Apresentação

Pra quem acredita que a lua-de-mel não acaba quando voltamos da viagem...

sexta-feira, 29 de julho de 2016

Quem ama menos?

Esses dias eu estava conversando com uma amiga que dizia que, aparentemente, a moda dos relacionamentos de hoje é a competição entre quem "sente menos". Ou seja, quem se importa menos, transparece menos, demonstra menos... Quem ama menos.




Parece que existe algo errado em demonstrar amor. Parece que é fraqueza, que é vergonhoso, que é careta. Está na moda, pra quem é solteiro, ser desprezado pelo "crush", sofrer de amor, fazer papel de bobo.


A verdade é que não há mal nenhum em amar e em demonstrar. Muito mais felizes são as pessoas que não tem medo de mostrar que são felizes e que amam. Algumas vezes eu ouvi aquele ditado "não grite sua felicidade porque a inveja tem boa audição ". Por um tempo levei isso à sério, não queria expor algumas das coisas que vivo, tive medo de parecer feliz demais num mundo onde a moda é ser triste é desprezado.

Mas em determinado momento eu resolvi deixar isso de lado. Cansei de esconder minhas felicidades e conquistas, cansei de fingir que não sou feliz de verdade. E não é que tudo deu certo na minha vida. Eu apenas decidi não trazer para dentro do meu lar mais problemas, além do que os que já encontro sozinha pelo caminho.

Falando dessa forma pode parecer que tenho uma vida perfeita, mas eu tenho problemas na vida, e não deveria precisar escrever isso para parecer mais normal.

Nossa, se eu fosse escrever tudo o que dá errado nos meus planos, a lista poderia ser infinita. A realidade é que ninguém tem uma vida perfeita mesmo. E digo mais: ninguém tem um casamento perfeito!!!

Quando as pessoas vêem o jeito que eu e Meu Bem nos tratamos ou até mesmo quando leem as coisas que eu escrevo, pode parecer que nossa vida é perfeita, que nossa vida é regada com palavras doces e poesia. Mas no meu casamento também existem dificuldades. O Meu Bem também ronca alto e eu sou a "enfezadinha do oceano", como ele costuma me chamar.

Acontece que, como eu disse lá em cima, eu decidi não trazer mais problemas pra dentro do meu lar. Ele já ronca, eu já sou geniosa, vários dos nossos planos foram frustrados, por qual motivo eu ainda iria competir (silenciosamente) pra descobrir quem se importa menos?

O carinho é gratuito e o amor é uma das únicas coisas que quanto mais se dá, mais se recebe.
Por isso, na minha casa não tem dessas coisas de esperar ele mandar mensagem primeiro, esperar que ele telefone dizendo que está com saudades, deixar que ele faça uma surpresa, aguardar pra ver se ele elogia minha roupa nova... Entre outras infantilidades.

Se eu estou com saudades dele durante o dia, eu mesma telefono, eu mesma mando uma mensagem. Se eu comprei uma roupa nova e sei que ele não vai reparar, eu logo digo "Olha minha roupa nova! Fiquei linda com ela?"

E se eu quero um momento romântico, não tenho problema nenhum em dizer pra ele "Hoje quero colocar uma música pra tocar e dançar com você na sala de casa".

E também não tenho vergonha de sugerir que a gente saia pra jantar ou ir no cinema. Não tenho medo de demonstrar para ele que amo estar com ele, que sinto falta quando estamos longe e que gostaria da opinião dele até para escolher uma meia.

Eu aprendi que na vida existem dois tipos de pessoa: os fracos e os fortes.

Forte não é aquele que esconde tão bem os seus sentimentos que consegue não enviar uma mensagem para quem se ama. Esse é o fraco.

Forte mesmo é a pessoa que tem coragem de assumir que ama, que está apaixonado, que quer fazer de tudo para estar perto. Forte é a pessoa que se coloca em risco de rejeição, que dá a cara a tapa e que termina o dia sabendo que tudo o que poderia fazer por quem se ama foi feito.

