Apresentação

Pra quem acredita que a lua-de-mel não acaba quando voltamos da viagem...

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Como Tudo Começou

"Você precisa correr atrás!"
"Espera que na hora certa vem!"
"Você tem que ser amigo! Tem que ser amigo primeiro!"
"Cuidado com a Friendzone! Não pode fazer amizade, tem que partir pra cima!"

Todo mundo que ficou solteiro por muito tempo ouviu todas essas frases de algum amigo. TODO MUNDO sabe o que você precisa saber pra sair da solteirice. Todo mundo tem uma opinião pra te dar, principalmente quando você não pediu por opinião nenhuma. E quando você pede por conselho pra alguém da sua confiança, é quase certo que não vai funcionar.

Eu ouvi todas essas frases desde o início da puberdade até os 22 anos, quando comecei a namorar a Dona Moça. E é insuportável engraçado como quem fala isso acha que você não entendeu da primeira vez, e repete a frase 30 vezes. O bom é que depois disso você já desenvolveu a sua paciência pra quando você começar um relacionamento.

Resumindo: Cada um tem uma história diferente de como o relacionamento começou. E eu vou contar a minha história agora.

Dona Moça e eu nos conhecemos num retiro espiritual, daqueles acampamentos de igreja, que muitas muitas denominações organizam em feriados prolongados, especialmente no período do carnaval. Ela estava lá como turista, frequentava a igreja há pouco tempo. Eu estava lá por insistência alheia, pois, apesar de ter frequentado aquela igreja desde pequeno, na época não estava muito a fim de igreja.

Nós conversamos algumas vezes: Durante refeições, durante as festas... A ocasião que eu lembro mais vividamente foi quando eu estava lendo, sentado à beira da piscina. Ela chegou ao meu lado e começou a puxar papo sobre o livro. Conversamos, achei ela legal (afinal, quem conversa sobre livros normalmente é legal) mas foi só. Como eu não estava a fim de igreja, não ia querer me envolver com ninguém de igreja.

Dona Moça conta essa história de uma forma um pouco diferente. Ela diz que ela, desde o primeiro momento que olhou pra mim, gostou do que viu (afinal, sou eu um espetáculo ou não? Não responda). Quando ela me viu lendo, aí foi avassalador! Eu era alto (o que pra ela era requisito, dado seu 1,82m), bonito (pelo menos pra ela) e ainda leitor! Eu era um excelente partido.

Ou quase.

Como eu disse, eu não queria me envolver com nada nem ninguém relacionado à igreja. Então ficou como estava antes do retiro. Ela indo na igreja, eu não. A única coisa que mudou é que nós nos falávamos, ainda que raramente e só como amigos. Até que tudo mudou. Ainda bem.

Por uma série de motivos que não importam no momento, voltei a frequentar a igreja. E quando fiz isso, quem estava lá? Dona Moça. O problema é que ela já tinha me deixado pra lá, e eu querendo desenvolver algo com ela. Então começou aquela dificuldade que todas as pessoas tímidas passam: Como conseguir o telefone da pessoa. Aí que eu agradeço esses acampamentos de igreja.

Num outro acampamento, fiquei grudado nela. Todos os momentos possíveis eu estava perto dela. Todos os cultos, todas as refeições, todos os tudos. Conversa vai, conversa vem... Comentei com ela que eu estava pra me formar, e como ela trabalha numa área relacionada, ela perguntou se ela podia ajudar de alguma forma. Na minha cabeça, eu respondi AIJESUSMEAJUDASIMMEDÁSEUTELEFONEQUEEUTÔQUERENDOFAZTEMPOMASNÃOTIVENENHUMACORAGEMPRAFAZERISSO. Graças a Deus pelo filtro entre a cabeça e a língua, que me permitiu dizer Ah sim, obrigado. Qual o seu número?

Com o número dela em mãos, começou aquela lenga lenga. Como foi seu dia? Tá quente né? Que trânsito hoje... Aquele papinho bem mais ou menos, só pra ter uma desculpa pra falar com ela. Nesse lero lero, descobri que ela gostava de comida japonesa. Então, no sábado seguinte, após a programação da igreja, virei pra ela e disse: Vamos num restaurante japonês? Até hoje não sei de onde veio essa coragem. Ainda bem que veio.

Fomos no carro dela, pois Dona Moça sempre soube cuidar bem do dinheiro dela, e eu nem formado era. Fomos no meu restaurante favorito, comemos quase nada (fingindo que comemos pouco) e dividimos uma sobremesa. Paguei a conta, e fomos em direção ao carro dela pra voltar. Ficamos duas horas no restaurante, e eu sem conseguir uma brecha pra falar algo além de amenidades.

Ao chegarmos no carro, Dona Moça disse:

Ah, não sei o que fazer nessas horas.

PRONTO! AMÉM JESUS! Era a minha deixa disse pra ela que gostava dela, que queria mais que amizade. Ela retribuiu, começamos a namorar e ficou tudo feliz.

