Apresentação

Pra quem acredita que a lua-de-mel não acaba quando voltamos da viagem...

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Um milagre em minha vida

No início do ano eu disse que gostaria que em 2016 tivessem mais histórias no blog. Tivemos um Especial de Dia dos Namorados, contando a história de vários casais. O primeiro post do ano foi uma história de um casal que enfrentou uma doença  repentina. Nada mais justo que terminar o ano com uma história de outro casal querido, que também vivenciou momentos dificílimos durante seu casamento, mas que olha o spoiler puderam encontrar seu final feliz!



Hoje vamos conhecer a história da Vanessa e do Renato. 

Eu conheci a Vanessa na faculdade e, consequentemente, conheci o Renato através da Vanessa. Eles iniciaram o namoro na época da faculdade e, pouco tempo depois, ficaram noivos. Hoje, no ano de 2016, completaram 3 anos de casamento e receberam um presente lindo, que é a Heloísa, filha do casal.

Mas antes de todo esse final feliz, eles passaram por momentos de muito medo. Aos 5 meses de casamento a Vanessa adoeceu. Ela conta que considera que sua vida hoje é um milagre. Em novembro de 2013, no início do casamento, Vanessa e Renato decidiram aprofundar seu relacionamento com Deus, num projeto de 40 madrugadas de oração, que foi o que lhes deu fé para enfrentar o que estaria por vir. No início de dezembro ela começou a sentir fortes dores nas costas e muita falta de ar. Passou por diversos médicos e recebeu diferentes diagnósticos: dor muscular, pedra nos rins, dentre outros. Seguiu com todos os tratamentos, mas nada adiantava. Continuou buscando uma resposta, até que o diagnóstico de pneumonia apareceu e, dentre todos, parecia o mais correto. A Vanessa seguiu com a medicação e tratamento pelo tempo indicado, mas o mesmo não foi eficaz.

Em fevereiro o casal resolveu participar de um retiro espiritual de sua igreja, pensando que ao passar um tempo ao ar livre poderia ajudar a Vanessa. Mas isso não aconteceu. Ao retornar do retiro espiritual, Vanessa continuou sua busca, até que por fim, em um hospital da Zona Sul de São Paulo, recebeu o diagnóstico correto. Vanessa estava com embolia pulmonar, o mesmo que trombose no pulmão. 

Os médicos se questionavam como a Vanessa ainda estava viva, pois ela possuía muitos coágulos em seu pulmão, tanto coágulos velhos, quanto coágulos novos. Demorou algum tempo ainda para se descobrir de onde vinham tantos coágulos, já que ela não tinha trombose em nenhuma parte do corpo, além do pulmão. 

Depois de muitos exames e o início de dois ataques cardíacos, foi descoberto que a Vanessa possuía um tumor no átrio direito do coração e era de lá que os coágulos vinham. Ela passou por um procedimento cirúrgico para a retirada do tumor, que era benigno.

Vanessa teve alta do hospital em abril de 2014, após 30 dias de internação e seguiu com sua vida normalmente após isso tudo. 

Mais de um ano depois, em agosto de 2015 ela engravidou. Sua gestação era, inicialmente, de risco, devido ao seu histórico, pois a mesma poderia gerar novos coágulos. Mas após muitos exames e investigações, chegou-se à conclusão de que não haveria nenhum problema, já que a causa dos coágulos era o tumor que já havia sido retirado.

A Vanessa passou por momentos de muita angústia e não podemos esquecer que, nesse meio tempo, o Renato estava sofrendo tudo isso junto com ela. Como se não bastasse toda essa situação que eles viveram, o Renato foi demitido no mesmo dia que a Vanessa foi internada, mas ele guardou essa informação pra si, para que a Vanessa não passasse por mais uma situação de stress.

Para ela, o Renato foi o porto seguro, a pessoa que esteve todos os dias com ela no hospital, auxiliando e cuidando, contando piadas e deixando todos bem humorados, como é o estilo dele.

"Apesar de indiretamente algumas pessoas me prepararem pra morte dela, mantive total otimismo e NUNCA me passou pela cabeça essa possibilidade. Pensava que seria difícil e o foi de fato, mas ver ela alegre a cada dia me dava motivos pra prosseguir animando ela, levando bom humor e leveza a cada entrada e saída, e a cada explicação de algum médico."
(Renato)




Eles estavam no início do casamento, ainda se conhecendo e, certamente, ninguém planeja passar por uma situação dessas. Mas a provação veio como forma de unir mais o casal, de fazê-los mais fortes, de se doar para o bem do outro e de orar um pelo outro da forma mais profunda e verdadeira.

Depois de viver toda essa situação, receber um presente como um bebê. muda completamente a perspectiva de vida. Antes, a Vanessa achava que sua vida era um milagre. Agora, além disso, ela percebeu que o maior milagre é que Deus pode fazer através de nós. Que, além de lhe recuperar a saúde, Ele confiou a educação de uma criança. E essa bênção é incomparável.

"Com a chegada da Heloísa , lembro- me do verso bíblico que diz que aquilo que o homem não viu, o ouvido não ouviu, e o coração humano não sentiu, é exatamente isso que Ele em Seu infinito amor tem nos preparado. Não sei como será o Céu por completo mas sabemos que temos um pedacinho dele aqui em nosso lar. É incrível poder olhar tudo o que passamos, continuar sendo falhos, e muitas vezes não nos lembrar daquilo que Deus operou em nós, e mesmo assim Ele em Sua infinita bondade e misericórdia nos agraciar com a vida da Heloísa."
(Vanessa)

O Renato e a Vanessa deixaram para nós uma mensagem de esperança para o ano que começa: não existe problema que não possa ser resolvido se estivermos juntos um com outro e com Deus. Não existe provação na qual Deus não nos acompanha e quando tudo parecer mais escuro, entregue a Deus, confie Nele e o mais Ele fará.

Que esse seja seu pensamento e sua vontade para seu casamento no ano de 2017. Que não haja situação invencível, nem barreiras intransponíveis. Que você e seu cônjuge vençam mais uma vez os problemas que aparecem e que, no final, vocês olhem para trás e enxerguem o milagre de Deus em seu casamento.

Feliz 2017!


Obrigada, Vanessa e Renato, por compartilharem conosco a sua história!






sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Eu desejo a você...

Fazer o post do natal é sempre difícil...



Além de estarmos completamente entretidos nas nossas atividades natalinas, preparando as coisas para a ceia, é um tema difícil de encaixar no blog.

Então hoje, depois de pensarmos muito, eu e o Thiago (co-autor do blog e meu cunhado), decidimos deixar uma mensagem especial para vocês.

Mas não apenas uma mensagem natalina ou de ano novo. Uma mensagem pessoal, com significado. A mensagem que vou deixar aqui eu recebi da minha sogra e, tirando as partes muito pessoais que ela me escreveu, acredito que ser uma mensagem diferente, que encaixa em qualquer contexto, principalmente de um casal, que enfrenta tantas lutas juntos, ao longo de um ano.

Ela inicia o texto assim: "Nao sei quem escreveu... mas essa  mensagem  é exatamente o que eu desejo para você, MINHA FILHA ANGELIKITA!"

Sem mais delongas, esse é o desejo de fim de ano, da equipe do blog para todos vocês, que nos acompanham semanalmente!