Dificilmente esse tipo de atitude vai ser mal recompensada, porque é praticamente impossível ser inerte à demonstrações verdadeiras de amor.

Quem resiste à uma ligação pra saber se seu dia está difícil? E quem pode não se apaixonar pela pessoa que lembrou de passar na padaria e trazer pão (ou coxinha) pro jantar? Será que podemos não amar aquela pessoa que te trouxe um cobertor enquanto você assistia filme na sala?

O maior problema de todos é que dificilmente nós queremos ser essa pessoa. Normalmente sonhamos com alguém assim e queremos ter esse companheiro para nós, desejamos alguém que faça tudo isso, almejamos encontrar a pessoa que fará tudo por nós, mas nós não queremos ser essa pessoa. Sabe por quê?

Porque é muito difícil ser forte e ser o primeiro a demonstrar esse amor, sabendo que o seu cônjuge pode não corresponder de imediato.

Quando o Meu Bem estava solteiro, por algum tempo ele orava a Deus pedindo que preparasse alguém para ele. Até que um dia ele percebeu que estava fazendo a coisa toda de um jeito errado. Ele mudou sua oração. Passou a orar pedindo que Deus o preparasse para alguém porque, talvez, alguém já estivesse pronto para ele, mas ele podia não estar pronto para essa pessoa.

Meu Bem percebeu que muitas vezes a iniciativa tem que partir de si mesmo. A iniciativa de mudar o comportamento, de dar o primeiro passo, de demonstrar o sentimento, de agradar a pessoa com quem estamos.

Se essa é a situação que você vive hoje, não desista! Não traga mais problemas para o seu lar! Todos nós vivemos com inúmeros problemas. Seja solução! Seja o conforto que alguém vai encontrar quando chegar em casa, seja o oásis que seu cônjuge vai lembrar durante os momentos de dificuldade no dia, seja o carinho que você quer receber.

Comece por você. É impossível alguém ser inerte ao verdadeiro amor!

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Quando nem tudo dá certo...

E olha quem voltou! Depois de um longo tempo sem escrever, estou com um monte de ideias pra escrever. São tantas, que nem sei bem a ordem que quero escrever! Bom, mas primeiras coisas primeiro: Foi tudo ótimo. A cerimônia foi ótima, a festa também, a Lua-de-Mel nem se fale (recomendo Madrid pra todo mundo). De verdade, foi maravilhoso! Nas próximas semanas vou contando mais detalhadamente sobre tudo o que aconteceu. No entanto, nesse primeiro texto pós-casamento, gostaria de falar sobre o que deu errado.

Sim, o que deu errado. Afinal, os adjetivos que usei acima (“ótimo” e “maravilhoso”) não são sinônimos de perfeição.

Por mais que seja infinitamente planejado, repensado, visto e revisto, é quase que certo que algo vai sair errado. Não me entenda mal, foi realmente maravilhoso, mas houve coisas que não saíram do jeito que gostaríamos.

Primeira coisa: Os convidados. Todos os casais casados que conheço falam a mesma coisa:

Se eu casasse hoje, a lista de convidados seria diferente.

Eu num tenho um mês de casado e já digo isso. Eu teria colocado muito mais gente nessa lista (e tirado um ou outro convidado, quem sabe). Primeiro porque tem gente que não vem. Da nossa lista, a maioria dos ausentes disse que realmente não iria. Segundo, muita gente que gostaríamos de convidar, mas acabamos não convidando pela limitação que o buffet trazia. Pessoas queridas do tempo de faculdade, de escola e até algumas pessoas que nos acompanham no blog desde o início. Fora as pessoas que a gente convida por educação, que dariam lugar a pessoas que realmente gostaríamos de convidar, mas enfim.

Ainda sobre os convidados, sempre tem os convidados inconvenientes. Sabe aquele tipo de gente que não sabe que a festa não é deles? E mesmo não sendo a festa deles; eles querem fazer as coisas do jeito deles? Então, no meu casamento tinha. Aliás, acho que em todo casamento tem. Pelo menos no meu casamento foi só um caso isolado.