Estou contando essa história pelo seguinte motivo: Não importa o que qualquer pessoa me disse sobre namoro antes de eu namorar. Todas aquelas frases que eu escutei, da boca de tantas pessoas, não me ajudaram muito. Eu tive que viver a minha experiência e ter a minha história. E é assim com todo mundo. Minha história não é igual a de ninguém, e a sua com certeza é/será diferente da minha. E isso é ótimo. Cada casal tem sua história, algo que molda a vida do casal tanto em conjunto como individualmente. As coisas que a Dona Moça e eu fazemos juntos nos moldam, nos ajudam a nos construir como casal e nos desenvolver como pessoa. E isso é mais do que qualquer coisa que eu esperava de um relacionamento.

Então, meu amigo que ainda está por sentir amor na sua vida. Acalme-se. Você ainda terá sua história pra contar. E, não importa qual seja, ela será excelente.

Obs: Como eu não era formado, tive que pagar o primeiro encontro no crédito. Cheguei em casa avisando meu pai que estava namorando e que precisava de R$200 quando o cartão virasse.

Obs 2: Quando Dona Moça disse "Ah, não sei o que fazer nessas horas", ela estava falando de CARONA! Ela não sabia se me levava até em casa, se me levava até o metrô... Eu que entendi errado! Mas o que importa é que deu certo!

1 Amplexo! =]




sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Cada louco com suas manias!

Todo louco tem suas manias. E todas as pessoas são um pouco loucas.

                     

Eu tenho mania de intercalar as almofadas do sofá, começando pelas de cor clara, pra que elas nunca fiquem expostas demais.

O Meu Bem tem mania de completar a frase dos personagens de filme e seriados favoritos, porque ele sabe TODAS de cor. Sim, todas. 

Eu tenho mania de organizar a louça suja dentro da pia, assim fica mais fácil pra lavar depois e não corre o risco de quebrar nada.

O Meu Bem tem mania de colocar pimenta em (quase) todas as coisas que ele cozinha (não que eu aprove).

Eu tenho mania de cronometrar o meu dia desde a noite anterior, assim eu não desperdiço 1 minuto à toa, a menos que eu tenha planejado deixar alguns minutos do dia pra ficar à toa.

O Meu Bem tem mania de sempre terminar a refeição com algo salgado, mesmo que seja depois da sobremesa. O doce nunca pode ser o último gosto no paladar dele.

Eu tenho mania de, depois de ter limpado toda a casa, dar uma última passada de pano, só de que dessa vez, eu limpo enquanto eu piso em cima de outro pano, pra não correr o risco de algo não ficar limpo. Depois eu lavo os chinelos e troco pelos "chinelos limpos de pós faxina" pra manter a casa limpa.

O Meu Bem tem mania de conversar sozinho, mas sem falar. Calma, eu explico. Ele começa a discutir com alguém dentro da cabeça dele, e com o tempo a discussão vai aumentando, mas ele não fala, ele faz barulhos do tipo "huuuhuhuumm haahumahmmmhaam". E se a briga for feia, ele começa a mexer as sobrancelhas. Quando a briga está no ápice, ele já está gesticulando, mas ele não fala, apenas faz barulhos estranhos.

Eu tenho mania de alinhar a mesa da sala com as linhas do piso, assim como os bancos, o sofá, o hack, a cama e todos os outros móveis, além do tapete. 

O Meu Bem tem mania de tirar a almofada de encosto do sofá pra deitar em cima enquanto assiste TV.

Eu tenho mania de reclamar no dia de seguinte que ele não arrumou a almofada de encosto, então vou lá e coloco no lugar novamente, todos os dias.

O Meu Bem tem mania de assistir vários vídeos de culinária e passar horas falando sobre aquelas receitas (que na maioria das vezes eu só finjo que estou entendendo, porque todo mundo sabe que eu não entendo nada de cozinha).

Eu tenho mania de insistir em tentar conversar com o Meu Bem depois que ele deita pra dormir, mesmo sabendo que ele dorme em menos de 2 minutos, não importa o dia, a hora e o local; mesmo sabendo que o sono dele é mais profundo que o da Bela Adormecida.

O Meu Bem tem mania de "fazer drama" sobre quase todas as situações que eu conto pra ele até eu ficar irritada. Depois ele conversa normalmente.

Eu tenho mania de sempre desligar o ventilador direto da tomada, e não pelo botão. O Meu Bem não gosta disso, por sinal.

Mas eu não casei enganada. E nem ele. Nós já sabíamos que seríamos assim. Algumas coisas foram descobertas com mais intensidade após o casamento, mas já sabíamos que aconteceriam.

E se você quer saber, existem ainda algumas manias que eu não escrevi ali em cima:

Eu tenho mania de deixar a casa toda limpa antes do Meu Bem chegar para termos mais tempo para nós dois.

O Meu Bem tem mania de andar sempre do "lado de fora" da calçada porque esse é o lado do homem, segundo as "regras do cavalheirismo".

Eu tenho mania de preparar chá, bolo, frutas, torradas, cama com lençóis trocados.. e tudo isso só porque ele ligou dizendo que estava com dor de cabeça e queria descansar.

