Apresentação

Pra quem acredita que a lua-de-mel não acaba quando voltamos da viagem...

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Na alegria e na tristeza

Eu tenho uma lista com diversos assuntos que eu gostaria de escrever no blog. De vez em quando eu pego essa lista e escolho sobre o que escrever.

Mas hoje não. Hoje vou escrever sobre o que está em meu coração.



Nessa semana eu e o Meu Bem completamos 1 ano e 9 meses de casamento, 21 meses de casamento. Nessa mesma semana nós completamos 4 anos de namoro.

E justamente nessa semana, que deveria ser repleta de comemorações, recebemos uma surpresa um pouco desagradável. Não quero gastar o tempo e as linhas desse post falando sobre isso, mas sim sobre o que essa situação gerou no nosso coração.

Até agora nós dois vivemos muitos momentos bons, mas muitos momentos difíceis também. Essa semana, inclusive, uma amiga me disse que se continuarmos com esse tipo de experiência, poderemos começar a dar palestras em encontros de casais, de tão "desgracento" que é o enredo de algumas dessas situações.

Nós demos risada dessa fala, mas no fundo nós pensamos se era realmente necessário passar por tantas coisas difíceis assim em tão pouco tempo de casamento. 

Não que nós dois sejamos tão especiais ao ponto de imaginarmos que nossa vida deveria ser um conto de fadas. Mas acho que às vezes a vida exagera um pouco com a gente. Ou apenas seja o sentimento de desapontamento com as circunstâncias.

Na verdade, na verdade mesmo, é que hoje, enquanto eu rascunho esse post, eu estou chateada e estou triste. Chateada por não ter o controle das coisas, triste por nem sempre encontrar as soluções, ou por elas parecerem distantes demais.

Durante a semana, eu e o Meu Bem estávamos olhando alguns itens que eu dei de presente para ele no início do nosso namoro. Vimos uma xícara do Batman, que foi o primeiro presente que eu dei pra ele e vimos também um calendário com fotos nossas que eu dei para ele um pouco antes de começar o ano de 2013. Nesse calendário o Meu Bem marcou todas as datas importantes, inclusive a data que ele escolheu para me pedir em casamento.

Quando eu olhei esses presentes senti uma nostalgia do tempo em que nossos sonhos ainda eram sonhos, ou até mesmo utopias de uma vida sem nenhum problema. Hoje, que muitos dos nossos sonhos viraram realidade, nós descobrimos que também existem realidades duras que precisamos enfrentar.

Decidi então aproveitar o clima de nostalgia dos tempos de namoro e pensar em tudo aquilo que sonhei pro meu conto de fadas e que realidade nenhuma da vida pôde destruir.

Pensei em coisas como o pedido de namoro ou de casamento; dos filmes que assistimos juntos; das oportunidades que tivemos de viajar; da companhia que fazemos um ao outro; das atividades da igreja que participamos; das amizades que construímos; do lar que iniciamos; da família que já tínhamos e daquela que ganhamos...

E mesmo que tudo isso que eu escrevi pareça a maior besteira do mundo para os outros, eu poderia resumir em apenas uma palavra: SEGURANÇA.

Fazem 4 anos que entrei em um relacionamento que me passa a segurança de que as coisas vão funcionar e que tudo vai dar certo, mesmo que demore um tempo para isso acontecer. 
Por causa dessa segurança que esse relacionamento me trouxe é que eu posso viver em paz ao lembrar que, há 21 meses atrás, eu disse que o amaria, honraria e seria fiel na alegria e na tristeza.

Porque prometer uma coisa dessas no momento que estamos com o vestido branco e os holofotes em cima de nós, é muito fácil. Mas quando as coisas começam a ficar difíceis e as surpresas desagradáveis começam a aparecer podemos começar a duvidar e as promessas se tornam difíceis de cumprir.

Mas quando eu entendo que há 4 anos eu tenho vivido um relacionamento que me traz segurança e estabilidade emocional, eu tenho muito mais forças para reafirmar a decisão que tomei há 21 meses atrás.

Eu sei que haverá dias em que vamos sorrir por tudo, mas nos dias que eu tiver vontade de chorar, eu sei que tem um ombro pronto a me acolher.

Acredito que, quando as coisas começam a ficar difíceis, precisamos de um momento para chorar e colocar para fora toda a nossa frustração. E depois que fazemos isso, precisamos enumerar todos os motivos que existem, por mais simples que sejam, para celebrar e ficarmos felizes. Se não fizemos isso, vamos viver em um poço de infelicidade e podemos até mesmo deixar de enxergar a beleza do casamento.

