga.  

O pós operatório foi muito doloroso pra ele, com muitos pontos, inflamação, curativos. Ele ficou estressado e irritado, teve vômitos e diarreia, usou sonda por 15 dias, precisou ser tosado de uma forma irregular e seu pêlo nunca mais cresceu de forma igual. Também foi difícil para nós. Estávamos cansados, dormindo pouco porque ele tomava em torno de 8 remédios por dia (entre gotinhas, compridos e spray), fora a troca de curativos 3x ao dia. Precisávamos voltar pra casa na hora do almoço todos os dias para trocar o curativo e medicar. Todos sofremos.

Em menos de um mês ele tirou os pontos e conseguiu voltar a ter uma vida "normal". O problema é que o Bóris era o "Jonas" dos gatos (sabe a história bíblica do Jonas, que tudo deu errado quando ele entrou num barco pra fugir? Então, tudo dava errado com o Bóris também).

O novo canal urinário começou a se fechar, pois o corpo dele começou a "cicatrizar" o buraquinho. Ele fazia xixi gotejando e sujava a casa toda (vivíamos com as portas fechadas e eu limpava a casa todos os dias). As opções eram: operar novamente ou eutanásia. Nós oramos, conversamos e choramos, pois a cirurgia não garantia que ele ficaria bom de vez e não queríamos fazê-lo passar por todo aquele sofrimento novamente para, talvez, conseguir mais uns 2 meses de vida.

Não chegou a completar 3 meses da cirurgia quando ele obstruiu novamente. Chegamos no veterinário já esperando o resultado. Era o que menos queríamos, o que mais temíamos. Pedimos a eutanásia e ele se foi. 

Por que estou contando essa história para vocês? Essa não é apenas a história de uma amante de gatos. É a história de um casal que teve seu primeiro ano de casamento muito atípico e conturbado.

Todos os casais passam por problemas. Eu acredito que esse foi o maior dos problemas que tivemos nesse início de vida juntos. Ele envolveu muita tristeza, muito cansaço, muito envolvimento emocional, muito tempo e muito dinheiro (e a falta desse também). 

Nos esforçamos e fizemos tudo o que estava ao nosso alcance. Envolvemos nossa família e tivemos muito apoio deles. Eles nos ajudaram com dinheiro para completar o valor mensal que gastávamos com o Bóris, cuidando do Bruce pra nós quando o Bóris precisava de atenção exclusiva, com descontos no hospital veterinário, emprestando o carro quando precisamos ficar com 2 carros para dar conta de fazer tudo, pagando uma pessoa pra limpar nossa casa quando estávamos exaustos, entre muitas outras coisas.

Mas mesmo com toda a ajuda, quando voltamos da clínica onde o Bóris morreu, foi muito difícil para nós dois passarmos aquela noite e continuar a vida no dia seguinte, apenas com as lembranças boas que o Bóris nos proporcionou.

O que eu aprendi com essa história? Sabe quando as pessoas "competem" pra saber quem tem a vida mais cheia de desgraça? 

 "Você ficou doente? E eu que caí da escada, quebrei a perna e ainda tive que trabalhar de ônibus?"

Bom, NÃO seja esse tipo de pessoa. Eu aprendi que a minha dor não dói mais que a sua e a sua não dói mais que a minha. Muitas pessoas não compreendem que todos temos o mesmo direito de sofrer por algo que nos entristece.

Para passarmos por essa Saga de praticamente 7 meses, foi necessário muita cumplicidade, bom humor, disposição e apoio da família e amigos, por isso quando você souber que um casal amigo seu está passando por dificuldades, sejam elas quais forem, fique disponível para ajudar e não despreze a dor deles falando da sua, fazendo o sentimento deles parecer insignificante perto do seu. O que para nós pode ser simples e comum, para outra pessoa pode ser doloroso e muito difícil.