O Meu Bem tem mania de sair do trabalho e passar na lanchonete que tem em frente ao escritório pra comprar uma coxinha pra mim, porque sabe que é minha comida preferida. Ou às vezes ele compra meu sorvete preferido na padaria só porque é domingo. Ou às vezes ainda, ele tem mania de me mandar flores no trabalho.

Eu tenho mania de afofar bastante a almofada de encosto do sofá, porque sei que à noite ele vai tirá-la do lugar de novo pra deitar e ver TV.

O Meu Bem tem mania de concordar com todas as minhas dietas malucas e exercícios pra emagrecer, por mais que ele prefira qualquer outra coisa.

Eu tenho mania de nunca descer do carro num ambiente e deixar que ele vá estacionar sozinho. Nós sempre procuramos a vaga juntos, descemos juntos e caminhamos juntos até o local. Por mais que ele insista em me deixar na porta pra depois procurar vaga.

O Meu Bem tem mania de andar bem devagar quando eu estou de salto alto e resolvi, mais uma vez, não descer na porta de algum lugar pra podermos estacionar o carro juntos.

Eu sei que com o tempo algumas manias vão mudar, vão se acabar, vão dar lugar a novas manias. Algumas eu quero realmente que se modifiquem.

Algumas manias são chatas e incomodam, com outras eu me divirto. Mas existem manias que deveriam ser pra sempre; que eu queria que fossem pra sempre.

Quando você escolhe se casar com alguém, junto com essa pessoa vem um pacote de coisas. Essas coisas muitas vezes não podem ser modificadas ou devolvidas. Algumas podem, mas muitas não. E se você pensar bem, antes de você se casar, você já podia ver esse pacote completo, mas por muitas vezes não quis enxergar.

Depois que o Meu Bem leu o rascunho desse post, ele me disse que as pessoas pensariam que sou uma maluca por limpeza e que ele tinha algum problema por falar e brigar sozinho. No fundo, eu concordo com ele, mas não me importo muito. Sabe o porquê? Por que quando eu casei com ele, entendi que esses eram os defeitos que eu suportaria por um vida inteira. Se eu não suportasse viver com um maluco, que fala sozinho, desarruma meu sofá e fala de receitas culinárias que eu não entendo, eu não teria casado.

Eu também sei que ele suportaria conviver com uma louca da limpeza e organização, que se incomoda com a ordem da cor das almofadas ou com a louça suja organizada na pia. Porque, se ele não suportasse, ele não teria se casado.

Por esses motivos, quando as manias dele me incomodam (e isso acontece muitas vezes), eu gosto de pensar que prefiro essas manias do outras. Que suporto essas manias, do que outras.

Eu sei que o dia que Meu Bem não falar sobre os vídeos de receitas ou não completar as frases dos filmes e seriados favoritos, é porque ele pode não estar bem. E ele sabe que o dia que eu decidir não limpar a casa é porque alguma coisa mais grave que a sujeira está me preocupando. E assim nós vamos vivendo. Aprendendo a amar todos os dias aquela pessoa que escolhemos amar com todas as manias que ela possui.






sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Por que casar? Casar por quê?

-“Mas como você sabe que quer casar?”.

Essa foi a primeira pergunta que ouvi da minha prima quando mostrei o anel de noivado, logo após pegá-lo na loja. Não lembro exatamente qual foi a minha resposta, mas foi algo na linha de “Ah, depois de um tempo de relacionamento, é o próximo passo.”. A conversa continuou sobre como eu faria o pedido e outras coisas relacionadas ao tema que a minha memória não ficou com tantas raízes quanto essa primeira pergunta.        
      
Agora, pensando com mais cuidado sobre essa pergunta, vejo o quanto ela significa. Vejo também o quão mequetrefe minha resposta foi. As pessoas não casam por causa do tempo de namoro e de um suposto raciocínio de ir em frente. Aliás, quantos namoros de anos não se tornam nada mais que isso? Não... Não é pelo tempo de namoro que eu quero casar. Oras, então por que eu quero?    
                                                               
Desde que comecei namorar a Dona Moça pensava em casamento. Não sei exatamente como esse pensamento surgiu, mas sei que pensava. Imaginava desde o começo ela entrando na igreja, linda como de costume, e eu lá na frente para recebê-la. Acho que quando tínhamos mais ou menos 3 meses de namoro, eu comentei isso com ela: “Você estará um deslumbre. E eu vou estar muito gato. De terno? Fala sério!” (não precisava, naquela altura do namoro, falar que eu acho que vou chorar como uma criança). Agora, me diga que tipo de maluco fala em casamento com TRÊS meses de namoro? Bom, tem eu! E acho que essa certeza desde o início me fez querer concretizar a vontade de casar.