Segunda coisa: Os instrumentistas. Antes de falar o que deu errado, vou deixar claro que eles foram maravilhosos. O único problema é que quem ia tocar o trompete passou mal no dia do casamento, e não pode comparecer. É o tipo de coisa que não temos controle, mas fica meio chato, pois a Dona Moça queria muito ouvir o início da Marcha Nupcial no trompete (Tanto que a primeira coisa que ela me disse no altar foi “E o trompete?”. Achei muito romântico). Eu recebi a notícia que não haveria trompete logo de manhã, enquanto me arrumava. Não contei pra ninguém e segui com a vida.

Terceira coisa: O DJ. Esse cara deu um trabalho dos infernos. Nós, desde a primeira reunião com ele, pedimos uma lista de músicas que fosse de acordo com os nossos princípios, cujas letras não falassem sobre determinados assuntos que fossem contrários ao que cremos. Claro que ele não mandou. Até a Angélica mandou um e-mail pra ele cobrando-o, de forma bem firme, pra receber o total e absoluto nada como resposta. Totalmente incompetente. No dia, ele deixou o microfone falhar e demorou milênios pra soltar o playback do Pai Nosso.

Bom, acho que foi basicamente isso que deu errado. E sabe de uma coisa? No fim das contas tá tudo certo.

Pouco antes do casamento, vi em algum lugar que o dia do casamento era o dia de não estressar. E foi isso que eu fiz. Recebi a mensagem que a trompetista não iria. Ignorei solenemente, não falei com ninguém (afinal só a Dona Moça e eu sabíamos que teria) e fingi que nada aconteceu. Resolvi com a orquestra o que tinha que resolver e eles foram perfeitos. Quanto aos convidados inconvenientes, fingi que eles não existiam o mais rápido possível. Minha mãe foi super rápida pra contornar a situação, e também os ignorei solenemente. E foi a mesma coisa que eu fiz com relação ao DJ. Antes e depois do casamento, reclamamos muito dele. Durante o casamento, o ignorei solenemente.

A cerimônia e a festa de casamento são coisas únicas na vida do casal, com as coisas que dão certo e com as coisas que dão errado. E é um tempo muito curto para focar no que deu errado. É muito tempo de planejamento e muito dinheiro investido pra focar no que deu errado num período de 6 horas. Você está comemorando o fato que vai morar o resto da vida com a pessoa que você ama. Deixa o que deu errado pra lá e vai aproveitar seu momento.


Dando tudo certo ou dando alguma coisa errada, a cerimônia de casamento é um símbolo de toda uma vida que vem pela frente. Assim como a minha cerimônia de casamento, creio que minha vida de casado vai ter alguma coisa que vai dar errado. Aliás, algumas coisas vão dar errado. Afinal, a Dona Moça não é perfeita e Deus (e o mundo) sabe que eu também não sou. Mas, diferente da cerimônia de casamento, as coisas que derem errado na vida de casado não devem ser ignoradas. Devem ser conversadas e resolvidas, por mais desagradável que possa parecer no momento. Afinal, são 6 horas de cerimônia, mas o casamento é pra vida toda. E é bom que seja pra vida toda mesmo... Se esse negócio der errado, já falei pra Dona Moça que não caso de novo não! Dá muito trabalho essa história...


1 Amplexo!

sexta-feira, 15 de julho de 2016

O noivado

Nesse clima das histórias de amor do dia dos namorados e do casamento do Thiago, eu resolvi escrever sobre o que muitas pessoas me pedem, que é o meu noivado.



Como eu já contei pra vocês anteriormente (leia aqui) eu e o Meu Bem nos conhecemos desde muito novos na igreja. Quando começamos a namorar, tínhamos certeza que iríamos nos casar porque já conhecíamos muito um sobre o outro.