Gostaria de agradecer todas as pessoas que nos acompanharam nesse tempo: os amigos que acompanharam e oraram; a família que ajudou, apoiou, cuidou, limpou, pagou, amou; os veterinários e funcionários do hospital que não mediram esforços para cuidar do Bóris e que fizeram carinho e companhia para ele não se sentir sozinho quando ficava dias internado.

E um agradecimento especial ao meu esposo, que aceitou junto comigo ficar com o Bóris, sem saber o que viria pela frente e que quando descobriu o que vinha pela frente, não desistiu. Me acalmou e segurou minhas lágrimas quando precisei. Entendi que juntos somos bem melhores.

Sabe esse problema e essa dor que você está sentindo? Uma coisa eu posso te dizer com certeza: vai passar! Se, como um casal, vocês passarem pelas dores mais profundas juntos, vocês serão mais fortes e o amor de vocês será construído em uma base sólida.


sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Expectativa x Realidade

Uma vez que li a seguinte frase: "Minha especialidade na cozinha é abrir a geladeira". Me identifiquei.

                             

Eu nunca fui do tipo que queria cozinhar, que gostava de testar receitas e coisas do tipo. Sempre fui um pouco aquém do normal, inclusive. Nunca tive vontade de cozinhar e todo mundo me dizia que quando fosse necessário eu iria me virar. Eles estavam errados.

Logo que eu casei eu tinha mais tempo livre como já contei pra vocês em outro post (aqui), então de vez em quando eu me arriscava na cozinha pra preparar alguma coisa. Me lembro de ter feito macarrão na panela de pressão uma vez, um suflê de batatas uma outra vez, um fricassé de frango ainda uma outra vez. Na maioria das vezes eu fazia um pão de queijo congelado mesmo e estava tudo certo.

Mas nada se compara com a primeira vez que fui fazer arroz e feijão. Lá em casa temos costume de comer arroz integral. Eu sabia que ele demorava mais tempo pra ficar pronto do que o arroz branco. O problema é que eu não sabia direito nem o tempo do arroz branco, que dirá do integral. Terminei meu arroz e deixei de lado enquanto fazia o feijão.

Comecei pelo pânico da panela de pressão. Desnecessária aquela sensação de que a panela vai explodir e não vai sobrar nem o fogão pra contar história. Bom, eu comecei meu feijão lendo na internet a quantidade de água que deveria colocar lá dentro. Depois, deixei dar pressão. Como estava demorando muito, eu liguei pra minha mãe pra saber quanto tempo demora pra panela dar pressão. Minha mãe estava no meio de uma reunião e não conseguiu segurar a gargalhada. Tento não imaginar o que os colegas de trabalho dela pensaram de mim.

Após saber que uma hora ia dar pressão e ver a coisa toda funcionando, deu o tempo de desligar. Mandei um whatsapp para minhas amigas perguntando qual era o próximo passo. Minha amiga Titi me disse que quando ela está com tempo, ela deixa a panela terminar a pressão sozinha, mas se ela está com pressa, ela coloca embaixo da água até poder abrir a panela.

Como eu estava com medo de tudo explodir, esperei a panela terminar a pressão sozinha mesmo.

Quando o Meu Bem chegou em casa, ele ficou muito feliz, pois eu já tinha adiantado a parte dele, que é cozinhar, e assim poderíamos passar mais tempo juntos sem se preocupar com os afazeres. Foi quando servi um pouco da comida pra ele experimentar, afinal, ele deveria estar faminto depois do trabalho.

Acho que ele continuou faminto, poque não comeu muito não. Ainda me lembro da cara dele de quem está pensando em qual expressão usar para não me magoar (hahaha).

Com muita calma ele me disse que se eu deixasse o arroz cozinhar mais tempo, ele ficaria menos duro. Ele disse também que acertar o tempero do feijão e a quantidade de água pro caldo leva tempo (ou seja, meu feijão ficou aguado e salgado). Com muita sutileza ele me ensinou a usar a panela elétrica de arroz e me disse que eu poderia apenas cozinhar o feijão e deixar que ele temperasse, se eu não me importasse.