Não é novidade pra ninguém que me conhece que eu sou cristão (mas, como talvez alguém que eu não conheça leia isso, melhor avisar). Antes de namorar a Dona Moça, eu não estava a querer nada com igreja, e, ao eventualmente voltar à igreja, orei a Deus que eu não queria ficar sozinho. E eis que ela apareceu. Como Deus não dá meia resposta, pra mim sempre foi certo que Ele a fez pra mim pra vida toda, e vice versa. Creio que, com isso em mente, sempre fui muito confiante quanto a casamento no início do namoro. Agora, como continuar confiante durante o decorrer do namoro?

Eu sempre me sinto muito estranho quando vou escrever algo que possa parecer “conselho”. Qual é! Tenho 24 anos e, até onde vejo, pouca experiência de vida. Mesmo assim, aí vai. Enquanto o namoro seguia seu curso, algumas coisas me chamaram a atenção nela que me ajudaram a ter certeza do futuro do relacionamento.

1) Nós somos parecidos. Embora ela tenha quase a minha altura e as bochechas tão rosadas quanto as minhas, não é disso que estou falando. Nós temos gostos em comum. Hobbies, jeito de ser, relacionamento com família. Somos parecidos o suficiente para interpretar um ao outro (não sem erros, claro) e para fazermos coisas que gostamos juntos.

2) Nós somos diferentes. Não é um paradoxo. Eu disse que somos parecidos, não iguais. Por mais que seja legal ter algo em comum, TUDO em comum ia ser chato demais. É ótimo ir descobrindo os gostos um do outro e ir descobrindo que há outras coisas no mundo a se gostar. Eu nunca saberia que gosto tanto de cachorros e ela não saberia quão linda fica de batom vermelho se não tivéssemos um ao outro. Num ponto mais profundo, eu estou aprendendo a levar a vida um pouco mais a sério. Já ela, um pouco menos a sério.

3) Nós temos prioridades e objetivos em comum. No namoro é tudo muito bonito. Claro que muda de casal para casal, mas normalmente é um clima mais leve, tranquilo e que, apesar de ter discussões, dá pra cada um ir pra sua casa e esperar os humores se acalmarem. Isso não vai acontecer a partir do momento em que se mora na mesma casa (e eu não vou deixar de dormir na minha própria cama nem por um decreto). Sendo assim, creio que, ao saber quais são os objetivos e prioridades um do outro, ajuda bastante. Eu sei que isso não vai me garantir um casamento feliz, mas é bem mais difícil fazê-lo dar certo quando um não vive sem a serpente de estimação e o outro não suporta o animal. Exemplos esdrúxulos de lado, é sempre bom saber quais são os pensamentos do par sobre carreira, vida acadêmica, filhos, relacionamento com família, etc.

4) Nós estamos dispostos a mudar um pelo outro. Já prevejo pessoas falando que eu sou um machista maldito que quero mudar minha futura esposa e fazer com que ela seja o que eu quero, e aquele monte de mimimi que é recorrente nessa sociedade aonde quase tudo é politicamente incorreto. O que quero dizer com isso, é que um sempre quer melhorar pelo outro. Eu sei as coisas que eu sou/faço/tenho que incomodam a Dona Moça. Aliás, a maioria dessas coisas me incomodam também. Ora, se eu quero passar a vida com ela, não é pra ficar incomodando! Sei também que isso é recíproco. Sei também que talvez não consiga mudar as coisas que quero. Talvez ela também não. Mas saber que a vontade de mudar existe e é verdadeira, faz bem pro relacionamento.

5) Nós conversamos. MUITO. Todo mundo que já namorou sabe que muitas vezes conversar é a última coisa que se quer fazer. Principalmente no início do relacionamento, quando a gente nem lembra que filme viu depois de sair do cinema. No entanto, essa é uma parte extremamente necessária. Não teria como saber se somos parecidos, diferentes, que temos prioridades e objetivos em comum ou quais coisas devemos nos esforçar para mudar se não conversássemos.



É claro que eu não pretendo, em nenhum momento, dar a receita do namoro perfeito. Até porque, se eu tivesse, eu, no mínimo, venderia. Eu só sei que namoro serve pra conhecer um ao outro. E só conhecendo a Dona Moça, que eu tive certeza que quero casar com ela. Como diria meu sábio e saudoso avô, só se conhece alguém de verdade quando se come um quilo de sal em conjunto. Ainda falta muito pra um quilo, mas a primeira pitada está muito boa.

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sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Na saúde e na doença

A história de hoje não é minha, mas eu vivi de perto. É a história de um casal de amigos meus, tão amigos que foram meus padrinhos de casamento. Se você não está pronto pra se emocionar, não leia essa história!
  
                   
Quando trocamos os nossos votos e falamos um pro outro que amaremos e seremos fiéis "na alegria e na tristeza, na prosperidade e na adversidade, na saúde ou na doença", nem sempre temos consciência do que estamos prometendo.

A Natalia (28) e o Mauro (28) se casaram há exatamente 4 anos e eu quis escrever no dia de hoje como um presente de casamento pra eles, já que a vida resolveu desafiá-los há pouco tempo.