"Eu estive pensando sobre o que poderia desejar-lhe além das bençãos de saúde e felicidade... 
Te desejo um ano abençoado por Deus com festas e comemorações, com pais saudáveis e toda família feliz. 
Desejo-lhe tranquilidade e noites bem dormidas. Jornais com boas notícias e projetos de paz. 
Desejo-lhe muitos cafezinhos cheios de boas conversas, livros bem lidos e trabalhos bem feitos. Que as idas a farmácia sejam por cosméticos e não remédios e que as idas ao mercado sejam por chocolates e não por dietas. 
Eu quero que você seja amada, querida e respeitada. Que o homem da sua vida  tire o seu batom e não o rímel. Que seus filhos sejam seus companheiros de jornada, e que sempre haja, com eles, energia para recomeçar. (Que seus filhos sejam pra você, o tudo, o mesmo bom, querido e 'tudo', que o seu esposo é pra mim)
Te desejo tantas coisas... boas mamografias, bons exames médicos e se necessitar de  injeções, que sejam de botox e não de antibióticos. 
Que ninguém te faça chorar e que você cante bem alto no carro quando estiver sozinha. Que tenhas um ano com férias, feriados, viagens e escapadelas. Que não te falte nada e que não te roubem nada. 
Desejo-lhe risadas e gargalhadas, daquelas que fazem chorar. Risos daqueles que afugentam os medos e eliminam as rugas...
Te desejo força nos  desafios e doçura nos momentos amargos. 
Muito sucesso e saúde  durante todo o próximo ano e que Deus te  abençoe e te acompanhe sempre." 

Embora a mensagem tenha muitos votos para as mulheres, tenho certeza que o nosso público masculino também entendeu os bons desejos!

Que o próximo ano seja cheio de amor e companheirismo em seu casamento e que não faltem motivos para vocês desejarem chegar às bodas de ouro!


Feliz Natal e Próspero Ano Novo! 

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Amor à distância

Eu já contei aqui no blog a história de alguns casais que namoraram à distância, ou até mesmo que foram noivos à distância. Hoje, pela primeira vez, vou contar a história de um casal que passou seu primeiro ano de casamento à distância.





A história de hoje é dos meus amigos Deoris e Henrique. Eu conheci a Déo por volta dos 14 anos de idade e estudamos juntas apenas por 1 ano, mas nossa amizade se aprofundou tanto que dura até hoje. 

Parece que faz um pouco parte da vida da Déo ter que ficar distante das pessoas que ela ama e foi assim que a história dela e do Henrique começou. Quando a Déo tinha em torno de 15 anos o pai dela foi transferido para a cidade de Itararé. Lá, na escola nova, ela conheceu o Henrique, também com 15 anos. E começaram a namorar.

Eles contam que quando veem casais dessa idade hoje em dia é até estranho pensar que esses casais podem chegar ao matrimônio, assim como eles, porque parecem que são muito bebês.

Após 6 meses de namoro, o pai da Déo foi transferido novamente, dessa vez para a cidade de Rio Claro. Isso foi no final do ano de 2007. Desde então, o Henrique e a Deoris namoram à distância. Houve apenas um ano em que o Henrique morou em Rio Claro (em 2010) e eles puderam aproveitar juntos. De resto, eles passaram 9 anos convivendo com a saudade.

Foi no réveillon de 2013 para 2014 que o pedido de casamento aconteceu. Eles estavam viajando, numa praia, com a família da Déo. Na contagem regressiva, foi mais ou menos assim que aconteceu:

10 - 9 - 8 - 7 - 6 - 5 - 4 - 3 - 2 - 1 - 0 - QUER CASAR COMIGO? 


Mas essa história ainda tem chão... A Déo sempre teve vontade de fazer um intercâmbio, mas por diversos motivos, esse plano acabou sendo adiado. Acontece que o Henrique sabia que participar de um intercâmbio seria uma oportunidade muito boa para ela e acabou incentivando a Déo a participar do programa "Ciência sem Fronteira". Então, no meio dos preparativos para o casamento ela recebeu a aprovação do programa. O casamento dela seria em julho e a data da viagem estava prevista para agosto.

Ela topou, ele também. E assim, em julho de 2015 aconteceu o casamento deles. Eu estava lá e, inclusive, eles me convidaram para cantar no casamento. Foi muito emocionante para mim, considerando tudo o que nós vivemos nesses anos todos de amizade. Eu e o Meu Bem ajudamos a decorar o espaço, penduramos coisas pelo teto, organizamos tudo com os amigos e padrinhos e aproveitamos esse dia para comemorar o amor dos nossos amigos.

Em agosto a Déo partiu para NY, onde ficou durante um ano inteiro. Durante esse primeiro ano de casamento, o Henrique e a Déo se viram apenas 2 vezes, quando o Henrique pôde visitá-la em NY, afinal, quem participa desse programa não pode retornar para seu país até o programa ter finalizado.

Muita gente nos questiona e não entende porque a gente casou mesmo sabendo que continuaríamos longe por um tempo. Eu sempre respondo que a gente simplesmente casou por amor. Estar longe não significa não estar junto, a gente está em contato o tempo todo.
(Déo)



Esse ano, 2016, a Déo retornou ao Brasil e, pela primeira vez em muito tempo, ela pôde conviver com o Henrique todos os dias. Perguntei a ela como tem sido a vida de casados depois de tanto tempo longe, mas ela me disse que não é tão diferente assim. Segundo ela, é muito fácil ser feliz quando você encontra a pessoa certa para você. É como se todos os dias fossem mais parecidos com a lua-de-mel do que com o cotidiano. Claro que poder viver isso pessoalmente é muito melhor.

Essa história parece às vezes ser de outro mundo. Pensar em como um casal pode ser realmente feliz estando longe um do outro não entra na nossa cabeça. Fiquei me perguntando qual seria o segredo para que tivesse funcionado para eles e a resposta foi simples: diálogo.

A Déo conta que muitas vezes elas prefere conversar do que dormir. Desde a época do namoro, mesmo nos dias mais difíceis, eles conversavam por longas horas ao telefone. Ouvir o que o outro está vivendo te aproxima mais da vida dele e vice-versa. 

Para o Henrique, um dos segredos do relacionamento é manter sempre o bom humor, porque mesmo quando a situação não é favorável, ainda é possível encontrar motivos para ser feliz. A grande maioria dos casais passa por problemas. Sejam eles financeiros, relacionais ou outros que podemos não conhecer ou imaginar. No caso do Henrique e da Déo, o problema foi distância. 

Assim como outros casais, alguns problemas não dependem de nós para serem resolvidos e precisamos simplesmente esperar que eles se resolvam. Foi o caso deles, que precisaram aprender a lidar com o problema e serem felizes independentemente disso.

Com muito diálogo, sinceridade e respeito, eles dividiram seus sonhos, alcançaram objetivos e hoje, finalmente, podem desfrutar da companhia um do outro.

Agora que o problema da distância foi resolvido, pode ser que outros problemas surjam pela frente. Ninguém está isento de problemas, porém, eles já provaram que tem perseverança para enfrentar tudo juntos e chegar numa resolução favorável para suas dificuldades.

O momento mais especial do casamento para mim, com certeza foi o dia após o casamento, em que eu acordei, vi que aquilo não era um sonho e sim uma realidade, de que eu estava ao lado da pessoa que eu amo e que prometi a ela amar e respeitar para o resto da minha vida. Foi bom pode pensar que ela estará do meu lado todos os dias a partir daquele.
(Henrique)

Porque para estar junto não precisa estar perto!

Obrigada, Déo e Henri, por compartilharem sua história conosco.
Que vocês sejam muito felizes e decidam todos os dias continuar juntos!


sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Programa de índio

Essa semana a Dona Moça e eu fizemos 3 anos de namoro. Foi no dia 07, quarta feira (a foto abaixo foi a primeira que tiramos como namorados). Quem fica sabendo dessa informação deve pensar que foi um dia romântico, maravilhoso. Bom, ainda bem que só pensar não custa nada, não é mesmo?



Essa quarta nós acordamos como qualquer outro dia. Tá, foi um pouquinho diferente. Normalmente acordamos com vontade de dormir por mais uns 35 anos (fim de ano o cansaço bate forte), falamos "bom dia" um para o outro e seguimos com a vida. Na quarta feira nós acordamos com vontade de dormir por mais uns 45 anos, falamos "feliz 3 anos" um para o outro e seguimos com a vida.

