Apresentação

Pra quem acredita que a lua-de-mel não acaba quando voltamos da viagem...

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Feliz Natal

Hoje é dia de natal! E o post vai ser diferente do que costuma ser toda semana.

                 


Eu e Meu Bem estamos viajando e ontem à noite ficamos lembrando de todos os natais que passamos juntos desde que começamos a namorar.

Começamos a namorar em 2012 e nesse ano passamos a véspera de natal cada um na sua casa, com sua família, mas no dia de natal juntamos as duas famílias na casa dos meus sogros.

Em 2013 estávamos noivos e foi o primeiro natal da minha vida que passei longe da minha família, pois fui viajar com o Meu Bem e a família dele. Ficamos aproximadamente 15 dias na Inglaterra e 1 dia em Paris. 

No ano passado, 2014, foi nosso primeiro natal casados. Na véspera de natal fomos à casa da tia do Fellipe, que iria viajar no dia seguinte. No dia de natal meus sogros e nós dois fomos para a casa dos meus pais, onde estava toda a nossa família.

Esse ano, 2015, resolvemos viajar no natal e reveillon. Como já contei para vocês das minhas mudanças de emprego ao longo desse ano, eu não teria férias pra tirar. Tinha apenas essa semana, do dia 24 ao dia 01, como recesso. A empresa do Meu Bem também entra em recesso nessa data e seria nossa única oportunidade de viajarmos juntos durante um tempo mais longo.

Escolhemos vir para o Chile, mas na semana que vem vou contar mais sobre nossa viagem. O que vou falar sobre esse lugar hoje é a forma que comemoram o natal.

Aqui se comemora o natal diferentemente do Brasil. Parece que as pessoas não dão tanta importância para esse feriado. Ontem a noite muitas casas estavam com as luzes apagadas, não ouvimos fogos e nem vimos decorações de natal. Sabemos que aqui somente o governo pode soltar fogos (o que eu acho ótimo, porque os fogos assustam crianças e animais). 

Nós lemos também que no dia 24 muitas das lojas e restaurantes fecham. Poucos ficam abertos. No dia 25 não há quase nada aberto por aqui. Por experiência de alguns colegas que vieram pra cá nessa época, sabemos que é verdade mesmo. Por isso ontem achamos um mercado onde compramos alguns alimentos que poderíamos comer durante a ceia de ontem e o dia de hoje, já que alugamos um apartamento que tem cozinha também.

Alguns restaurantes oferecem a ceia de natal, mas com um preço muito alto. Vimos o cardápio de um deles que estávamos pensando em ir, mas não é um cardápio muito tradicional de natal. Então resolvemos fazer nossa própria ceia em casa. 

Ainda não saímos do nosso apartamento hoje. Aqui é uma hora atrás em relação à São Paulo. Mas no nosso planejamento de turismo decidimos visitar alguns parques públicos que existem por aqui.

Cheguei a conclusão que nenhum dos natais que passamos juntos desde que namoramos foi parecido. Todos sem rotina rs... mas uma coisa nunca pode faltar, que é o bom humor e a alegria de estarmos com pessoas que amamos.

Pela primeira vez na vida estou passando um natal com tão poucos membros da família. Só meu esposo, no caso (haha). Por mais diferente que esteja sendo, estamos aproveitando e vivendo boas experiências.

Desejo que o natal de cada um de vocês seja recheado de amor e diversão. Mesmo que vocês não estejam com todos que amam por perto. Com o tempo fica difícil se reunir com todo mundo e sempre vai ter um pedacinho do nosso coração que estará em outro lugar. Mas que não se perca em nenhum momento a gratidão pelo verdadeiro sentido do natal, que é o nascimento de Cristo. 

Li uma frase hoje que achei linda e propícia para esse dia: Todo menino quer ser homem; todo homem quer ser Rei; mas somente o Rei do Universo quis ser menino por nós.

Que sua família seja abençoada e onde quer que você esteja, que haja o amor de Deus em sua vida!

Feliz Natal!


sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Um amor amarelo

Quem me acompanha nas redes sociais viu que nessa última semana perdemos um dos nossos gatinhos de estimação, o Bóris. 



Eu já falei dele uma outra vez (aqui). Bom, essa é a Saga do Bóris, o nosso gato amarelo.

O Bóris era de uma prima do meu esposo. Por motivos particulares ela não pôde mais ficar com ele. Nessa época, estávamos noivos, quase no mês do casamento. Nós já tínhamos adotado o Bruce, com apenas 15 dias de vida. Decidimos ficar com o Bóris também. Dessa forma, antes de nos casarmos já tínhamos 2 gatos. 

Buscamos os dois no dia que voltamos de lua-de-mel. O Bruce estava com 1 mês de vida e o Bóris com 3 anos e meio, aproximadamente.