No início do casamento, a Nati sentia muitas dores de cabeça e fez alguns exames, mas por negligência médica nada foi encontrado. Após 3 anos, a Nati estava no meio de um tratamento com uma médica psiquiatra, pois as suas dores de cabeça, até então, estavam ligadas a problemas emocionais. A sua médica decidiu pedir alguns exames para que ela pudesse solicitar um determinado medicamento. Após dois meses de espera e diversos exames cansativos, chegou o resultado: A Natalia tinha um tumor crescendo em seu cérebro, a solução era cirúrgica e deveria ser realizada o quanto antes, pois esse tumor já estava crescendo há alguns anos.

"A Nati me ligou numa tarde qualquer e explicou que se tratava de um tumor. Quando ouvi, entrei logo no Google para pesquisar termo por termo escrito naquele papel, buscando alguma fuga. Foi um sentimento estranho, fiquei perdido, sem saber qual seria o próximo passo." (Maurinho)


A Nati conta que diversos medos surgiram naquele momento. Ela teria que falar sobre isso para toda a sua família, pros amigos mais próximos, ela não sabia se haveria sequelas da cirurgia, mas de tudo, o medo da morte era iminente. Ninguém planeja a vida pra morrer antes dos 30, com um tumor, deixando seu esposo e seus sonhos pra trás.

Da mesma forma, ninguém planeja ver seu cônjuge doente e ter a possibilidade de viver o resto da sua vida sem a pessoa escolhida. O Maurinho se manteve muito calmo, fez de tudo pra que a Nati não percebesse sua preocupação e tentou passar confiança para ela. Ele foi um muro, segurando todas as emoções que sentia para que ela pudesse ficar calma e passar por tudo isso. Mas conforme a data da cirurgia chegava, os sentimentos se tornavam mais difíceis de controlar.

"Foi neste momento que eu consegui mensurar e interpretar o tamanho do amor que eu sentia por ela. Algo que me marcou muito nisso tudo. Até ali o amor era real, porém, abstrato. Hoje, consigo explicar e traduzir. É algo como “impossível de viver sem ela na minha vida”. Pode ser clichê, mas não é exagero." (Maurinho)

Chegou o dia da cirurgia. Todos nós, amigos e familiares da Nati, estávamos em oração, torcendo para que aquele momento de angústia passasse logo. Acredito que todo o amor que ela recebeu e a confiança que a Nati teve em sua fé foi o que a manteve calma. Ela entrou para a cirurgia tranquila, sem medo, com a certeza de que, independentemente do que viesse depois, ela estaria bem.

"Foi quando nos despedimos minutos antes da cirurgia e a vi sendo levada até o centro cirúrgico. Parecia filme. As portas iam se abrindo e fechando no corredor do hospital para a maca passar, carregada pelas enfermeiras e com ela deitada. Neste momento, me permiti “fraquejar”. Chorei copiosamente, liberando toda a carga que interiorizei nos meses entre a descoberta do tumor e aquele 8 de outubro, data da cirurgia – curiosamente, aniversário de exatos 3 anos e 9 meses de casamento. Era dia para comemorar, não chorar." (Maurinho)

Após a cirurgia veio a resposta: ela estava bem! O tumor havia sido retirado e ela estava se recuperando. Mas a história não termina por aí. Após isso, semanas foram necessárias para a recuperação total da Natalia. Ela precisava de ajuda para tomar banho, para secar o cabelo, fazer o curativo; ainda havia todas as tarefas domésticas, o plantão do trabalho dela (em esquema home office). E quem fazia tudo isso? O esposo, o Maurinho. Ele, que em todo o momento fazia tudo isso com espírito de agradecimento e alívio. Nunca se tornou um fardo para ele.

Quem conhece a Nati sabe que ela sempre foi independente, nunca precisou de ninguém e nunca gostou de precisar (nós somos muito parecidas), mas em nenhum momento ela se sentiu como um fardo para seu esposo. A relação deles sempre foi de amizade, de confiança e de liberdade. Eles prometeram que seria assim pelo resto da vida no dia em que se casaram.

"Me senti absurdamente agradecida a Deus por ter me enviado um homem como ele, que não me abandonou em momento nenhum, cuidou de mim, esteve lá quando acordei, me ajudou em toda a recuperação, abdicou das férias, descanso, tranquilidade. Meu amor e admiração sempre foram enormes por ele, mas depois de tudo só ficou maior. Ele não me abandonou, não terceirizou meu cuidado e vai sempre estar lá ao meu lado, e eu ao lado dele! Meu esposo é uma pessoa maravilhosa, dedicado em tudo que faz, comprometido, e sei que cuidar de mim não foi uma escolha.  Amor verdadeiro é aquele que não te deixa escolhas, a não ser amar e dedicar tudo na vida pela pessoa amada." (Nati) 

Nem preciso escrever o quanto uma situação como essa modifica a intensidade de um relacionamento. Para eles, que já eram amigos antes mesmo de serem namorados, hoje, após 4 anos de casamento e um desafio como esse recém enfrentado, esse amor só aumentou. Eles provaram um para outro, para si mesmos e para quem está ao redor que quando há amor, todas as dores podem ser enfrentadas.