Por mais que quiséssemos passar o aniversário de namoro debaixo das cobertas, juntinhos, assistindo Gotham e comendo pipoca, a vida segue normalmente e ninguém está em férias ainda. Você pode pensar que nós nos planejamos para sair de noite então. Claro, um casal que é exemplo de romantismo como nós (só que não) iria comemorar a data festiva de qualquer forma. E nós realmente saímos.

Nós fomos pra uma formatura.

Esse ano a primeira turma de 1ºEM que eu dei aula se formou. Eles não foram meus alunos esse ano, mas alguns deles me chamaram para prestigiá-los nessa data. Embora alguns fugissem de mim como o diabo foge da cruz (química e física não são as matérias mais queridas), foi bom vê-los e abraça-los nesse momento especial de conquista tão importante pra eles.

Agora vamos combinar uma coisa: formatura não é lá dos eventos mais legais de se ir. Tirando os formandos, familiares e em algumas vezes os professores, formatura é só um monte de andação seguida de um monte de falação de pessoas que, em sua maioria você não conhece.

Se formatura já não é o mais interessante dos eventos, imagine a seguinte situação: Você está numa formatura e você não conhece ninguém. Era nessa situação em que se encontrava a Dona Moça. Ela foi me acompanhar na cerimônia e, enquanto eu conversava, abraçava e congratulava, ela estava lá. Quietinha, timidinha, na dela.

Chegamos em casa mais de 22h, sem comemorar nenhum aniversário. Pra não dizer que deixamos totalmente sem comemoração, passamos no McDonald's antes de ir pra casa. Pelo menos uma comemoração simbólica. Chegamos em casa e fomos direto dormir porque o cansaço tá realmente tenso essa semana.

Em resumo, não comemoramos nada. Por causa de um evento que era muito importante para mim, nós dois não comemoramos uma data especial para nós. E sabe o que isso gerou?

Nada.

Não fez a menor diferença. A Dona Moça achou super legal ter que ir na formatura? Não, mas ela sabia que era algo importante pra mim e aceitou deixar a comemoração mais pra frente (afinal, não é porque não pudemos comemorar no dia que não vamos comemorar). E isso acontece tantas vezes dentro do relacionamento, que a gente consegue perceber que essas coisas não mudam nenhum sentimento. Um cede aqui, outro cede ali e vida que segue.

Tem um comediante que eu conheço, chamado Jeff Allen. Em um stand-up que o vi fazer, ele disse que, quando o seu filho foi casar, ele o aconselhou com a seguinte frase:

"Você quer estar certo ou você quer ser feliz? Eu estou errado faz uns 20 anos, mas sou feliz pra caramba!"

Por mais que seja uma piada, isso tem um fundo de verdade. Eu sou meio teimoso mentira sou teimoso que nem uma mula  e a Dona Moça é um tanto teimosa também, talvez um pouco menos que eu. Ao considerar somente isso, acho que o natural seria brigar de monte. O pior é que, as vezes que nós discutimos de forma mais séria, era por motivos muito idiotas. Situações no trânsito são as campeãs em gerar discussão. Um acha uma coisa, outro acha outra coisa e os dois ficam argumentando e contra argumentando por muito mais tempo do que se fosse algo realmente importante.

Um dia eu perguntei pra Dona Moça por que raios nós só discutíamos por coisas sem sentido. Ela também não sabia responder, mas depois dessa conversa eu vi uma mudança de atitude em nós dois. Certos tipos de assunto não merecem uma briga. Eu sempre concordo com tudo que a Dona Moça pensa? Não, mas quando não é algo que influencia nossos objetivos de vida e só vai gerar uma discussão que não levará a lugar nenhum, pra que seguir nessa discussão? E percebi que a Dona Moça pensa e age nessa mesma linha de raciocínio.

Ceder em certas coisas não tira sua personalidade. Fazer algo que você não gosta em prol de quem se ama não diminui o indivíduo. Ações como essa só fazem com que o relacionamento e a cumplicidade cresçam. Claro que essas ações devem ser feitas por ambas as partes de um relacionamento e sou muito abençoado por isso acontecer no meu relacionamento, mas se isso não acontece no seu relacionamento, por que não começar? Fácil não é, principalmente se você for teimoso como eu, mas garanto que vale a pena!

1 Amplexo!

PS: Parabéns para meus queridos formandos do CAEA! Em especial, ao eterno grupo de estudos!



2º PS: Hoje o atraso não foi culpa de coxinha, foi o cansaço que tá tenso mesmo! Bendito cochilo de 4 horas!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Bodas de Algodão

No último dia 23, eu e o Meu Bem completamos Bodas de Algodão - dois anos de casamento.




Nós nos casamos próximo a um feriado para que sempre pudéssemos viajar em comemoração às bodas. Acontece que nesse ano o feriado caiu em um domingo e tivemos que fazer uma viagem mais curta, apenas um fim de semana.

Eu planejei várias coisas para esse aniversário que não deram certo. Por exemplo, eu queria fazer um ensaio fotográfico num campo de algodão (as fotos ficam incríveis), ou fazer um piquenique com flor de algodão enfeitando. Pensei em presentes como roupas 100% algodão. Mas na verdade, depois de todas as mudanças que aconteceram nesse semestre, eu desanimei um pouco.

Resolvemos fazer uma viagem simples, para aproveitarmos do jeito que mais gostamos. Ainda mais porque ganhamos a viagem de presente da minha mãe.

A viagem foi deliciosa, como toda viagem costuma ser. O chalé era uma gracinha e os passeios bem gostosos e simples. Havia algumas sugestões de trilhas gratuitas. Eram 4 trilhas. Queríamos fazer pelo menos 2 delas, mas na primeira já estávamos morrendo de canseira. Subimos a Pedra Redonda (em Monte Verde) e tiramos muitas fotos.

Mas o que mais me chamou a atenção esse ano não foi nada relacionado a viagem. Normalmente eu posto muito mais fotos nas redes sociais do que o Meu Bem, mas em datas comemorativas ele até que posta uma ou outra.

Eu postei pela manhã, no dia 23, uma foto nossa e na legenda dizia, entre outras coisas, que a vida modificou muitos dos nossos planos, mas que mesmo assim eu não mudaria nada. Pouco tempo depois, Meu Bem postou uma foto nossa, dizendo que esses dois anos não foram bem o que nós planejamos, mas que ele não mudaria nada.

Achei engraçado porque nós não combinamos que iríamos escrever legendas parecidas (até porque nunca fazemos isso). Ambos postamos uma foto com uma legenda que significava algo que estava no nosso coração. E mesmo conversando sempre sobre tudo, não imaginei que exatamente as mesmas palavras descreveriam esses dois anos para nós dois.

Um dos motivos dessa situação ter me chamado tanto a atenção é que eu e o Meu Bem somos completamente diferentes um do outro. Temos os mesmos objetivos de vida, é claro, por isso estamos juntos, porém, nossa personalidade é completamente oposta. Eu imaginei que nós dois teríamos visões diferentes do que significou esse início de casamento, justamente porque somos muito diferentes.

Quando nos casamos, a prima do Meu Bem, Lauren, fez uma música para nós dois, baseada justamente nessa diferença que temos. A letra da música diz que "os opostos, se dispostos, são felizes no Senhor".

Mais profunda que essa frase, tem ainda outra que diz: "A promessa é que, se forem dois em nome do Senhor, o próprio Deus falou: com eles Eu estou".



Costumo sempre me lembrar dessa frase nos momentos em que as coisas acontecem fora do planejamento ou quando as situações da vida nos fazem mudar nossos planos. Acredito que é por confiar nessa promessa que nós dois temos a sensação de que não mudaríamos nada nesses dois anos.

Por mais diferente que seja aquilo que planejamos para aquilo que estamos vivendo, eu gosto de pensar que cada uma dessas coisas teve um significado: ou bênção, ou lição. 