Se essa é a sua situação hoje, faça isso. Chore tudo o que você precisa. Depois disso, procure seu cônjuge e liste com eles todos os momentos de alegria em que você cumpriu sua promessa de casamento. Mas não se esqueça que, talvez, agora seja o momento de tristeza, onde sua promessa precisa permanecer válida.

Quando as pessoas me diziam que viver em lua-de-mel é apenas no começo do casamento, onde não há problemas e frustrações, eu me recusava a acreditar. Por isso eu criei o blog. Eu quis acreditar que durante todas as tempestades ainda é possível viver em harmonia com a pessoa que escolhi.

E pra terminar esse post, tem uma música que eu gosto muito e acho que pode ser útil em todos os aspectos da vida. Ela é baseada na oração de São Francisco. E hoje eu quero que ela seja minha oração para o meu casamento.

Ela se chama "Instrument Of Peace" e os seus versos mais bonitos dizem:

"Onde houver dúvida, que eu leve a fé
Onde houver dor, eu vou te confortar
Onde há silêncio, deixe-me cantar louvores
Onde há desespero, que eu leve a esperança
Onde houver trevas, que eu leve a luz

Porque quando damos amor, receberemos amor
Faça-me um instrumento de paz"

(Você pode encontrar a tradução completa na internet)



Hoje eu desejo apenas ser um instrumento de paz no meu casamento.


sexta-feira, 19 de agosto de 2016

A Viagem - Madrid - Parte II

Olá meu povo! Estou aqui para, mais uma vez, falar da nossa viagem de lua de mel! No texto de hoje, vou falar mais sobre os museus que visitamos durante nossa viagem!

Depois de voltarmos da viagem, uma amiga minha comentou que uma viagem dela seria extremamente diferente da que Dona Moça e eu estávamos fazendo. Ela jamais iria a todos os museus que nós fomos. Bom, creio que essas diferenças são o que tornam cada viagem única. Qualquer viagem que se faça será diferente da outra: Outras pessoas, outra época, outro contexto.. Até nós mesmos mudamos de uma viagem para outra. Sendo o gosto da maioria ou não, o fato é que eu gosto muito de visitar museus e exposições culturais quando viajo. Então, vamos falar um pouco de cada um deles.

Todos esses museus que citarei estavam a uma distância andável do nosso hotel. Sendo assim, fomos a todos eles a pé.

O primeiro museu que fomos foi o Thyssen-Bornemisza. Esse museu de arte que carrega o nome de uma família de nobres, é carregado de obras da coleção pessoal da família. As obras vão desde a época medieval até os tempos mais modernos. Reconheci uns nomes de um artista ou outro, mas não reconheci obra alguma. Até porque, não sei quase nada de artes. Gosto de observar e tentar achar alguma relação entre o nome da obra e ela em si (embora muitas vezes isso me foi impossível). Foi logo nesse museu que nós percebemos uma coisa que se repetiria em todos os museus de arte que visitamos: Eram muitos os quadros de Maria com o Bebê Jesus. Muitas Virgens y el niño. A Espanha é tradicionalmente católica e existem quadros desse tipo de todos os jeitos: Com os reis magos, com os anjos, com José, João Batista. Se eu achasse o Pelé num quadro desses não ficaria tão surpreso. Foi um passeio bem legal, e tivemos a sorte de ter uma exposição temporária, da qual gostamos bastante. Nesse dia também percebemos o quanto iríamos andar nos museus que fôssemos. 


O próximo museu foi mais a nossa cara. o Museo del Libro, localizado na Biblioteca Nacional, foi um paraíso para nós dois, que gostamos muito de ler. Com uma exposição grande e heterogênea, lá vimos a história da literatura espanhola bem como a história da tradução de outras literaturas para os idiomas ibéricos. A parte mais legal é a mostra do desenvolvimento da comunicação, aonde o museu deixa que o visitante interaja com diversos equipamentos de comunicação antigos e modernos. Antes que me perguntem, a Biblioteca em si não pudemos visitar. Era somente com hora marcada. Mas devo dizer que o museu já valeu a pena!