"O amor dentro de um casamento deve ser provado e demonstrado a cada dia. Não só por meio de palavras, mas com gestos, gentilezas, carinho, cuidado e prioridade. Amar não é sentir. É escolher alguém para tomar um pouco da sua vida, da sua rotina, dos seus planos e da sua atenção. É escolher alguém pra te transformar numa pessoa melhor a cada dia. É tomar para si as tristezas e concentrar a felicidade no outro. É se entregar, sem medir as consequências. É viver com a certeza da impossibilidade de sobreviver sem o outro (mais uma vez, não é exagero!). Amar é tudo, menos sentimento. É racional, não passional. É uma decisão, não predestinação. E eu tenho a certeza, cada dia mais, que escolhi a melhor pessoa para viver ao meu lado, a Nati, porque da mesma forma, ela decidiu me amar, mesmo com meus incontáveis defeitos. Isso é amor. Escolher alguém imperfeito para ser seu. Pra sempre." (Maurin)

Se você, assim como eu, está terminando esse texto com os olhos marejados, é porque você sabe que esse é o tipo de amor que deve existir em um casamento: aquele amor que tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta.

E se você ainda não se casou, pense que apenas um amor como esse faz valer a decisão de mudar toda a sua vida e se adaptar a uma nova vida com alguém completamente diferente de você. Menos que esse amor, não vale a pena.

Mas se você já é casado, lute todos os dias, escolha todos os dias amar essa pessoa imperfeita que está com você. Tenho certeza que nenhuma luta é vã se o motivo for o amor!

Para a Nati e o Maurin, meu amigos amados, desejo muito mais que esses 4 anos de amor. Desejo a certeza de que no final vai ter valido a pena caminhar de mãos dadas pela vida!


Obs.: Para quem não sabe, o nome do Blog só existe por causa da Nati, que sempre pregou e postou que estava casada com o Maurinho pra viver uma viagem Rumo às Bodas de Ouro!

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Noivado Oficial 

Lua-de-Mel no Chile

                         Minutos antes da cirurgia (com a mãe e a irmã da Nati)

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Fim de ano no Chile

Feliz 2016! Hoje é o primeiro dia do ano e vou contar pra vocês como foi nossa viagem de fim de ano.

                      

Semana passada comecei contando sobre o natal (aqui) mas hoje vou contar os detalhes da viagem.

Antes de mais nada, vamos falar dos preços. Tínhamos muitos destinos em mente, mas devido à economia do nosso Brasil nossos planos foram alterados. Com minhas mudanças de emprego, tínhamos pouco tempo para viajar. Então, encontramos as passagens para o Chile, que estavam SUPER baratas. As duas passagens, mais as taxas saíram por R$1800,00. Além disso, alugamos um apartamento pelo AirBNB (www.airbnb.com) em vez de ficarmos num hotel. O preço ficou em R$1.000,00 por 7 dias. Depois disso juntamos R$2.600,00 para trocar por Pesos, que é a moeda do Chile. Ao todo, gastamos nessa viagem R$5.200,00.

Agora preciso contar pra vocês TUDO o que conseguimos fazer com esse dinheiro por lá.

Saímos de SP no dia 24, chegando no Chile no mesmo dia.

24/12 - Nosso apartamento ficava a 3 quarteirões da estação. Do aeroporto para lá pegamos um ônibus de translado (diferente do ônibus de linha). Pagamos o equivalente a R$11,00 por pessoa, aproximadamente, pelo translado, mais o bilhete do metrô. Como nos feriados de natal, ano novo e independência do Chile, praticamente tudo fica fechado, nós fomos ao mercado e fizemos uma compra simples para um lanche/ceia de natal e refeições do dia seguinte.

25/12 - Nesse dia aproveitamos para visitar parques públicos que estariam funcionando mesmo no feriado. Subimos no Cerro Santa Lúcia e no Cerro San Cristóbal. São dois lugares muito conhecidos, de onde se tem uma vista linda! O Cerro Santa Lúcia é gratuito. Já o Cerro San Cristóbal tem um valor bem baixo que você paga para subir, porque é necessário usar um funicular para a subida (tipo um bondinho). Nesse dia fomos no Pátio Bella Vista, que é bem ao lado do Serro San Cristóbal. Lá tem diversos restaurantes e muitos deles abriram no feriado. Jantamos por lá mesmo.

26/12 - Foi um sábado e, como somos cristão, guardadores do sábado, foi um dia que dedicamos para fazer nosso culto. Nesse dia aproveitamos para conhecer duas ruas que tem aqui no Chile com arquitetura européia. Essas ruas são chamadas de Rua Londres e Rua Paris. Esse é um passeio super rápido, que você faz em pouco tempo. Pode fazer enquanto está indo para outro lugar, mas decidimos fazer nesse dia, que é um dia diferente para nós. Em Santiago o sol, está se pondo por volta das 21h no verão. Então, após o pôr-do-sol saímos para comer no Patio Bella Vista novamente, porque lá tem alguns restaurantes 24h.