Quando passamos a ter um olhar positivo, todas as coisas realmente contribuem em nossa vida. Vejo muitas pessoas desistindo dos relacionamentos porque é muito mais fácil estar sozinho do que acompanhado. Esse pensamento não está 100% errado. Quando estamos sozinhos decidimos onde investir nossa renda, onde passear, para onde viajar, qual o plano para o fim de semana. E é muito gostoso quando podemos tomar decisões considerando apenas aquilo que queremos. 

Por isso que estar em um relacionamento, num matrimônio, exige tanto de nós. Já não existe praticamente nenhuma decisão que pode ser tomada sem consultar o outro. Se isso acontece com frequência, logo encontraremos uma lacuna nesse casamento.

E eu digo com propriedade que, por mais diferentes que sejamos do nosso cônjuge, a experiência de viver em um relacionamento altruísta é incomparável. Tudo o que temos vivido nesses dois anos nos transformou em pessoas mais pacientes, mas sábias, mais maduras, com mais facilidade de resolver conflitos.

Nós não mudaríamos nada nesse dois anos, porque tudo o que vivemos até agora foi a nossa experiência de casamento. Foi a realização do nosso sonho de vida a dois. Nós sonhamos em viver juntos, compartilhando tudo. E quando pensamos em "tudo" não sobra nenhum dia que podemos descartar.

Estamos numa viagem rumo às bodas de ouro e não pretendemos desistir até chegar ao nosso destino! Até porque a felicidade não é um destino, mas sim o caminho que percorremos até lá.









sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Passa o tempo, passam horas...

Normalmente eu tenho o texto do blog praticamente montado quando eu o escrevo. Por mais que a maioria dos textos eu escreva na própria data de publicação, eu quase sempre tenho ele na minha cabeça desde uns 4 a 5 dias antes. 

Hoje, não é o caso.

Começo da semana. Chegou segunda feira, não sabia o que escrever. Não tinha a pífia ideia. Passou segunda, terça... Na quarta feira eu cogitei falar com a Angélica pra ela escrever essa semana de novo, pois não havia nenhuma ideia na minha cabeça. Acho que o tal "bloqueio criativo" havia tomado meus neurônios. Não falei com ela pois trato é trato e continuei pensando. Passou quarta, quinta... Até que chegou hoje. Com o prazo de algumas horas, eu deveria terminar esse texto que faço agora e não tinha nenhuma ideia. Zero. Niente. Absolutely nothing at all. Se eu soubesse escrever "nada" em alemão eu escreveria aqui. Até que...

Eram 7h20 da manhã. Para os que não sabem, um aviso: eu sou professor de ensino médio. No final de ano, em todos os anos, há a necessidade dos ensaios de formatura. Hoje esse ensaio tomou a minha aula. Enquanto eu adiantava algumas coisas que eu precisava fazer, eis que escuto o ensaio de formatura ao fundo:

Passa o tempo, passam horas. Gira o mundo, vira a história.

Logo reconheci uma das minhas músicas favoritas. Minha não, nossa! Dona Moça ama essa música também! E daí veio a ideia do texto de hoje. Vou mostrar mais uma música da nossa playlist de casal (somando à Remedy, da Adele, sobre a qual escrevi anteriormente)

Quem ouviu essa música primeiro foi a Dona Moça. Ela tinha baixado o Spotify pra achar algumas músicas pra cerimônia do casamento, e acabou achando essa também. Ela ouviu e me falou pra escutar, dizendo que eu iria gostar muito. Foi então que ouvi pela primeira vez:


E, pra variar, a Dona Moça acertou. A música entrou pra nossa playlist imediatamente. Por causa desse tom meio bucólico, quisemos colocar ela pra tocar no nosso chá de cozinha, já que o fizemos no estilo de festa junina. E fomos querendo colocar em tudo quanto era hora. Até que surgiu a ideia de colocá-la na cerimônia de casamento.

Não lembro quem deu a ideia primeiro, mas lembro que nós dois gostamos muito dela. Ambos concordamos em colocá-la ao final da cerimônia. Só faltava decidir como colocaríamos a música. Nós tínhamos já combinados duas músicas cantadas durante a cerimônia. Uma era o Pai Nosso, cantado por uma querida amiga nossa, que tem sozinha a voz de um coral (e que, por um acaso, foi minha professora de literatura). A outra era surpresa: Uma música autoral de uma prima minha (a Lau). Ela é excelente compositora e cantora e, por sermos próximos desde crianças, pedi que ela cantasse na cerimônia junto com a irmã dela (a Lila), da qual também sou muito chegado desde sempre.

Depois de muito debater sobre a logística dentro da cerimônia e de conversar com as minhas primas, pedimos pra Lau cantar essa música enquanto estivéssemos saindo de cerimônia.

E assim foi. E foi lindo! Depois de toda a emoção da cerimônia, Dona Moça e eu saímos ao som dessa música que gostamos tanto, interpretada por uma voz que me traz muitas memórias boas.

Bem, a música é linda e o casamento também foi. Agora só falta explicar o motivo de gostarmos tanto dessa música.

Não sei se você acredita em Deus ou não. Se você acredita em destino, coincidência ou providência. O que eu sei é que Ele existe sim. E que Ele planejou minha vida para que ela corresse da melhor forma possível, guiando meu caminho. Mesmo nas vezes que não parecesse o melhor, eu sei que Ele via minha vida desde o fim até o começo. Logo, não havia como Ele errar.

Mas eu havia de errar. E como errei! Errei muito. Errei feio, errei rude. Passei parte da minha vida distante dEle e deixei de seguir os planos que Ele sempre teve pra mim. 

A Dona Moça não errou tanto assim, mas ela questionou bastante o caminho que estava seguindo. Houve uma época da vida que ela se sentia bem sozinha e não entendia o motivo disso.

Até que decidi voltar ao caminho que Ele determinou, e descobri que uma das etapas desse caminho, é a Dona Moça. A Dona Moça também viu que eu fazia parte do caminho dela. Desde então, nosso caminho é o mesmo: Um ao lado do outro, e ao lado do Autor da vida, pois sabemos que, se escolhermos bem, o final será feliz!

1 Amplexo!

PS: O atraso na publicação não foi culpa da falta de ideia. Foi culpa da coxinha do mês!

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Player 1 e Player 2

Eu estava conversando com um rapaz que trabalha comigo. Ele tem 19 anos e nunca esteve em um relacionamento. Então perguntei para ele: 
-Qual assunto chamaria sua atenção no meu blog?

Ele respondeu:
-Eu queria ler sobre os benefícios para um casal que joga videogame junto.

HAHAHAHA

Foi assim que decidi o tema de hoje.



Quando eu e o Meu Bem nos casamos, ganhamos diversos presentes, como a maioria dos casais. Alguns desses presentes não estavam na nossa lista e outros nós nunca imaginamos que alguém nos daria. Foi o caso do videogame.

Nós estávamos em lua-de-mel quando recebemos um vídeo pelo whatsapp. Era um vídeo do meu cunhado (e co-autor do blog), Thiago e do Rodrigo (nosso padrinho que é tipo um irmão do Fellipe).

O vídeo era bem engraçadinho e eles começavam dizendo que haviam comprado um cabo de presente para nós. O cabo deveria ser conectado em um lugar X... e assim por diante, eles terminaram o vídeo mostrando que tinham comprado um videogame com 2 jogos e dois controles como presente de casamento. 

O Meu Bem vibrou com aquela notícia, porque o videogame que ele tinha havia ficado para o Thiago, que ainda não estava nem mesmo noivo da Dona Moça. Foi um super presente.

Eu confesso que fiquei bastante feliz com aquele presente também. Eu cresci jogando videogame com meu irmão e também jogava alguns jogos no computador e, embora eu tenha parado de jogar há alguns bons anos, era um presente e tanto!

Nesse ritmo de videogame, o Meu Bem resolveu comprar algum jogo que eu gostasse para então jogarmos juntos. Ele comprou um joguinho de luta de super heróis (INJUSTICE).