Por isso sempre falávamos de casamento e, por volta dos seis meses de namoro, começamos a aproveitar algumas promoções que encontrávamos para definir algumas coisas do casamento. Foto e filmagem, salão para festa e vestido de noiva foram serviços contratados antes de termos uma aliança dourada no dedo.

Mas mesmo tendo a certeza de que iríamos nos casar, eu queria ter a aliança dourada no dedo. Às vezes eu achava que isso nunca aconteceria, que iríamos trocar alianças somente no dia do casamento. 

Num determinado dia o Meu Bem me ligou dizendo que a empresa que ele trabalha tinha fechado um contrato muito bom e que eles dariam uma festa para comemorar, mas que o departamento dele não poderia ir nessa festa e que ele estava bravo por isso.

Alguns dias depois ele me ligou dizendo que a empresa tinha liberado o departamento dele para ir nessa tal festa, mas que não poderiam levar acompanhantes. Dessa vez quem ficou brava fui eu, afinal, eu queria ir pra festa.

Depois de uma semana ele me ligou novamente dizendo que a empresa liberou a entrada de acompanhantes para a festa. Aí eu fiquei super feliz. Ele me disse como eu deveria ir vestida e me enviou por e-mail o convite que a empresa fez para a festa. 

Como vocês devem estar imaginando, a festa era falsa, era apenas um pretexto, mas para ele até os pretextos tem que ser bem feitos, então ele mesmo criou um convite com o logo da empresa. Usou o Photoshop para criar tudo e colocou alguns detalhes da empresa que só a gente poderia fazer piada com aquilo.

O que eu não sabia é que o Meu Bem tinha saído para jantar com meus país para pedir a bênção deles é para pedir ajuda com essa história muito doida da festa da empresa. Tanto que dias depois meu pai ficava opinando na roupa que eu deveria usar, coisa que ele não costuma fazer.

Mesmo assim eu não desconfiei de nada, porque normalmente sou bem desligada para essas coisas. Sempre digo que é bem fácil me enganar porque eu não fico procurando "cabelo em ovo".

Chegou o dia da festa e o Meu Bem me buscou em casa. Chegamos no Edifício Itália, mas eu juro que nada passava pela minha cabeça. Na verdade, quando eu olhava no elevador e não via nenhum chinês (porque o Meu Bem trabalha numa empresa chinesa) eu ficava me perguntando se a gente tinha chegado muito cedo ou muito tarde pra festa.

Depois de subir os dois elevadores do Edificio Itália e chegar no saguão principal é que me dei conta que ali era o Terraço Italia e que não tinha festa nenhuma da empresa acontecendo. Comecei a suar frio porque já sabia o que aconteceria. Depois que a recepcionista disse para o Meu Bem: "Sr. Petermann, por favor me acompanhe até a sua mesa" é que eu tive mais certeza ainda.

Quando sentamos à mesa ele ajoelhou e me disse: "Já estou te enganando há bastante tempo e agora você já percebeu o que está acontecendo, então, você quer se casar comigo?"

Nesse dia eu descobri que ele comprou as alianças de casamento por volta do nosso 2º ou 3º mês de namoro. Nós realmente tínhamos certeza do que queríamos.

Mas não acabou por aí. No final daquele ano nós faríamos uma viagem para Londres e Paris com a família do Meu Bem e ele havia reservado uma segunda aliança para me pedir em casamento na Torre Eiffel.  Acontece que quando fomos a Paris, passamos apenas um dia, e estava chovendo muito, um frio absurdo e não conseguimos subir na Torre Eiffel. 

Voltamos para Londres e quase no último dia da viagem fomos a uma casa de chá, porém, nessa casa de chá tínhamos que ir vestidos com roupa social, sem mochila, então, o Fellipe não levou a aliança. No meio do caminho passamos por um lugar lindíssimo, todo decorado com luzes de natal azuis e eu disse para o Meu Bem: "Olha, se a gente morasse em Londres você poderia ter me pedido em casamento aqui!". 

