E olha quem voltou! Depois de um
longo tempo sem escrever, estou com um monte de ideias pra escrever. São
tantas, que nem sei bem a ordem que quero escrever! Bom, mas primeiras coisas
primeiro: Foi tudo ótimo. A cerimônia foi ótima, a festa também, a Lua-de-Mel
nem se fale (recomendo Madrid pra todo mundo). De verdade, foi maravilhoso! Nas
próximas semanas vou contando mais detalhadamente sobre tudo o que aconteceu.
No entanto, nesse primeiro texto pós-casamento, gostaria de falar sobre o que
deu errado.
Sim, o que deu errado. Afinal, os
adjetivos que usei acima (“ótimo” e “maravilhoso”) não são sinônimos de
perfeição.
Por mais que seja infinitamente
planejado, repensado, visto e revisto, é quase que certo que algo vai sair
errado. Não me entenda mal, foi realmente maravilhoso, mas houve coisas que não
saíram do jeito que gostaríamos.
Primeira coisa: Os convidados.
Todos os casais casados que conheço falam a mesma coisa:
Se eu casasse hoje, a
lista de convidados seria diferente.
Eu num tenho um mês de casado e
já digo isso. Eu teria colocado muito mais gente nessa lista (e tirado um ou
outro convidado, quem sabe). Primeiro porque tem gente que não vem. Da nossa
lista, a maioria dos ausentes disse que realmente não iria. Segundo, muita
gente que gostaríamos de convidar, mas acabamos não convidando pela limitação
que o buffet trazia. Pessoas queridas do tempo de faculdade, de escola e até
algumas pessoas que nos acompanham no blog desde o início. Fora as pessoas que
a gente convida por educação, que dariam lugar a pessoas que realmente gostaríamos de convidar, mas enfim.
Ainda sobre os convidados, sempre
tem os convidados inconvenientes. Sabe aquele tipo de gente que não sabe que a
festa não é deles? E mesmo não sendo a festa deles; eles querem fazer as coisas
do jeito deles? Então, no meu casamento tinha. Aliás, acho que em todo
casamento tem. Pelo menos no meu casamento foi só um caso isolado.
Segunda coisa: Os instrumentistas.
Antes de falar o que deu errado, vou deixar claro que eles foram maravilhosos.
O único problema é que quem ia tocar o trompete passou mal no dia do casamento,
e não pode comparecer. É o tipo de coisa que não temos controle, mas fica meio
chato, pois a Dona Moça queria muito ouvir o início da Marcha Nupcial no
trompete (Tanto que a primeira coisa que ela me disse no altar foi “E o
trompete?”. Achei muito romântico). Eu recebi a notícia que não haveria
trompete logo de manhã, enquanto me arrumava. Não contei pra ninguém e segui
com a vida.
Terceira coisa: O DJ. Esse cara
deu um trabalho dos infernos. Nós, desde a primeira reunião com ele, pedimos
uma lista de músicas que fosse de acordo com os nossos princípios, cujas letras
não falassem sobre determinados assuntos que fossem contrários ao que cremos.
Claro que ele não mandou. Até a Angélica mandou um e-mail pra ele cobrando-o,
de forma bem firme, pra receber o total e absoluto nada como resposta.
Totalmente incompetente. No dia, ele deixou o microfone falhar e demorou
milênios pra soltar o playback do Pai Nosso.
Bom, acho que foi basicamente
isso que deu errado. E sabe de uma coisa? No fim das contas tá tudo certo.
Pouco antes do casamento, vi em
algum lugar que o dia do casamento era o dia de não estressar. E foi isso que
eu fiz. Recebi a mensagem que a trompetista não iria. Ignorei solenemente, não
falei com ninguém (afinal só a Dona Moça e eu sabíamos que teria) e fingi que
nada aconteceu. Resolvi com a orquestra o que tinha que resolver e eles foram
perfeitos. Quanto aos convidados inconvenientes, fingi que eles não existiam o
mais rápido possível. Minha mãe foi super rápida pra contornar a situação, e
também os ignorei solenemente. E foi a mesma coisa que eu fiz com relação ao
DJ. Antes e depois do casamento, reclamamos muito dele. Durante o casamento, o
ignorei solenemente.
A cerimônia e a festa de
casamento são coisas únicas na vida do casal, com as coisas que dão certo e com
as coisas que dão errado. E é um tempo muito curto para focar no que deu
errado. É muito tempo de planejamento e muito dinheiro investido pra focar no
que deu errado num período de 6 horas. Você está comemorando o fato que vai
morar o resto da vida com a pessoa que você ama. Deixa o que deu errado pra lá
e vai aproveitar seu momento.
Dando tudo certo ou dando alguma
coisa errada, a cerimônia de casamento é um símbolo de toda uma vida que vem
pela frente. Assim como a minha cerimônia de casamento, creio que minha vida de
casado vai ter alguma coisa que vai dar errado. Aliás, algumas coisas vão dar
errado. Afinal, a Dona Moça não é perfeita e Deus (e o mundo) sabe que eu
também não sou. Mas, diferente da cerimônia de casamento, as coisas que derem
errado na vida de casado não devem ser ignoradas. Devem ser conversadas e
resolvidas, por mais desagradável que possa parecer no momento. Afinal, são 6
horas de cerimônia, mas o casamento é pra vida toda. E é bom que seja pra vida
toda mesmo... Se esse negócio der errado, já falei pra Dona Moça que não caso
de novo não! Dá muito trabalho essa história...
1 Amplexo!
Eu super concordo com a parte do não casar de novo. Já mobiliaram a casa mesmo.
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