Eu comecei a jogar com ele e perdi todas as vezes. Pra quem me conhece bem sabe como eu SIMPLESMENTE ODEIO perder. Então, como eu estava de férias e o Meu Bem estava trabalhando, passei a tarde seguinte inteira jogando treinando para ganhar. 
À noite jogamos novamente, e dessa vez eu ganhei!!!!!

Foi a última vez que eu joguei. Deve fazer quase 2 anos que não jogo videogame hahaha

Algumas vezes o Meu Bem pediu que eu jogasse com ele, mas confesso que não sinto muita vontade de jogar. Acho que estou perdendo meu tempo de lazer enquanto poderia fazer outra coisa que eu goste mais.

Meu Bem acabou desistindo de me chamar pra jogar com ele. Ele sabe que eu não gosto, mas nós conseguimos chegar num consenso de como utilizar o videogame. 

Temos alguns colegas que proibiram o uso de videogame em casa para evitar que seu cônjuge passasse mais tempo ali do que em outras atividades, de forma que o videogame não seria saudável em casa. 

Eu acho válido desde que funcione na sua casa. Lá na minha casa não funcionaria esse tipo de proibição. É como se o Meu Bem me proibisse de olhar as redes sociais quando estou em casa. Ele passa dias, semanas sem olhar as redes sociais e está tudo ok. Se eu tiver que ficar com essa abstinência de internet, vou ficar muito irritada. O videogame funciona dessa forma para ele.

Muitas vezes precisamos de uma válvula de escape. Para algumas pessoas é um passeio, para outras é um livro, algumas gostam de meditar e umas precisam de um banho de banheira. Tem gente que esquece os problemas quando está na academia e outros quando estão cozinhando ou jogando futebol.

Não importa qual o jeito, mas todos precisamos de um momento em que não estamos pensando em nada nem ninguém. Somos seres humanos individuais, com gostos específicos, mesmo quando somos casados e não é porque somos "uma só carne" que temos que estar 24h grudados.

Lá em casa o videogame funciona nas horas vagas para o Meu Bem espairecer. As redes sociais e os livros de pintar são o meu escape. E se algum dos dois passa do limite, o outro avisa.

Pode ser que na sua casa as coisas não funcionem bem dessa forma, mas você não deve esquecer nunca da individualidade do seu cônjuge. Nós acumulamos tantas funções (profissional, esposa, filha, amiga, irmã, mãe, tia, cargos religiosos...) que se não pararmos um pouquinho vamos esquecer quem nós somos e vamos surtar.

Desde que eu namorava o Meu Bem ele dizia que haviam algumas coisas muito características em mim que fizeram ele se apaixonar. Com o passar do tempo tive medo de perder essas características, de não ser mais quem eu era. E, embora eu saiba que a gente muda todo o tempo e se transforma a cada dia, eu ainda quero manter aquelas coisas que são a base da minha personalidade. Para isso eu preciso muitas vezes parar sozinha e colocar a cabeça no lugar, refrescar meus pensamentos e recarregar minhas energias.

Permita que seu cônjuge tenha um momento só dele para fazer o que ele bem quiser. Combine dias e/ou horários para que cada um espaireça a mente. Se não estiver funcionando, reorganize.
Só não esqueça que, antes de serem um, vocês eram dois e precisam lembrar continuamente quem vocês são para não perderem a sua essência. 

Comecei o texto dizendo que o rapaz que trabalha comigo queria saber dos benefícios de jogar videogame juntos, mas eu não tenho muita experiência nessa área. O que eu posso dizer é que tudo aquilo que gostamos de fazer juntos, deve ser feito como forma de unir o casal. Mas aquilo que apenas um dos dois gosta de fazer, não se deve forçar para que os dois façam juntos, porém, deve ser respeitado, para que cada um faça no seu momento livre, respeitando as características individuais de cada um.

Um casal é feito de duas pessoas e nenhuma delas deve ser anulada por causa dos gostos do outro. 


sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Cultivando a cumplicidade

Nesse final de semana que passou, eu prestei o ENEM. Esse é o segundo ano que eu presto depois de me tornar professor. Gosto de prestar a prova pra comentar com os meus alunos e compartilhar a mesma experiência que eles. Principalmente para aqueles que, como eu, são sabatistas e tem que ficar isolados desde o horário do início da prova até o por-do-sol, iniciando realmente a prova as 19 no sábado. 

Como sou professor de química e minha disciplina cai na etapa de sábado do ENEM, ir no domingo é só com muita força de vontade. Esse ano, não tive essa força de vontade. Depois de passar o sábado inteiro trancado e fazer uma prova de 90 questões é muito difícil ter vontade de ir no dia seguinte. Lógico, se eu estivesse na situação de formando de ensino médio, claramente que eu iria, prova disso foi o vestibular da minha faculdade que era exatamente do mesmo jeito.

Domingo eu acordei com pouquíssima vontade de ir. E realmente não fui. Além de todas as condições de cansaço e preguiça fazerem com que eu quisesse ficar em casa, estava combinado que durante a noite daquele domingo eu e a Dona Moça iríamos jantar com meus pais, meu irmão e minha cunhada, em comemoração ao aniversário da Dona Moça (só pra constar, o aniversário dela não foi naquele domingo, mas mês de aniversário na minha família é festa o mês todo). Eu não queria ir pra comemoração de aniversário da minha esposa todo cansado de horas de prova. Queria ir bonitinho, cheirosinho e sem cara de acabado.

E assim foi. Quando deu o horário devido, nos arrumamos e saímos em direção ao local combinado. Enquanto íamos, decidimos colocar uma playlist do Spotify para tocar. Essa playlist foi montada antes da última vez que fomos a Joinville, no aniversário da minha prima. Quando montamos essa lista, em conjunto, a Dona Moça colocou algumas músicas que eu não conhecia e, num determinado momento, começou a tocar uma dessas músicas que eu não conhecia. 

No visor do rádio do carro apareceu "Filho Adotivo". Na hora eu perguntei que música era aquela, mas a Dona Moça não lembrava. Um pouquinho depois, ela se lembrou e me disse que era do Sérgio Reis, e que eu devia prestar atenção na letra. Se você nunca ouviu essa música, clique aqui. Se você conhece essa música, sabe como ela é emocionante. E, como era de se esperar, pouco tempo depois estavam os dois chorando dentro do carro.

Nós dois somos muito emotivos, principalmente quando o assunto está relacionado a família. Depois de ouvirmos a música e estarmos naquele clima meio melancólico, começamos a conversar sobre as saudades que sentimos, as tristezas que existem faz tempo e que, apesar do tempo passar, estão sempre no coração. A falta que os avós fazem, a falta de um tio, de uma tia. Enfim, ficamos conversando sobre o quão necessário e essencial é cultivar um bom relacionamento e cuidarmos de quem amamos, pois a vida é sempre uma caixinha de surpresas.

Não sei se existem muitas pessoas que, como eu, gostam desses momentos melancólicos como o que descrevi agora. Não que eu goste de sentir saudade, mas porque lembro que, se há saudade, é porque houve felicidade e amor. Pensando um pouco mais sobre essa situação descrita, comecei a apreciá-la ainda mais, pois eu pude dividir esse momento com alguém que amo e que me ama também. Afinal, não é com todo mundo que se pode dividir um momento desses, pois se expõe os sentimentos mais sensíveis e pessoais, os assuntos que mais nos fragilizam e que normalmente temos vergonha de mostrar para as pessoas.

Pensando ainda um pouco mais, percebi como é bom poder chorar na frente da minha esposa. Esquecer essas bobagens que homem não pode chorar e debulhar meus sentimentos mais particulares e íntimos com a pessoa que decidi compartilhar minha vida. Me senti tão privilegiado de poder fazer isso. De não ter vergonha do que sinto e de poder falar exatamente tudo o que passa dentro da minha cabeça com ela.

Naquele momento, em que nós dois mostramos uma parte importante de quem somos um para o outro, nós nos conhecemos mais um pouco. Nós entendemos um ao outro um pouco mais. Nós pudemos mostrar amor um pouco mais, de uma forma que não seria possível se não nos mostrássemos frágeis um para o outro. 