Ele disse que na hora ficou morrendo de raiva porque passou a viagem toda com a aliança na mochila e no único dia que não estava com ela, surgiu a oportunidade perfeita. Hahahahahaha 

No nosso último dia de viagem ele me perguntou se havia algum lugar que eu queria muito conhecer, então fomos na Abadia de Westminter, onde o príncipe William e a Kate Middleton se casaram.
Ali ele me pediu em casamento novamente e me deu a segunda aliança.

Confesso que foi muito melhor do que qualquer sonho que eu tive na vida sobre ficar noiva!
Eu amei os dois pedidos de casamento, amei ser noiva, amei todos os preparativos do casamento.

Mas eu sempre soube soube que eu amaria muito mais ser a esposa dele!



As fotos no Terraço Itália ficaram muito escuras... rs


sexta-feira, 8 de julho de 2016

Padrinhos de casamento

Aposto que muitos de vocês estão ansiosos para saber mais sobre o casamento do Thiago e da Dona Moça. Achei muito legal quando algumas pessoas comentaram nas fotos do dia do casamento parabenizando o casal sem nem mesmo conhecê-los pessoalmente, mas por saber da história deles através do blog.

Prometo que assim que eles voltarem da lua-de-mel o Thiago voltará a escrever no blog e terá muitas histórias bacanas para contar.



Mas hoje quero falar um pouco do casamento deles na visão da madrinha de casamento. Eu já fui madrinha de outros casamentos, mas essa foi a primeira vez que alguém tão próximo de mim se casou, afinal, ele é meu cunhado e, antes de ser cunhado, nós somos muito amigos. Como o meu irmão ainda não se casou, esse foi o mais próximo de "casamento de irmão" que eu fui madrinha.

Quando alguém tão próximo de você vai se casar, fica meio implícito que você vai ser madrinha/padrinho. O convite muitas vezes nem é surpresa porque já esperamos que isso vai acontecer.

Mas isso não muda a importância do cargo que lhe foi concedido. Ser madrinha ou padrinho de alguém é uma responsabilidade tão grande que muitas vezes nem mesmo o casal que convidou tem ideia disso.

Quando estamos noivos ficamos tão empolgados com tudo que muitas vezes escolhemos para serem nossos padrinhos aquelas pessoas que estão na nossa vida no "agora" sem saber se elas estarão na nossa vida no amanhã. Por isso que de vez em quando vamos em casamentos com 15 casais de padrinhos de cada lado hahaha (juro que já fui em mais de um assim).

No meu casamento tivemos 6 casais de padrinhos em cada lado, 12 ao todo. Hoje eu acho que foi um exagero, até porque existem pessoas que não estão mais presentes na minha vida e na vida do Meu Bem. Isso nos deixou muito tristes ao longo do nosso primeiro ano de casamento, porque nós esperávamos que os nossos padrinhos seriam os amigos que carregaríamos ao longo da vida e em menos de um ano de casamento já haviam alguns deles que estavam completamente fora dela.

Por isso, quando o Thiago e a Dona Moça nos convidaram para sermos padrinhos, embora nós já estivéssemos esperando, decidimos honrar esse papel da melhor forma, respeitando o espaço que os noivos nos davam.

Se tem algo que foi muito legal em sermos padrinhos deles é que eles permitiram que a gente ajudasse em tudo. Porque também é bem difícil ser padrinho de um casal que se fecha no seu mundo e não deixa que ninguém saiba de nada. Se é pra ser assim, o casal não precisa de padrinhos.

Como padrinhos nós ajudamos dando ideias, procurando fornecedores, organizando check list, ajudando em tudo que era DIY (do it yourself - faça você mesmo), levando o noivos para a cerimônia e depois para o hotel, entre muitas outras coisas no dia da cerimônia.