Eu não me importo.

Essa história me faz pensar em duas coisas:

-A primeira é que eu me esforcei pra fazer algo que não gosto pra poder agradar meu esposo.
-A segunda é que, mesmo não sendo bem sucedida, ele valorizou minha atitude e me ensinou como melhorar, se eu quisesse, mas nunca me obrigou a fazer aquilo que não gosto.

Quantas vezes precisamos abrir mão das nossas vontades pra deixar o outro feliz. Um relacionamento saudável não nos anula jamais, mas nos ensina a abrir mão das coisas de vez em quando.

E quantas outras vezes nós criticamos quando alguém faz algo errado e esquecemos de parar pra pensar no quanto aquela pessoa pode ter se esforçado para fazer isso.

Muitas vezes o melhor de alguém não está nem perto de nossas expectativas. Por isso precisamos colocar na balança se as nossas expectativas estão muito altas ou se a outra pessoa precisa mesmo melhorar em algo. Quem sabe ela não precisa melhorar porque ela nem mesmo precisa fazer aquilo que você estava esperando dela.

Seria muito fácil o Meu Bem criticar meu jantar porque ele cozinha muito bem. Mas seria muito fácil também eu criticar o jeito que ele guarda as roupas no armário, porque ele não é organizado, como eu.

Mas eu realmente não preciso que ele seja organizado como eu, porque eu dou conta de cuidar da roupa que é minha e que é dele. Ele também não precisa que eu cozinhe bem, ou nem mesmo que eu cozinhe, porque é algo que ele gosta de fazer e se sente realizado.

Por que a gente sempre dificulta os relacionamentos? Esperamos "azul" de quem oferece melhor o "amarelo" e queremos "amarelo" de quem tem apenas "verde" pra nos dar. Isso não é só no casamento. É na vida. E eu mesma cometo esses erros com muita frequência. Eu espero carinho e afeto de alguém que pode me oferecer apenas sua preocupação silenciosa. Espero conversas e risadas de quem pode apenas me olhar com amor e nada mais.

Será que um dia vamos aprender a esperar o melhor do outro sem que fiquemos ofendidos com o melhor que eles tem pra nós? Quando vamos aprender a não criar expectativas, não para não nos ferirmos, mas para não ferir as outras pessoas?

Se a gente se machuca ao esperar demais de alguém, o que dirá dessa pessoas que nem conseguiu entender o que você esperava dela, muito menos porquê você não aceitou aquilo que ela pôde te oferecer?

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Eu não existo longe de você...

Avião sem asa, fogueira sem brasa, sou eu assim sem você... Será mesmo?
               
                     
Esses dias estava conversando com minha amiga Karin, pois o esposo dela precisou fazer uma viagem e ela estava com saudades dele. Isso aconteceu comigo há pouco tempo e eu queria conversar disso com vocês.

Eu já contei pra vocês sobre todas as minhas mudanças de emprego desse ano (aqui) e por causa disso aconteceram algumas coisas diferentes do normal.

O Meu Bem sempre tirava férias junto comigo desde que namorávamos. Como eu era professora, eu tinha férias apenas em julho e janeiro. Quando mudei de emprego (em maio) eu teria que ficar pelo menos um ano sem férias. Mas o Meu Bem precisava sair de férias, então ele decidiu sair de férias no mês de agosto.

Ficamos um pouco chateados porque ele passaria o mês em casa enquanto eu trabalhava. Eu ia trabalhar de carro e ficava o dia fora. Sem contar as minhas viagens a trabalho. Então  eu disse pra ele que ele deveria viajar um pouco nas férias dele.

Procurando destinos, ele encontrou uma passagem pra NY por um preço muito bom mesmo! Então minha sogra me perguntou se eu me importava de que ela e Meu Bem fossem viajar juntos. E, na verdade, eu não me importei.

