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Pra quem acredita que a lua-de-mel não acaba quando voltamos da viagem...

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Bodas de Algodão

No último dia 23, eu e o Meu Bem completamos Bodas de Algodão - dois anos de casamento.




Nós nos casamos próximo a um feriado para que sempre pudéssemos viajar em comemoração às bodas. Acontece que nesse ano o feriado caiu em um domingo e tivemos que fazer uma viagem mais curta, apenas um fim de semana.

Eu planejei várias coisas para esse aniversário que não deram certo. Por exemplo, eu queria fazer um ensaio fotográfico num campo de algodão (as fotos ficam incríveis), ou fazer um piquenique com flor de algodão enfeitando. Pensei em presentes como roupas 100% algodão. Mas na verdade, depois de todas as mudanças que aconteceram nesse semestre, eu desanimei um pouco.

Resolvemos fazer uma viagem simples, para aproveitarmos do jeito que mais gostamos. Ainda mais porque ganhamos a viagem de presente da minha mãe.

A viagem foi deliciosa, como toda viagem costuma ser. O chalé era uma gracinha e os passeios bem gostosos e simples. Havia algumas sugestões de trilhas gratuitas. Eram 4 trilhas. Queríamos fazer pelo menos 2 delas, mas na primeira já estávamos morrendo de canseira. Subimos a Pedra Redonda (em Monte Verde) e tiramos muitas fotos.

Mas o que mais me chamou a atenção esse ano não foi nada relacionado a viagem. Normalmente eu posto muito mais fotos nas redes sociais do que o Meu Bem, mas em datas comemorativas ele até que posta uma ou outra.

Eu postei pela manhã, no dia 23, uma foto nossa e na legenda dizia, entre outras coisas, que a vida modificou muitos dos nossos planos, mas que mesmo assim eu não mudaria nada. Pouco tempo depois, Meu Bem postou uma foto nossa, dizendo que esses dois anos não foram bem o que nós planejamos, mas que ele não mudaria nada.

Achei engraçado porque nós não combinamos que iríamos escrever legendas parecidas (até porque nunca fazemos isso). Ambos postamos uma foto com uma legenda que significava algo que estava no nosso coração. E mesmo conversando sempre sobre tudo, não imaginei que exatamente as mesmas palavras descreveriam esses dois anos para nós dois.

Um dos motivos dessa situação ter me chamado tanto a atenção é que eu e o Meu Bem somos completamente diferentes um do outro. Temos os mesmos objetivos de vida, é claro, por isso estamos juntos, porém, nossa personalidade é completamente oposta. Eu imaginei que nós dois teríamos visões diferentes do que significou esse início de casamento, justamente porque somos muito diferentes.

Quando nos casamos, a prima do Meu Bem, Lauren, fez uma música para nós dois, baseada justamente nessa diferença que temos. A letra da música diz que "os opostos, se dispostos, são felizes no Senhor".

Mais profunda que essa frase, tem ainda outra que diz: "A promessa é que, se forem dois em nome do Senhor, o próprio Deus falou: com eles Eu estou".



Costumo sempre me lembrar dessa frase nos momentos em que as coisas acontecem fora do planejamento ou quando as situações da vida nos fazem mudar nossos planos. Acredito que é por confiar nessa promessa que nós dois temos a sensação de que não mudaríamos nada nesses dois anos.

Por mais diferente que seja aquilo que planejamos para aquilo que estamos vivendo, eu gosto de pensar que cada uma dessas coisas teve um significado: ou bênção, ou lição. 

Quando passamos a ter um olhar positivo, todas as coisas realmente contribuem em nossa vida. Vejo muitas pessoas desistindo dos relacionamentos porque é muito mais fácil estar sozinho do que acompanhado. Esse pensamento não está 100% errado. Quando estamos sozinhos decidimos onde investir nossa renda, onde passear, para onde viajar, qual o plano para o fim de semana. E é muito gostoso quando podemos tomar decisões considerando apenas aquilo que queremos. 

Por isso que estar em um relacionamento, num matrimônio, exige tanto de nós. Já não existe praticamente nenhuma decisão que pode ser tomada sem consultar o outro. Se isso acontece com frequência, logo encontraremos uma lacuna nesse casamento.

E eu digo com propriedade que, por mais diferentes que sejamos do nosso cônjuge, a experiência de viver em um relacionamento altruísta é incomparável. Tudo o que temos vivido nesses dois anos nos transformou em pessoas mais pacientes, mas sábias, mais maduras, com mais facilidade de resolver conflitos.

Nós não mudaríamos nada nesse dois anos, porque tudo o que vivemos até agora foi a nossa experiência de casamento. Foi a realização do nosso sonho de vida a dois. Nós sonhamos em viver juntos, compartilhando tudo. E quando pensamos em "tudo" não sobra nenhum dia que podemos descartar.

Estamos numa viagem rumo às bodas de ouro e não pretendemos desistir até chegar ao nosso destino! Até porque a felicidade não é um destino, mas sim o caminho que percorremos até lá.









Um comentário:

  1. Maravilhoso texto!
    Profundo e significativo.
    Eu continuo a orar, para que o bom Deus os conduza até as bodas de ouro e até ao céu.
    Amo vocês.

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