Mas o que eu sempre digo aqui no blog é que casamento não é o dia da cerimônia, e sim uma vida inteira (leia sobre isso aqui), portanto os padrinhos não devem apenas ser as pessoas que estão  arrumadas no dia do casamento, que dão os presentes mais caros e que ajudam a montar a cerimônia. Os padrinhos devem ser as pessoas que vão ajudar o casal a limpar a casa nova se for preciso, que vão fazer uma receita nova e lembrar de ensinar pro casal, que vão ver uma promoção em loja de móveis e vão lembrar de avisar o novo casal, que vão ouvir os recém casados nas suas descobertas e dificuldades, que vão aconselhar quando o relacionamento estiver difícil... os padrinhos são as pessoas que depois de 20 anos de casamento ainda serão as primeiras escolhas quando o casal precisar de amigos. Os padrinhos devem ser as pessoas com quem nós sabemos que sempre podemos contar.

Eu fui madrinha em 3 casamentos antes do Thiago e da Dona Moça. Confesso que desses três casais, dois já não fazem mais parte da minha vida. Um deles inclusive não está mais casado. É engraçado pensar que o único desses casais que ainda faz parte da minha vida é justamente o casal que eu tenho liberdade para conversar sobre diversos assuntos, que posso dar minha opinião sem me sentir uma intrusa, que lembram de mim nos momentos difíceis e nos momentos alegres e que a amizade continua por mais que a vida seja corrida e a gente se veja pouquíssimas vezes por ano. Ou seja, o casal que que ainda faz parte da minha vida é o que permitiu que eu estivesse presente e cumprisse o meu papel de madrinha.

Hoje eu sou madrinha também do Thiago e da Dona Moça e deixo aqui um agradecimento a eles por terem permitido que eu participasse de todos os preparativos do casamento, por permitirem que eu fizesse parte de tudo isso. Fica aqui também a meu desejo de compartilhar das alegrias e tristezas da vida que eles estão iniciando.

Se você já foi padrinho no casamento de alguém, procure essa pessoa, demonstre para ela o quanto você se importa. Ela não escolheu você à toa. Da mesma forma, demonstre aos seus padrinhos que eles podem estar em sua vida. Dê abertura para eles fazerem o papel que lhes foi definido, deixe-os fazer a parte deles e divida seus fardos com aqueles que você escolheu para isso. 

Caso você ainda esteja se preparando para casar, pense bem nas suas escolhas de padrinhos. Não escolha ninguém por obrigação. Ninguém pode prever o futuro, mas decida-se por aquelas que provavelmente ainda estarão na sua vida daqui há 20 ou 30 anos.

Um abraço especial a todos os meus padrinhos de casamento que ainda permanecem em nossa vida e que continuam com o desejo de compartilhar as nossas experiências! Amamos vocês!

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Especial dos Namorados - conclusão

Chegamos ao final do nosso Especial dos Namorados. O mês de junho foi repleto de histórias deliciosas, recheadas de amor. Histórias que inspiraram solteiros e casados.

Hoje eu não vou contar uma história de um casal, mas vou falar um pouco sobre os meus sentimentos ao longo desse mês que se passou.


                                         
          

1. Sua história sempre será tão bonita quanto você enxerga!

Sempre que alguma pessoa me dizia que estava gostando de ler as histórias do blog eu pedia que me enviasse sua história também. Porém, algumas pessoas me respondiam "Ah, mas minha história não é tão legal quanto essas que você conta. Não tem nada demais".

Não sei se vocês sabem, mas todas as histórias que foram contadas durante esse mês foram escritas pelos protagonistas, porém, reescritas por mim, que enxerguei em todas elas um roteiro digno de filme de cinema. Todas elas, escritas pelo meu olhar, mas com os detalhes descritos por quem viveu cada uma daquelas emoções.

Depois que o casal lia a história, eu costumava ouvir "Obrigada por ter contado nossa história com tanto carinho", ou então "Nossa, nem eu mesmo tinha imaginado que a nossa história era tão bonita assim".

Aonde quero chegar com isso? Quero que você saiba que tudo o que você tem vivido com seu cônjuge e os seus passos antes de chegar ao matrimônio carregam uma beleza única, que talvez você ainda não perceba, mas que, a partir do momento que você enxergar a singularidade da sua história, ela vai ser para você a história mais linda que você já ouviu!