O próximo foi o famosíssimo Museo del Prado. Considerado a maior pinacoteca do mundo, o Prado é realmente gigantesco. Ficamos lá dentro por 7 horas. Andamos mais que camelo no deserto. (Esse foi o único dia que voltamos de metrô para o hotel. Estávamos mortos!) E, como era de se imaginar, vimos muitas Virgens com seu Niño. Chegou até o ponto em que a Dona Moça disse "Se aparecer mais uma Virgen y el Niño eu meto a mão na tua cara!". Claro que ela estava só brincando... Eu espero. Quem não é conhecedor de arte, um dia é mais que suficiente. Aliás, um dia é bem cansativo. Para mim, que realmente não conheço nadica de arte, os lugares mais interessantes foram a exposição de esculturas romanas e a exposição de jóias e artigos de luxo. Bem legal mesmo. Ah, vale uma recomendação: De todos os museus de Madrid que fomos, esse era o único que não era permitido tirar fotos. Descobri isso quando vi um quadro da Plaza Mayor (um ponto famoso de Madrid, que já havíamos conhecido) e resolvi tirar fotos. Na hora aparece uma senhora avisando que eu não podia fazer aquilo... Perdón, señora... Perdón. 


O último museu de arte foi o Reina Sofia. Na bem da verdade, a fundação que leva o nome da rainha cuida de três prédios: dois localizados no Parque de El Retiro (do qual falarei mais pra frente) e o prédio principal. Falarei aqui somente do prédio principal, pois os outros dois vou falar no texto do parque. Esse museu é de arte moderna. Pronto, não vamos entender nada. E realmente, entendemos muito pouco. Arte moderna é, realmente, coisa pra poucos entenderem. Claro, nem tudo são rabiscos que leigos como eu não entendem, mas tinha coisa que não dava pra ter a mais pífia ideia do que seria. Mesmo assim, foi nesse museu que demonstrei todo o meu minúsculo  conhecimento artístico. Nesse museu está Guernica. Obra de Pablo Picasso feita em protesto ao genocídio feito na cidade homônima ao quadro, Guernica é a única obra de arte no mundo que eu reconheceria e saberia o nome. Tá, a única não... Quando for ao Louvre vou reconhecer a Monalisa. Mas enfim... O Reina Sofia é lindo, e vale a pena gastar um tempinho nos mirantes que ele tem e também no jardim localizado no meio do prédio.


Por último, mas definitivamente não menos importante, fomos ao Museo Naval e ao Museo Arqueológico Nacional. Os melhores museus que fomos. O MAN traz, logo de cara, um mapa em 3D com a mudança de povoação da Península Ibérica. Lindo de se ver! Com exposições de peças gregas, egípcias e romanas, é um lugar perfeito para quem é fã de história! Além das coleções de culturas específicas, há também uma exposição de numismática (moedas) bem legal e, pra fechar com chave de ouro, a melhor exposição de todas: Peças de cozinha da nobreza. Quem me conhece, sabe que eu adoro coisas de cozinha! E todo aquele ouro, aquele cristal, aquela porcelana inglesa... Fiquei até mais feliz só de pensar nela! Como fomos no domingo, tivemos que sair mais cedo, mas valeu muito a pena! Como saímos mais cedo, fomos ao museu naval, também essencial aos fãs de história. Com diversos equipamentos reais e maquetes de embarcações, o museu fala desde a época das grandes navegações até a Guerra Civil Espanhola. Muito, muito maravilhoso!



Bom, e quanto custou essa brincadeira? De verdade, menos que eu imaginava. O ingresso mais caro foi o do Prado, que, se não me engano, foi 12 euros. Fora que todo e qualquer museu de lá tem seu horário de visita gratuita, seja no fim do dia ou aos domingos. Então se você for viajar on a budget, não há desculpa para não visitar os museus! Sempre lembrando que você deve aproveitar a sua viagem com quem você ama fazendo o que ambos gostam. Não é só porque eu estou falando de museus que, quando você for a Madrid irá a todos os museus também. Muito mais vale a boa companhia!

Ah, ainda em tempo... Prepare-se para andar bastante, caso você também goste de museus. E, se você for mais gordinho, use uma bermuda de compressão. Vai. Por. Mim.

1 Amplexo!

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Organização financeira

Demorei horas para pensar em qual post escreveria hoje. Todos os que eu comecei pareciam horrorosos. Fiquei totalmente sem inspiração. Até que em uma conversa aleatória durante a semana decidi escrever sobre isso.




Meu plano era escrever sobre esse assunto quando nossa vida financeira estivesse 100% estável, mas cheguei à conclusão que isso pode demorar (rs).

Então decidi compartilhar como está minha vida hoje e como fazemos para nos organizar com o que temos.

Quando eu e o Meu Bem estávamos noivos, ficamos pensando se faríamos uma conta conjunta ou não. Alguns amigos nossos tinham conta conjunta e parecia funcionar. Mas no final, decidimos que não faríamos isso porque nós dois temos conta no banco da empresa e tínhamos benefícios por isso. 