Lendo o que acabei de escrever, parece que estou falando o óbvio. Bem, e estou mesmo. O problema é que percebo que existem relacionamentos que não tem essa cumplicidade do todo, de compartilhar inclusive os sentimentos que são os mais íntimos, que mostram que não somos tão fortes ou tão infalíveis assim. 

Num mundo aonde demonstrar amor é sinal de fraqueza, poder demonstrar fraqueza a quem se ama é benção maior do que se imagina. Graças a Deus (e a Dona Moça), sou abençoado todo dia. 



1 Amplexo!

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

A influência da esposa

O post de hoje é uma dica literária. Eu apreciei muito e espero que você tenha a mesma experiência que eu.





Logo que eu fiz o post falando sobre a situação que eu e o Meu Bem estamos enfrentando atualmente (leia aqui e aqui) uma amiga me mandou uma mensagem particular para contar sobre algumas coisas que ela tem vivido também.

Ela me disse que estava lendo um livro muito bom e que havia aprendido coisas que nós, que frequentamos uma igreja desde pequenos, achamos que já sabemos, mas que na verdade é muito mais profundo do que imaginamos.

Acredito que muitas das pessoas que leem o blog já conhecessem esse livro, mas vale a pena reforçar.

O livro se chama "O poder da esposa que ora", e tem suas inúmeras versões, como "O poder do esposo que ora", da mãe que ora, dos filhos que oram, da mulher que ora, do adolescente que ora e por aí vai. Existe, inclusive, uma versão resumida que possuem somente a oração do dia.

Minha amiga disse que gostaria de me entregar o mesmo livro que ela estava lendo. Ao receber o livro, havia uma cartinha dela dentro do livro que dizia que quando eu terminasse de ler, poderia entregar a outra pessoa, da mesma forma que ela fez comigo. Assim, formamos uma corrente feminina com esse livro que foi tão especial para nós.

O livro é maravilhoso por inteiro e é até difícil falar dele. Sabe quando você vive uma experiência tão incrível que outra pessoa só vai entender se ela viver isso também? É exatamente assim que me senti ao ler esse livro.

Mesmo assim vou tentar falar um pouquinho sobre ele. Ele é feito para você ler durante 31 dias. Um capítulo por dia. Cada capítulo fala sobre um tema diferente e contém testemunhos reais, um modelo de oração sobre aquele assunto e alguns versos bílicos relacionados ao assunto.

A autora do livro fala com propriedade, pois ela mesma teve seu casamento por um fio. Ela só não chegou ao divórcio por causa de pequenas questões com as quais não queria lidar, mas esteve muito próximo disso.

Ela contou como, por diversas vezes, enfrentou seu esposo ou opinou sobre alguma situação, e o que deveria ter sido uma troca saudável de opiniões se tornou uma discussão grave. Ela descobriu que, ao invés de falar ela deveria se ajoelhar e interceder por seu esposo.

Na grande maioria das vezes o Senhor se revelou ao esposo dela, não sendo necessário que ela dissesse uma única palavra. Também houve situações em que, ao orar, o Senhor mostrou a ela as palavras certas para conduzir a conversa, de forma que eles não brigassem. E também tiveram momentos que a oração serviu única e exclusivamente para acalmar a mente e ter clareza sobre o que fazer.

Quando eu comecei a ler pensei que não seria tão útil assim, afinal, meu relacionamento com o Meu Bem é ótimo. A gente passa por problemas comuns, do dia-a-dia, mas não temos problemas de relacionamento e dificilmente a gente briga. Por isso achei que seria um livro que me traria algum conhecimento novo, algumas experiências bacanas, mas que seria ok.

Acontece que o livro abriu minha mente para uma coisa muito maior, que é a influência que a esposa pode ter dentro de um casamento, na vida do esposo e dos filhos. 
Acredito que o homem e a mulher são iguais em direitos e cidadania, mas que são completamente diferentes em suas funções e habilidades. 

Por isso, a esposa é quem normalmente coloca todas as coisas no lugar, inclusive os sentimentos, pois ela é quem costuma ter a sensibilidade de perceber quando o lar não está caminhando bem. É a esposa que percebe num olhar ou numa palavra se o dia do seu esposo foi agradável ou não. É a esposa e mãe que não precisa ouvir uma única palavra para entender o que está acontecendo com seus filhos.

A esposa é a pessoa que faz as coisas funcionarem no seu lugar, porque essa foi uma habilidade que Deus deu a ela. E é por esse motivo que a esposa deve estar em constante comunhão com Deus para estar sempre pronta a solucionar os problemas da casa, as divergências entre os membros da família e para aconselhar sua família de acordo com o necessário. 

Muitas vezes nós nos sentimos sozinhas e perdidas para tomar tanta responsabilidade sobre nossos ombros. E é sobre isso que o livro fala. A oração é quando nos comunicamos com quem pode resolver tudo aquilo que não podemos e é o caminho para aliviar nosso coração das angústias.

E, se ainda assim você achar que não consegue fazer isso, peça ajuda de outras amigas, de outras esposas e se unam em oração.
Nos últimos 15 dias eu e um grupo de amigas oramos pelos esposos e pelas famílias de cada uma, para que ficássemos fortes nesse propósito de interceder pelo casamento.

Você não está sozinha. Não permita que seu casamento acabe por achar que não tem com quem contar. As possibilidades são muitas antes de você desistir do matrimônio.

Leia esse livro e viva essa experiência também.



sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Na alegria e na dieta

Eu gosto de comer. Muito. Prefiro comer a dormir. Se fosse possível eu trocava todas as horas de sono por horas de alimentação. Ainda bem que isso não é possível!

Devido a esse meu imenso apreço que tenho por alimentos, apreço tal que cultivei durante toda a minha vida, de vez em quando é inevitável pensar em dieta. Quem vive acima do peso sabe que poucas coisas na vida são piores que dieta. Mas, por ter um benefício futuro, a gente ainda tenta. 

Dona Moça e eu estamos numa dessas tentativas. Tentando comer menos, evitar comer de noite... Várias das minhas noites nas últimas semanas tem sido sustentadas por suco de legumes com folhas que, honestamente, são bem melhores do que eu esperava. O problema é que, mesmo não sendo tão ruim assim, ainda não é comida. Ainda não há aquela sensação maravilhosa da mastigação, enquanto os carboidratos enchem o estômago e preenchem a alma com alegria. Enfim... Todos os dias em que tomávamos o suco, eu tinha que focar que o resultado era bom no futuro. Todos os dias, exceto um.

Todo dia 26, Dona Moça e eu temos algo a comemorar. Afinal, nós casamos no dia 26 de junho. Então todo dia 26, damos uma pausa na dieta. Uma pausa gloriosa. Uma pausa no suco para a entrada da maravilhosa, inenarrável e única: 



Dona Moça e eu somos ALUCINADOS por coxinha. Coxinha é vida! Coxinha é amor! Então, fizemos essa pequena tradição em nossa recém-nascida vida de casados. E essa tradição é algo que eu gostaria de manter o resto da vida. Por dois motivos:

Primeiro: Quaisquer circunstâncias, por menores que sejam, podem resultar em um momento de alegria. E não, não estou falando da alegria que a coxinha traz. Estou falando de, mês a mês, relembrar do dia mais feliz da minha vida. Estou falando de todo mês lembrar do dia que eu decidi que, dali em diante, eu seria sempre da Dona Moça, e ela seria sempre minha.

Segundo: É legal fazer as coisas escondidos, só que juntos. Comer coxinha não é exatamente o melhor pra dieta, mas é legal fazermos juntos. Aliás, o melhor é fazermos juntos. Eu passo em frente a três padarias na volta do trabalho pra casa, comer coxinha pra mim é a coisa mais fácil do mundo. Mas qual seria a graça dos bons momentos se eles não fossem compartilhados? Qual seria a graça de um casamento que não tivesse cumplicidade?