A forma como você enxerga o seu relacionamento reflete nas suas atitudes com seu cônjuge e com as pessoas que vivem com vocês. Se você acreditar que vocês vivem uma história linda, você vai enxergar beleza todos os dias em pequenos detalhes, valorizando a rotina que enfrentam e até mesmo os dias em que não acontece nada demais.

2. Sua história pode fazer a diferença na vida de alguém!

Uma das coisas mais gostosas de ouvir depois que comecei o blog é que algo que foi escrito aqui ajudou um casal em alguma situação de sua vida.

Toda experiência é válida. Não é porque você é casado há pouco tempo que não pode influenciar a vida de alguém.

Eu ouvi de uma pessoa casada há quase 40 anos que uma das histórias do blog reviveu algo que ela não lembrava que existia em seu casamento e que se ela tivesse pensado nisso anos atrás teria evitado algumas situações não muito legais.

As histórias que foram contadas durante esse mês trouxeram boas lembranças a muitos casais e eu ouvi de diversas pessoas que essas histórias mostraram que as pessoas ainda tem esperança no amor verdadeiro e que ainda vale a pena lutar pelo casamento.

Ou seja, não tenha vergonha da sua história, não tenha vergonha do que você viveu. Conte para as pessoas a sua origem, como tudo começou, de onde veio a sua família. Você nunca sabe quem está esperando para ouvir exatamente aquilo que você tem para falar!

3. Para os solteiros, sempre há esperança!

Eu comecei o Especial dos Namorados pensando em uma amiga minha que é muito querida, amada e especial para mim. Ela passou por situações bem desagradáveis nos relacionamentos amorosos e, embora seja linda, inteligente e bem colocada na sua profissão, ela deixou de acreditar por um tempo que é possível ser feliz no amor.

Eu quis escrever essas histórias para que ela soubesse que o amor pode ser encontrado em diversos lugares, com qualquer idade, que pode ir e vir, mas que é necessário dedicação para ele ficar.

A cada história que ela lia, ela me dizia "Um dia você vai escrever a minha história". E eu tenho certeza que um dia vou escrever a história dela e de muitas outras pessoas que ainda não encontraram uma pessoa para dividir o restante de seus dias.

Porque cada história contada aqui ao longo desse mês teve um começo diferente, numa idade diferente, em destinos diferentes, mas todas com o desfecho muito parecido: a felicidade a dois.

Para quem ainda não se casou, saiba que é possível ser feliz no casamento, é possível encontrar uma boa pessoa com quem dividir a vida! Não desista porque, daqui há algum tempo, pode ser a sua história que vai encher de amor o coração das pessoas!

4. Compartilhe coisas boas

O mundo já está cheio de tristeza, os jornais falam mais de desgraças do que de coisas boas, a política está mexendo com a cabeça de todas as pessoas, a maldade existe em cada esquina.

Quantas vezes entramos nas nossas redes sociais e vemos pessoas com comportamentos que nos fazem ter vergonha alheia.

Muitas vezes perdemos a esperança de que ainda existem coisas boas nesse mundo. E é por isso que eu escolhi escrever sobre o amor, sobre o casamento e sobre todo o aprendizado de uma recém casada.

Todas as vezes que compartilhei essas histórias de amor, corações foram tocados e sorrisos apareceram nos rostos atrás da tela do computador.

Em mundo cheio de tristezas, eu escolhi compartilhar o amor que vivo, o amor que vejo nas pessoas ao meu redor, o amor que sei que ainda pode existir e o amor que eu tenho certeza que não acaba quando voltamos da lua-de-mel!



Agradeço mais uma vez a todos os casais que permitiram que eu tornasse uma parte de sua vida pública e que abrisse uma parte de sua vida como um livro!

Obrigada:

Karin e Daniel

Nadir e José Antônio

Ana Paula e Paulinho

Susã e Gustavo

Lígia e Alex (e Heitor que nasceu hoje, 01.07.16)