Mas uma coisa já estava pré definida. Não existiria "meu dinheiro, seu dinheiro". Existiria apenas o NOSSO dinheiro. Por exemplo, se eu ganhasse R$1.000,00 e ele R$1.500,00, juntos teríamos R$2.500,00 para as contas do mês.

O Meu Bem ganha mais do eu, afinal, minha profissão não é muito reconhecida financeiramente nesse país. Por isso, logo que casamos o Meu Bem pagava todas as contas e o meu salário ia para a poupança. 

Essa foi uma boa escolha. Por causa disso que conseguimos viajar algumas vezes no ano passado e tínhamos uma reserva de dinheiro quando o Bóris começou a ficar doente. (Se você não conhece a história do Bóris, leia aqui)

Porém, em determinada época do ano, o salário do Meu Bem começou a não cobrir todas as contas sozinho. Isso porque os gastos que tivemos com o Bóris foram muito além do que a quantia que tínhamos na poupança. Além de outras coisas que tivemos que priorizar ao longo do ano e acabamos acumulando algumas dívidas bobas, que se tivéssemos conversado juntos, poderíamos ter evitado. Mas como acabamos "escondendo" um do outro, quando descobrimos, foi difícil de resolver.

Então nós sentamos juntos e redefinimos as contas. Meu salário passou a ser utilizado também para pagar contas e não apenas para poupança.

Assim conseguimos resolver as piores dívidas, que nos atrapalhavam todo mês (as dívidas que sobraram depois que o Bóris querido veio a falecer). E, resolvendo isso pudemos respirar um pouco. Ainda assim (quem tem dívida sabe) as coisas foram se acumulando e novas necessidades foram surgindo.

Ficamos perdidos e quase surtamos por não saber como resolver a situação. Então, eu que preciso ser muito organizada e ter tudo à mão, falei com Meu Bem que eu precisava ter o controle de todos os gastos. Montei uma planilha para cada mês e imprimi, porque eu não consigo me organizar com planilhas no computador.

Passei a organizar cada detalhe da planilha. Cada gasto que nós temos, eu anoto. Seja no crédito ou no débito. Eu imagino que muitas pessoas já façam isso com suas contas particulares, mas eu acho extremamente importante fazerem isso como um casal.

Não deve haver segredos sobre a quantia de salário de cada cônjuge. Eu conheço casais que não contam para o cônjuge qual é o seu salário. E ainda por cima, quando, por exemplo, a esposa paga a conta que deveria ser do esposo, ela cobra que ele lhe devolva o dinheiro.

São casais que não compartilham o que tem e não chegam em acordo com suas finanças. Esses casais tem possibilidades muito grandes de desistirem do seu casamento, afinal, não existe honestidade e esclarecimento entre eles. Ainda não aprenderam o que é ser uma só carne e, inconscientemente, sabem que não podem contar um com o outro já que vão ficar em dívida.

Dessa forma, acabam entrando em dívidas pessoais, que não compartilham com o cônjuge, escondendo assim sua situação financeira e, num momento de necessidade, pode ser que nenhum dos dois tenha, pois não conversaram entre si para poupar o dinheiro.

Outra coisa importante é aprender a viver de acordo com o seu padrão. Quando eu e o Meu Bem éramos solteiros, mesmo namorando ou estando noivos, nós tínhamos um padrão de viajar pelo menos uma vez por ano para fora do Brasil. Conseguimos manter isso no primeiro ano de casamento, porém, no segundo ano tivemos que abrir mão disso por causa de coisas mais necessárias, como por exemplo: colocar cortinas em casa, trocar de sofá (porque o nosso acabou estragando), juntar dinheiro para uma outra viagem mais especial que estamos planejando com a família, dentre outras coisas.

No começo ficamos chateados porque não iríamos viajar esse ano ou porque não saímos para jantar fora com a mesma frequência de antes e também reduzimos nossas surpresas que costumávamos fazer um para o outro.

Mas entendemos que agora as coisas são diferentes. Por mais que nós dois ajudássemos com algumas contas na casa dos nossos pais, hoje é diferente. Temos TODAS as contas da NOSSA casa, temos parcelas altas do apartamento que compramos, temos que fazer pequenas reformas de vez em quando... enfim, as prioridades mudaram.

Se dentro do casamento nossos desejos forem egoístas e continuarmos vivendo como se não tivesse outra pessoa em nossa vida, o casamento certamente não durará. Se eu pensar que minhas necessidades são maiores que as do meu esposo, quando houver uma necessidade mútua, pode haver conflitos até que se chegue numa solução.

Casamento deveria ser um sinônimo de altruísmo, onde nos doamos pelo bem estar do outro. Se marido e mulher agirem dessa forma, os dois continuam ganhando. E com o benefício da confiança e respeito mútuo.