Mais importante que qualquer escapada da dieta, é estarmos sempre juntos. Não importa se nos momentos bons ou ruins, o importante é ficar ao lado, ser suporte um do outro. Não quero passar a impressão que somos perfeitos, que não brigamos e que tudo são flores. Já discutimos, já discordamos... Nós sabemos os nossos defeitos, tanto os próprios quanto os do outro. O ponto é que, mesmo no momento quando estou mostrando meus defeitos, a Dona Moça está do meu lado. Claro, a recíproca não poderia ser menos verdadeira.

A cumplicidade dentro de um relacionamento não deve somente existir nos momentos em que está tudo em paz. Afinal, quando naquele dia 26 de junho eu aceitei a Dona Moça pra ser minha companheira da vida, eu não aceitei só pelas qualidades dela, e nem ela só pelas minhas, mas aceitamos um ao outro pois sabemos que nenhum defeito, dela ou meu, é grande o suficiente para acabar com a nossa cumplicidade. Nós estamos sempre juntos. Nas horas boas e nas ruins, na coxinha e na dieta, até a eternidade. 

1 Amplexo!

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

O que só eu posso ver

Meu Bem sempre foi uma pessoa séria, mas quem o conhece de verdade, sabe que é só uma carcaça.



Quando começamos a namorar, algumas pessoas vieram me contar "coisas" que haviam descoberto sobre o Fellipe. Algumas pessoas me falaram coisas terríveis sobre ele. Me contaram sobre características horrorosas, de espantar qualquer garota.

Mas quando eu estava com ele, eu não enxergava aquilo que me falavam. Eu via um rapaz amável e cuidador. Alguém que se importou em fazer uma surpresa toda especial para me pedir em namoro (leia aqui). Ele era um namorado que, durante o primeiro mês inteiro de namoro, me trazia alguma guloseima sempre que ia me encontrar. E ele só parou porque eu pedi, já que estava engordando bastante rsrs...

Desde que começamos a namorar até o casamento eu pude contar nos dedos de apenas uma mão as vezes que eu precisei utilizar um transporte público, porque ele me levava e buscava onde quer que fosse, seja médico, passeio, igreja... Quando ele não podia ir, ele deixava o carro comigo para eu não precisar ficar desconfortável.

Ele foi o tipo de namorado que planejava surpresas, que prestava atenção no que eu dizia e realizava tempos depois, quando eu nem desconfiava. Ele me respeitou, nunca gritou comigo, ia ao hospital quando eu passava mal e ficava do meu lado quando eu estava de cama. Certa vez a gente saiu para caminhar e eu passei mal. Comecei a vomitar no meio do caminho. Então, ele segurou meu cabelo para não sujar e me trouxe de volta pra casa porque eu estava fraca. Nunca imaginei que um namorado ia me ver vomitar e, em vez de fugir, ia segurar meu cabelo.

Era esse Fellipe que eu conhecia, que eu enxergava e que eu amava. Ele não era nada daquilo que algumas pessoas tinham me falado, e que havia me ferido profundamente (e não somente a mim, com certeza).

Quando nós nos casamos, o Meu Bem escreveu os votos dele e eu escrevi os meus. Eu falei primeiro, toda romântica. Mas na vez dele, eu descobri que os votos dele eram cheios de piadinhas e tiradas de sarro, típico do Meu Bem, que gosta de ser engraçadinho também.

Depois que nós vimos o DVD do casamento, eu disse para ele que não era bem esse tipo de voto que eu esperava que ele fizesse. E entre algumas brincadeiras, ele me perguntou se eu tinha ficado chateada de verdade.

Eu não fiquei chateada. Eu sei que ele é desse tipo, brincalhão. Mas eu disse para ele que, na verdade, eu esperava que aquele fosse o momento que todo mundo enxergasse o Fellipe que eu enxergo. Que todo mundo soubesse que ele era totalmente o contrário de todas aquelas coisas que me contaram sobre ele. Mesmo que essas coisas tivessem sido ditas da boca pra fora, por dor de cotovelo ou por fofocas... ou até mesmo porque alguma atitude imatura da adolescência dele pudesse ter deixado essa impressão. Mas ele não era realmente aquilo. Ele era uma das melhores pessoas que eu já havia conhecido na vida. Ele era muito cristão e ele havia me ajudado a ser uma pessoa melhor naquilo que eu tinha dificuldade. Ele me ajudou a entender o processo do perdão e a deixar pra lá algumas situações antigas que me magoavam. Ele era realmente alguém muito melhor do que qualquer coisa que já tivessem me contado sobre ele, até mesmo as coisas boas. Ele era muito melhor que as melhores coisas que ouvi sobre ele. Mas eu sabia que haviam coisas sobre ele que só eu enxergava e eu queria que todos enxergassem também.

Naquele dia ele me pediu desculpas por não ter tido a sensibilidade de perceber o quanto isso era realmente importante pra mim, já que ele não se importava com o que as pessoas falavam sobre ele.
Hoje, com quase 2 anos de casamento e um pouco de experiência adquirida, e um pouco mais de maturidade também, eu finalmente consegui entender que os votos do Fellipe mostraram quem ele é realmente. Ele é brincalhão, sarrista e sarcástico... ele é isso para todas as pessoas. 

Mas existe uma parte dele que as pessoas não conhecem, e mesmo que ele dissesse tudo isso nos votos dele, as pessoas continuariam não conhecendo. Porque algumas coisas tem significado apenas para nós. E algumas situações, apenas nós dois vivemos e somente nós dois podemos ter sentimentos profundos sobre aquele momento. 

Hoje eu percebi que, por mais que eu queira que todas as pessoas vejam o Meu Bem do jeito que eu enxergo, isso seria impossível. Porque somente os meus olhos veem certas coisas e somente meu coração se enche de amor por algumas coisas. Acho que ninguém conseguiria entender o que ele significa para mim. E hoje eu acho melhor assim. Porque aquilo que vivemos juntos, somente nós dois podemos quantificar e compreender.

Existe uma música que eu gosto muito, e é uma das declarações mais lindas que eu já ouvi. Ela se chama "If they could see you through my eyes" (Se eles pudessem vê-la através dos meus olhos). 
Quem canta essa música é o pianista Gordon Mote. Ele é cego e canta essa música para sua esposa. A letra diz que as pessoas acham sua esposa linda, mas que se as pessoas pudessem vê-la através dos olhos dele, veriam que a verdadeira beleza está em quem ela é.

Pare um pouco no dia de hoje para olhar para o seu cônjuge da forma que você olhava quando se apaixonaram. Enxergue o melhor que ele tem e saiba que, se mais ninguém enxergar isso nele, você é quem sempre deverá enxergar beleza nele e no que vocês vivem juntos. 

Vou deixar para vocês o vídeo da música que falei e a tradução da letra.



Todos me dizem como você é linda
E que um homem de sorte eu sou
Embora todos eles possam ver a forma como você olha para mim
Eles não podiam vê-la como eu posso

Refrão:
Se eles pudessem vê-la através dos meus olhos
Eles saberiam que a verdadeira beleza está
Dentro de seu coração
Quem você realmente é
Se eles pudessem vê-la através dos meus olhos

Só o que eu tenho a fazer é tocar suavemente seu rosto
Baby, eu posso dizer muito
Embora eu nunca verei a maneira como você olha para mim
Eu sei que sou sortudo

No silêncio da noite
Quando eu te abraçar
Eu posso sentir o quão brilhante você é

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Remedinho

Tenho uma prima, que é nossa madrinha de casamento, que não é lá a menininha mais fofa do mundo. Não me entendam mal, ela é uma pessoa maravilhosa e nós somos muito próximos (afinal, ela é nossa madrinha), mas ela não é daquelas mocinhas delicadas. Ela é bem direta quando fala e não gosta muito de frufrus. 