O Bóris sempre teve problemas urinários. Nos gatos, as pedras se formam na bexiga, em vez de ser nos rins, como nos seres humanos. Depois de muitas infecções urinárias, Bóris precisou ficar com uma sonda por 3 dias, pois estava com um cálculo de 3 mm. Ele conseguiu expelir o cálculo pela sonda e tudo ficou tranquilo. 

Desde sempre ele comia uma ração especial, sem sal, então continuamos com o tratamento exatamente como os veterinários indicaram.

Depois de 4 meses desse episódio, Bóris passou mal novamente. Levamos urgentemente para o hospital veterinário 24h. Ele precisou ser operado, pois sua uretra havia se rompido. Ele estava com infecções porque a urina se espalhou pelo corpo. A cirurgia durou em torno de 6h.

O procedimento comum é transformar o pênis do gatinho em uma vagina, pois assim o canal urinário ficaria mais largo, mas esse procedimento não deu certo com o Bóris. O que foi possível fazer foi construir um novo canal urinário que sairia pela barriga.  

O pós operatório foi muito doloroso pra ele, com muitos pontos, inflamação, curativos. Ele ficou estressado e irritado, teve vômitos e diarreia, usou sonda por 15 dias, precisou ser tosado de uma forma irregular e seu pêlo nunca mais cresceu de forma igual. Também foi difícil para nós. Estávamos cansados, dormindo pouco porque ele tomava em torno de 8 remédios por dia (entre gotinhas, compridos e spray), fora a troca de curativos 3x ao dia. Precisávamos voltar pra casa na hora do almoço todos os dias para trocar o curativo e medicar. Todos sofremos.

Em menos de um mês ele tirou os pontos e conseguiu voltar a ter uma vida "normal". O problema é que o Bóris era o "Jonas" dos gatos (sabe a história bíblica do Jonas, que tudo deu errado quando ele entrou num barco pra fugir? Então, tudo dava errado com o Bóris também).

O novo canal urinário começou a se fechar, pois o corpo dele começou a "cicatrizar" o buraquinho. Ele fazia xixi gotejando e sujava a casa toda (vivíamos com as portas fechadas e eu limpava a casa todos os dias). As opções eram: operar novamente ou eutanásia. Nós oramos, conversamos e choramos, pois a cirurgia não garantia que ele ficaria bom de vez e não queríamos fazê-lo passar por todo aquele sofrimento novamente para, talvez, conseguir mais uns 2 meses de vida.

Não chegou a completar 3 meses da cirurgia quando ele obstruiu novamente. Chegamos no veterinário já esperando o resultado. Era o que menos queríamos, o que mais temíamos. Pedimos a eutanásia e ele se foi. 

Por que estou contando essa história para vocês? Essa não é apenas a história de uma amante de gatos. É a história de um casal que teve seu primeiro ano de casamento muito atípico e conturbado.

Todos os casais passam por problemas. Eu acredito que esse foi o maior dos problemas que tivemos nesse início de vida juntos. Ele envolveu muita tristeza, muito cansaço, muito envolvimento emocional, muito tempo e muito dinheiro (e a falta desse também). 

Nos esforçamos e fizemos tudo o que estava ao nosso alcance. Envolvemos nossa família e tivemos muito apoio deles. Eles nos ajudaram com dinheiro para completar o valor mensal que gastávamos com o Bóris, cuidando do Bruce pra nós quando o Bóris precisava de atenção exclusiva, com descontos no hospital veterinário, emprestando o carro quando precisamos ficar com 2 carros para dar conta de fazer tudo, pagando uma pessoa pra limpar nossa casa quando estávamos exaustos, entre muitas outras coisas.

Mas mesmo com toda a ajuda, quando voltamos da clínica onde o Bóris morreu, foi muito difícil para nós dois passarmos aquela noite e continuar a vida no dia seguinte, apenas com as lembranças boas que o Bóris nos proporcionou.

O que eu aprendi com essa história? Sabe quando as pessoas "competem" pra saber quem tem a vida mais cheia de desgraça? 

 "Você ficou doente? E eu que caí da escada, quebrei a perna e ainda tive que trabalhar de ônibus?"

Bom, NÃO seja esse tipo de pessoa. Eu aprendi que a minha dor não dói mais que a sua e a sua não dói mais que a minha. Muitas pessoas não compreendem que todos temos o mesmo direito de sofrer por algo que nos entristece.

Para passarmos por essa Saga de praticamente 7 meses, foi necessário muita cumplicidade, bom humor, disposição e apoio da família e amigos, por isso quando você souber que um casal amigo seu está passando por dificuldades, sejam elas quais forem, fique disponível para ajudar e não despreze a dor deles falando da sua, fazendo o sentimento deles parecer insignificante perto do seu. O que para nós pode ser simples e comum, para outra pessoa pode ser doloroso e muito difícil.