27/12 - Durante esse dia fizemos passeios mais longos. Fomos conhecer a Plaza De Armas, onde tem o correio, a Catedral de Santiago, alguns museus, entre outras coisas. Ali, fomos no Museu de Arte Pré-Colombiana, que é muito legal. Íamos no Museu Histórico Nacional, mas ele estava em greve, assim como o Museu de Belas Artes e a Biblioteca Nacional. De lá fomos conhecer a feirinha de Los Dominicos, que tem alguns produtos artesanais. E em seguida fomos conhecer o Parque Arauco. Esse parque é maravilhoso, cheio de flores, campo de futebol, árvores... enfim, dá pra levar uma toalha/canga e passar um bom tempo descansando embaixo de uma sombra. Aproveitamos para comer no Shopping Parque Arauco, que é um shopping de nível bem elevado, mas tem restaurantes para todos os bolsos. 

28/12 - Visitamos o Museu São Francisco de Arte Colonial na parte da manhã, fomos na feirinha do Cerro Santa Lúcia, que gostamos muito mais que a feirinha de Los Dominicos, porque tinha mais variedade. Nesse dia nós almoçamos no Mc Donalds. O Meu Bem tem uma regra: em todo país que ele vai, ele precisa experimentar o lanche Quarteirão, do Mc. Além disso, queríamos experimentar o McPollo italiano, que é o lanche de frango, só que com abacate também. Engraçado que no Brasil é McChicken e no Chile é McPollo, mas o mais engraçado é que abacate como salada é comum na América Latina, mas todos os lanches que acompanhavam abacate chamavam "Italiano" hahaha coisas que nunca poderemos entender rs.
Também nesse dia visitamos um dos restaurantes mais lindos que já fui. Se chama Giratorio. Fomos de metrô mesmo, como todos os passeios que fizemos. O prédio fica ao lado da estação Los Leones. Tínhamos feito a reserva pela internet, mas não deu certo. Então a dona do apartamento que alugamos fez a reserva para nós por telefone (ela inclusive foi muito solícita e muito atenciosa, recomendamos o apto dela sem medo!). Mesmo sem reserva, dependendo do dia dá pra conseguir jantar lá, se não estiver cheio. Esse restaurante foi o mais caro que fomos. É um restaurante de luxo mesmo. Preferimos economizar em outros gastos (usar metrô em vez de taxi, por exemplo), para poder fazer alguns passeios mais caros, como esse restaurante e outros lugares que vou continuar contando. O charme desse restaurante é que ele tem uma base fixa, onde fica o elevador, escada, bar, etc. Mas as mesas ficam num piso que gira lentamente. Em 1h você contorna todo o restaurante e consegue ver a cidade inteira. Como nossa reserva era às 20h e o pôr-do-sol às 21h, conseguimos ver toda a cidade de dia, o sol se pondo e a vista da cidade à noite. Foi mágico!


29/12 - Vinã Del Mar e Val Paraíso são duas cidades próximas de Santiago que ficam na Costa do Pacífico (aproximadamente 2h de ônibus). Nós fomos de metrô até a rodoviária, onde íamos comprar as passagens e faríamos o nosso próprio roteiro. Chegando na rodoviária, uma moça nos ofereceu um tour guiado, com passagem de ida e volta. Claro que o preço era muito mais elevado do que tínhamos pensado, porém, quando paramos pra fazer as contas, saíria mais caro (ou igual) fazer o tour por nossa conta e talvez não veríamos tantas coisas. Isso porque Val Paraíso é uma cidade famosa por seus 42 morros (cerros). Tanto que os funiculares (bondinhos) são os meios de transporte mais usados pelos moradores. Teríamos gasto muito dinheiro com taxi e ficaríamos cansados antes de ver tudo o que vimos por lá. Val Paraíso tem uma das casas da Pablo Neruda, que tem um formato que lembra um barco. Além disso a cidade é muito colorida e tem vários mirantes bacanas. Perto do porto pode-se ver alguns leões marinhos que ficam tomando sol perto das pedras. 
Em Viña Del Mar vale passar uma noite (rs). Lá conhecemos uma das praias, onde pudemos pisar no Oceano Pacífico. Vimos alguns museus, o Cassino e um Moai, como os da ilha de páscoa (tem apenas 4 deles espalhadas pelo mundo, o restante fica na ilha de páscoa mesmo). Sem contar que a entrada da cidade é linda, com o relógio de flores e tudo o mais. Para quem puder, é legal passar uma noite lá e voltar no dia seguinte. Importante lembrar que o tour guiado sai mais barato comprando na rodoviária que pela internet (metade do preço!!!).