Esse caminho rumo às bodas de ouro, de diamantes e pelo resto da vida deve ser trilhado a dois. Ninguém consegue chegar lá sozinho.

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Aqui está o modelo da planilha que usamos, lembrando que esses dados são apenas exemplos, não são nossos gastos reais.






sexta-feira, 5 de agosto de 2016

A Viagem – Madrid - Parte I

No meu último texto, citei que, para a Lua de Mel, Dona Moça e eu fomos à Madrid. Uma das leitoras mais queridas do Blog comentou que a Lua de Mel dela tinha sido no mesmo local, e que ela tinha achado Madrid uma cidade incrível (aliás, hoje é aniversário dela! Parabéns, Ana!). No texto de hoje, vou começar a escrever sobre nossa viagem. Esses textos serão mais sobre viagem do que casamento, mas acho que vocês aguentam uma mudança rápida de assunto!

Primeiramente, por que Madrid? Quando comecei a pensar em lugares para a Lua de Mel, houve um lugar que me encantou: A Ilha de Jersey. Uma ilha localizada entre a França e a Grã-Bretanha, o lugar é apaixonante! Cheio de verde e arquitetura antiga, o local é tão bucólico quanto pode-se esperar de uma pequena ilha com menos habitantes que o bairro que morei a vida toda. Entretanto, a ida à ilha apresentava dois problemas. Primeiro: Lá a moeda oficial é a Libra Esterlina, que é basicamente a moeda mais cara do planeta; e segundo: eu não sou milionário. Dado esses dois tristes problemas, tive que desistir temporariamente da minha vontade de conhecer Jersey.

Já com a ilha longe da cabeça, pensei em outros lugares para ir. Nesse meio tempo, meu irmão (que é muito ligado em turismo) me disse o seguinte: Se você quiser ir pra Europa, considere Espanha ou Bélgica. O resto tá caro. Embora esses dois países (e a maioria dos europeus que me interessem) tenham o Euro como moeda (que também não é nada barata), a Espanha e a Bélgica tem valores mais baixos para a estadia. Minha mãe, que já havia ido à Madrid com uma sobrinha, disse-me que a cidade era uma boa ideia, pois não cobra tanta correria para conhecer tudo (o que é essencial pra quem viaja de Lua de Mel), mas que não deixava de ser uma cidade interessantíssima. Sendo assim, decidi por Madrid.

Antes que alguém me pergunte o motivo pelo qual estou conjugando todos os verbos no singular, eu explico. Eu decidi sozinho o destino da viagem. Dona Moça ficou sabendo o destino somente a caminho do aeroporto. E não, não foi difícil manter segredo.

A Dona Moça comprou de primeira a ideia de ser surpresa. Ela fazia o charminho dela, como se quisesse descobrir, mas estava bem gostando da ideia. E mesmo com as informações que ela tinha, ela nunca pensou na Espanha. Primeiro porque minha mãe a disse que iríamos a um lugar que nunca tinha ido. Segundo porque minha sogra, que sabia do destino da viagem, deu várias dicas para a Dona Moça, insinuando que iríamos para a Itália.

Mas voltando ao momento pós decisão. Eu já estava guardando dinheiro há um tempo, tanto para o casamento como para a Lua de Mel, e recebi um belo de um paistrocínio. Meu pai se ocupou de me ajudar financeiramente na Lua de Mel, pagando passagens e hospedagem. Já minha mãe, me ajudou em coisas do chá bar e do casamento em si (glórias e honras aos paistrocinadores, amém!).

Sabendo do meu orçamento, comecei a procurar hotéis. Seguindo o conselho de quem já havia visitado a cidade, procurei um hotel próximo à Puerta del Sol, uma praça aonde se localiza a prefeitura de Madrid e, em frente à prefeitura, vê-se o marco zero da Espanha.



 Esse local era ótimo, pois havia uma estação de metrô na praça e a maioria das atrações da cidade estariam a uma distância tranquilamente andável. Sendo assim, fiz reserva no Hotel Mirador de la Puerta del Sol.

Por mais que o hotel tivesse alguns probleminhas, em uma coisa ele era perfeito: a localização era realmente tão boa quanto esperava. Fomos a pé a todos os locais de Madrid que eram de nosso interesse, afora o fato de estarmos no centro da cidade, o que era incrível já que é maravilhoso se perder por lá. Mas vou contar isso nos próximos textos, afinal, esperar a surpresa é uma das melhores partes da viagem!


Obs: Esse urso, localizado na Puerta del Sol, é um dos símbolos da capital espanhola!

1 Amplexo!