Uma vez estávamos na casa dela, conversando sobre casais e relacionamentos, e ela disse "Eu me irrito muito com casais que ficam se tratando no diminutivo... Amorzinho, lindinho... Me irrita muito".

Nessa hora eu olhei pra Dona Moça, Dona Moça olhou pra mim... E caímos na risada. Desde sempre nós nos tratamos no diminutivo! "Logo vocês, dessa altura toda!", foi o único comentário da minha prima. 

No começo do namoro, nos chamávamos de "lindinho" e "lindinha". Naquela época do namoro em que ninguém tinha falado "Eu te amo" ainda, e não dava pra chamar de "Mor". Esse apelido carinhoso perdura até hoje, adicionado de mais alguns. 

Dentre esses apelidos que recebi, tem um que gosto muito: Remedinho


Sempre gostei da Dona Moça me chamando desse jeito. Na primeira vez que ela me chamou assim, explicou que era porque eu a fazia sentir-se bem quando estava passando por um momento ruim. Sabendo disso, ela fez questão de colocar esse apelido nos votos dela, que são os que transcrevo a seguir:

Sempre sonhei com um príncipe pra mim. 
Quem me conhece sabe que sempre fui romântica. Tudo me emociona! 
Dou risada com facilidade, assim como também choro.
Quando pedi meu príncipe para Deus, eu não imaginei que Ele ia me abençoar tanto,
Me dando uma pessoa que combina tanto comigo!

Você é meu presente de Deus: amoroso, companheiro, romântico, meu remedinho, muito mais do que imaginei para mim.
O que mais quero é te fazer feliz! Sempre manter esse sorriso lindo em seu rosto!



Prometo que tudo que estiver ao meu alcance farei para sua felicidade! Me comprometo em fazer a caminhada da vida ao seu lado, junto de Deus, te amando, te respeitando e sendo sempre fiel até a eternidade! Amo você!!

Recentemente, por causa desse apelido, incluímos mais uma música na playlist das nossas músicas românticas. Remedy, da Adele fala exatamente isso.

Esse remedinho que Dona Moça e eu sempre tentamos ser um para o outro é um fator preponderante no sucesso que pretendemos alcançar em nosso relacionamento. É maravilhoso ter alguém que queira cuidar de você pelo resto da vida! Mas tem algo que ouvi em vários sermões de casamentos que levo muito a sério: O objetivo do casamento é fazer o outro feliz. Pelo que vejo na Dona Moça nesse tempo que estamos juntos, ela também leva isso muito a sério. A beleza desse conceito é que, ao nos esforçarmos para trazer felicidade a quem amamos, não há como não nos tornarmos felizes nós mesmos! Afora a sensação de bem estar que todos tem ao fazer algo de bom para outros, a felicidade da pessoa amada enche o coração de alegria. Nada me faz mais feliz que a felicidade da Dona Moça e de outras pessoas que também me são queridas.

Me esforço para que, diariamente, eu possa trazer felicidade para minha esposa. Que eu possa, até o fim da vida, ser o remedinho que ela precisa.

 1 Amplexo!

PS: Caso você não conheça a música da Adele, clique aqui.

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

A culpa é das mulheres

Acredito que todos os leitores do blog sabem que somos religiosos. Tanto eu e o Meu Bem, como o Thiago e a Dona Moça.
Bom, há alguns anos fiz um curto sermão para jovens e hoje eu gostaria de escrever sobre o que eu falei naquele dia.



Não é necessariamente um conselho conjugal ou algo muito romântico. Na verdade, é muito voltado para as mulheres. Mas um homem sábio vai ter interesse em ler para entender um pouquinho mais sobre o mundo das mulheres.

Na bíblia existem diversas mulheres em quem podemos nos apegar nos diferentes momentos da vida.
Quando falamos de coragem pensamos na rainha Ester; quando pensamos em romance, lembramos de Rute; quando nos inspiramos na maternidade temos Ana, Sara e Maria, mãe de Jesus; quando estamos preocupadas demais com os afazeres domésticos, lembramos de Marta; quando ajudamos ao próximo, nos espelhamos em Dorcas... 

A lista poderia ser imensa, mas uma das mulheres que pouco ouvimos falar fora de seu contexto é a primeira de todas, Eva. Parece que ela não é um bom exemplo e nem mesmo uma mulher a quem devemos nos espelhar, afinal, ela tinha tudo de mais perfeito e acabou estrango tudo para todos nós. Mas vamos nos colocar um pouco no lugar de Eva e entender qual a semelhança que temos com ela e o que isso tem a ver com o nosso casamento.

Imagine como Eva era linda. Para começar, nunca precisou se preocupar com dieta. Não tinha que se preocupar em fazer compras, porque tinha tudo ao seu alcance. Não tinha que procurar onde vendia alimentos orgânicos. Em nenhum momento precisou pedir para seu marido levar o lixo pra fora de casa. Sua casa era planejada e mobiliada pelo próprio Deus. Ela nunca precisou passar protetor solar no rosto pra evitar as manchas. Maquiagem era totalmente inútil: nada a deixaria mais bonita do que já era. Nunca teve DR com Adão, seu casamento foi o mais bonito de todos e não custou nenhum centavo. Não faltava tempo pra fazer seu culto, ou para colocar a mesa e fazer uma refeição com seu marido. Sua vida era uma comercial de margarina. Tudo era como deveria ser.

Acontece que, após o pecado, Eva descobriu coisas e sentimentos que ela não imaginava existir. Ela viu seu esposo suar de tanto cansaço. Sentiu dores fortes no parto. Viveu com esperanças de que um de seus filhos fosse o Salvador, mas no final das contas, experimentou a dor terrível de um ter um filho assassinado, sendo o outro o assassino. Eva viu as folhas caindo, as flores murchando, os animais morrendo. Sua primeira discussão com seu esposo foi ainda no Éden, quando Adão não quis assumir que havia escolhido pecar tanto quanto ela.

Todo o seu mundo, seu casamento, seus sonhos e esperanças tinham desmoronado.

Eva descobriu que sentia culpa. Culpa pelo pecado, culpa por ter dado o fruto ao seu esposo, culpa por se esconder de Deus e culpa por tudo de errado que estava acontecendo.

De todas as mulheres da bíblia, Eva é uma das que mais podemos nos comparar. Qual foi a mulher que nunca sentiu culpa?

A mulher que volta a trabalhar depois da licença maternidade sente culpa por deixar seu bebê. A que não volta a trabalhar, sente culpa por deixar sua carreira. A mulher que trabalha o dia inteiro e não tem quem limpe sua casa sente culpa por não dar conta de tudo; aquela que está cansada depois de uma semana de trabalho, aquela que discutiu com o esposo, aquela que gastou demais com uma roupa, aquela que não comprou nada...

Infelizmente parece que Eva deixou uma herança muito maior do que pensávamos. Inúmeras vezes colocamos sobre nós uma culpa maior do que existe. Temos a tendência de carregar em nossos ombros tudo o que deu errado nos nossos sonhos. Como se qualquer vírgula nas nossas atitudes pudesse modificar o desfecho dos acontecimentos.

Mas hoje eu digo para você que é mulher, esposa, mãe, noiva... nem tudo é culpa sua! Tire dos seus ombros a culpa que você sente e não te pertence. Coloque seus joelhos no chão e peça a Deus que alivie suas cargas, que te perdoe dos seus erros e te ajude a não se culpar pelo que você não errou. Peça também que Deus lhe ajude a perdoar as pessoas a quem você pode vir a culpar. Que Deus lhe ajude a perdoar seu esposo, se foi ele quem culpou você, assim como Adão culpou Eva no jardim do Éden.

Somente Deus pode te dar uma vida mais leve e livre de culpas. E, somente com uma vida mais leve, você poderá valorizar e aproveitar cada momento do seu casamento, começar de novo, voltar ao sentimento de "lua-de-mel", apaixonar-se novamente pelo seu cônjuge e viver o que Deus sonhou para o seu casamento.