30/12 - Fizemos um passeio no Palácio La Moneda, que é o palácio presidencial do Chile. Agendamos um tour pela internet. O tour é disponibilizado em inglês e em espanhol, por isso precisa agendar antes. Confesso que a gente tem certa dificuldade pra entender o espanhol (nada a ver essa história de que é parecido com português rs), por isso, preferimos o tour em inglês. Somente nesse dia descobrimos que existe um Free Walk Tour que sai do La Moneda por volta das 10h e tem duração de quase 4h, mas passa por todos os pontos turísticos da cidade, terminando na La Chascona (que é a  casa de Pablo Neruda em Santiago). Esse tour não inclui visitas dentro dos lugares, como dentro do La Moneda ou dos Museus. No final, você "paga" o quanto acha que valeu. Como já tínhamos visitado muitos lugares na capital, acabamos não fazendo, mas é uma boa opção para as próximas viagens. Almoçamos no Mercado Municipal, por indicação de um amigo nosso que gostou muito do Reineta (peixe) de um restaurante de lá. Como eu não gosto de peixe, não posso opinar, mas o Meu Bem gostou bastante!
Na parte da tarde nesse dia fomos para a Vinícula Concha y Toro. Essa é a maior e mais conhecida vinícola do país. Também existe Concha y Toro nos EUA. Nós também havíamos agendado o tour pela internet, mas dá pra comprar na hora. Fica há mais ou menos 1h do centro da cidade, mas dá pra ir de metrô. Na última estação do metrô pegamos um taxi que levou 10 minutos para chegar. Dá para ir de õnibus também. Eles recebem tantos brasileiros que também tem tour em português. O tour dura 1h e nesse tempo conhecemos a casa de verão do fundador da vinícola, um dos campos de plantação com mais de 26 tipos de uva. Também conhecemos duas adegas, uma moderna e uma antiga (Casillero Del Diablo) que diferem na forma de armazenar o vinho e umidificar o ambiente para atingir a temperatura ideal. O Casillero Del Diablo tem esse nome porque o vinho armazenado lá era o melhor da vinícola, pois era armazenado em barris de carvalho francês, mas estavam acontecendo assaltos durante a noite, por isso o dono da vinícola criou a lenda de que aquele vinho era cuidado pelo próprio Diabo, que morava no Casillero, então, após isso, os assaltados cessaram (rs)! Além disso, existe a degustação de 3 vinhos diferentes e a taça da degustação é o souvenir do passeio. Claro que você não precisa experimentar o vinho! Existe um balde onde você pode jogar seu vinho para não beber. O legal é acompanhar com o guia e observar as cores do vinhos contra a luz, o cheiro do vinho, que varia com mistura de frutas vermelhas, madeiras, cheiro de mar, etc. Isso porque o vinho muda de gosto, cor e cheiro dependendo da madeira onde ele está armazenado, por isso os valores são diferentes por causa do tempo, local e safra do vinho. Não precisa fazer a degustação para entender hehe.

31/12 - Nosso último dia. Saímos cedo para visitar a La Chascona, casa do Pablo Neruda em Santiago. Ele possui 3 casas no Chile: em Val Paraíso, em Santiago e em Isla Negra, que foi onde ele morreu e foi a única que não conhecemos. Depois disso fomos conhecer o Shopping Costaneira, que tem muitas lojas e restaurantes finos também. Além disso existe um observatório no alto do prédio, acima do shopping. 
Como nós voltaríamos para o Brasil hoje, no dia 1º de janeiro, nós voltamos pro apartamento a tarde para arrumar nossas coisas e preparar uma ceia de ano novo. Confesso pra vocês que não vejo muita graça nas festas de Reveillon. Como eu e o Meu Bem não gostamos muito de "muvucas" acabamos não indo ver os fogos à meia-noite. Mas em Santiago a queima de fogos é na Torro Entel, na frente do La Moneda. Também existem muitos restaurantes que fazem festa de ano novo, mas resolvemos não gastar com isso rs. Além disso, a queima de fogos em Val Paraíso é uma das maiores do mundo, ficando atrás ou equiparada com a de Copacabana.

Eu poderia falar muito mais sobre o Chile. Existem muitas outras cidades que não visitamos e que tivemos vontade.

Minha intenção nesse post é mostrar, mais uma vez, que não é preciso ter muito dinheiro pra fazer coisas legais. Acredito que um casamento precisa disso pra ser saudável. E nesse ano passamos por tantas coisas difíceis (como a maioria dos casais), ainda nos adaptando ao primeiro ano de casamento, que achei que merecíamos uma viagem a sós, um pouco mais longa que a de bodas de papel. Até por isso preferimos fazer em mais dias, com mais folga, passeios que poderiam ter sido feitos em 1 dia. .

Desejo que você olhe para esse ano de 2016 como uma oportunidade de tornar seu casamento aquilo que você sempre esperou que ele fosse. Alguns casais precisam se esforçar mais pra chegar num acordo, outros resolvem tudo com mais facilidade. Encare seu casamento de forma mais leve, dê novas oportunidades para vocês dois. No final das contas, seus amigos seguem a vida, seus familiares moram em outro lugar. A sua família é seu cônjuge. Economize alguns meses do ano pra passar uma semana longe de tudo e de todos. Vocês merecem, vocês precisam. Faz bem pra você, como indivíduo e para vocês como casal!

Tenham um 2016 cheio de amor e cheios de convicção de que a lua-de-mel dura todos os meses do ano!


obs.: não coloquei fotos da viagem porque chegamos hoje e ainda não deu tempo de fazer isso!