Começaram os preparativos pra viagem deles e, claro que a gente ficou triste por passar 15 dias longe. Nós somos humanos, somos casados e já nos acostumamos a ter alguém por perto o tempo todo. Muitas pessoas criticaram nossa decisão e algumas que não criticaram, acharam, no mínimo esquisito rsrs. Não culpo as pessoas que fizeram comentários  do tipo "ele é casado agora, deve viajar com você e não te deixar sozinha". Realmente não é comum que um cônjuge saia de férias  e deixe o outro em casa rs.

Mas a nossa situação era diferente, pelo menos pra mim. Eu fazia muitas viagens a trabalho na época, e o Fellipe ficava sozinho. E quando é uma viagem a trabalho ninguém reclama ou acha ruim que um cônjuge fique sozinho. Por que, então, deveriam achar ruim sobre uma viagem de férias?

A realidade é que quando minha sogra me perguntou se haveria problema que eles viajasse juntos, eu me coloquei no lugar dela. Ela é mãe e vai sempre ser. E existe uma posição chata da sociedade que diz que a mãe do menino nunca pode sentir falta, deve deixar ele crescer independente, ensinar a ele que ele não deve chorar, dentre tantas outras coisas. Mas não deveria ser assim. Mãe sempre vai sentir falta, sempre vai querer que seu filho caiba no seu colo, sempre vai querer dar o mundo pro seu filho, passar tempo com ele, independentemente de ser menino ou menina.

Eu tenho o sonho de ser mãe  e fico imaginando que, se eu tiver um menino e, quando ele crescer, eu não puder participar da vida dele, ou viajar com ele novamente, porque a namorada/esposa dele não  deixa, eu vou ficar arrasada. Eu não tenho o direito de impedir que a mãe do meu esposo deixe de ser mãe dele. Assim como a minha mãe também ama passar tempo comigo e com meu irmão, ela manda mensagem, faz a comida que a gente gosta, da presente, chora de saudade e tudo o mais...

Quando comecei a escrever esse texto, pensei em falar sobre a individualidade do casal, sobre compreender que viagens a trabalho precisam acontecer mesmo que a gente morra de saudade, porque em poucos dias estaremos junto, que a gente existe sim, mesmo sem o cônjuge por perto.

Mas mudei o rumo do texto... e acabei falando sobre as relações que realmente importam.
Quando eu digo pra se colocar no lugar do outro, não é somente do seu cônjuge, mas do restante das pessoas que te cercam. E isso não é fácil, a gente também sente raiva e também quer ter razão sempre. A gente machuca as pessoas da mesma forma que elas nos machucam.


Mas pense bem... sua sogra não é sua inimiga. Se coloque no lugar dela. Ela também está passando por mudanças na vida dela. Ela está vendo seu filho sair de casa, querer passar muito tempo com outras pessoas, talvez mudar de país, estado, cidade. Seus sogros criaram expectativas pra vida deles, assim como você  criou pra sua vida. E quando as coisas não acontecem como sonhamos, temos a tendência de agir de formas inesperadas.

Posso garantir que tudo o que os pais querem é passar tempo com seus filhos, na idade que eles tiverem. Devemos amar e respeitar nossos pais e lembrar de ficar com eles, por tudo o que eles fizeram por nós. Mas não se esqueça que você tem seus pais e seu cônjuge  tem os dele. Os dois lados merecem atenção de vocês.

Para que seu relacionamento sempre dê certo você precisa entender que o respeito é fundamental. Respeito ao cônjuge e à família dele. Todos acertam e erram e todos eles vão  fazer parte da sua vida.

Às vezes a situação a ser resolvida é muito mais simples que uma viagem. Permita que as pessoas participem da sua vida, claro, juntamente com os devidos limites. Mas nunca deixe de fora as pessoas que amam seu companheiro da mesma forma que você.

Você só tende a ganhar!