Gostaria de agradecer todas as pessoas que nos acompanharam nesse tempo: os amigos que acompanharam e oraram; a família que ajudou, apoiou, cuidou, limpou, pagou, amou; os veterinários e funcionários do hospital que não mediram esforços para cuidar do Bóris e que fizeram carinho e companhia para ele não se sentir sozinho quando ficava dias internado.

E um agradecimento especial ao meu esposo, que aceitou junto comigo ficar com o Bóris, sem saber o que viria pela frente e que quando descobriu o que vinha pela frente, não desistiu. Me acalmou e segurou minhas lágrimas quando precisei. Entendi que juntos somos bem melhores.

Sabe esse problema e essa dor que você está sentindo? Uma coisa eu posso te dizer com certeza: vai passar! Se, como um casal, vocês passarem pelas dores mais profundas juntos, vocês serão mais fortes e o amor de vocês será construído em uma base sólida.


sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Expectativa x Realidade

Uma vez que li a seguinte frase: "Minha especialidade na cozinha é abrir a geladeira". Me identifiquei.

                             

Eu nunca fui do tipo que queria cozinhar, que gostava de testar receitas e coisas do tipo. Sempre fui um pouco aquém do normal, inclusive. Nunca tive vontade de cozinhar e todo mundo me dizia que quando fosse necessário eu iria me virar. Eles estavam errados.

Logo que eu casei eu tinha mais tempo livre como já contei pra vocês em outro post (aqui), então de vez em quando eu me arriscava na cozinha pra preparar alguma coisa. Me lembro de ter feito macarrão na panela de pressão uma vez, um suflê de batatas uma outra vez, um fricassé de frango ainda uma outra vez. Na maioria das vezes eu fazia um pão de queijo congelado mesmo e estava tudo certo.

Mas nada se compara com a primeira vez que fui fazer arroz e feijão. Lá em casa temos costume de comer arroz integral. Eu sabia que ele demorava mais tempo pra ficar pronto do que o arroz branco. O problema é que eu não sabia direito nem o tempo do arroz branco, que dirá do integral. Terminei meu arroz e deixei de lado enquanto fazia o feijão.

Comecei pelo pânico da panela de pressão. Desnecessária aquela sensação de que a panela vai explodir e não vai sobrar nem o fogão pra contar história. Bom, eu comecei meu feijão lendo na internet a quantidade de água que deveria colocar lá dentro. Depois, deixei dar pressão. Como estava demorando muito, eu liguei pra minha mãe pra saber quanto tempo demora pra panela dar pressão. Minha mãe estava no meio de uma reunião e não conseguiu segurar a gargalhada. Tento não imaginar o que os colegas de trabalho dela pensaram de mim.

Após saber que uma hora ia dar pressão e ver a coisa toda funcionando, deu o tempo de desligar. Mandei um whatsapp para minhas amigas perguntando qual era o próximo passo. Minha amiga Titi me disse que quando ela está com tempo, ela deixa a panela terminar a pressão sozinha, mas se ela está com pressa, ela coloca embaixo da água até poder abrir a panela.

Como eu estava com medo de tudo explodir, esperei a panela terminar a pressão sozinha mesmo.

Quando o Meu Bem chegou em casa, ele ficou muito feliz, pois eu já tinha adiantado a parte dele, que é cozinhar, e assim poderíamos passar mais tempo juntos sem se preocupar com os afazeres. Foi quando servi um pouco da comida pra ele experimentar, afinal, ele deveria estar faminto depois do trabalho.

Acho que ele continuou faminto, poque não comeu muito não. Ainda me lembro da cara dele de quem está pensando em qual expressão usar para não me magoar (hahaha).

Com muita calma ele me disse que se eu deixasse o arroz cozinhar mais tempo, ele ficaria menos duro. Ele disse também que acertar o tempero do feijão e a quantidade de água pro caldo leva tempo (ou seja, meu feijão ficou aguado e salgado). Com muita sutileza ele me ensinou a usar a panela elétrica de arroz e me disse que eu poderia apenas cozinhar o feijão e deixar que ele temperasse, se eu não me importasse.

Eu não me importo.

Essa história me faz pensar em duas coisas:

-A primeira é que eu me esforcei pra fazer algo que não gosto pra poder agradar meu esposo.
-A segunda é que, mesmo não sendo bem sucedida, ele valorizou minha atitude e me ensinou como melhorar, se eu quisesse, mas nunca me obrigou a fazer aquilo que não gosto.

Quantas vezes precisamos abrir mão das nossas vontades pra deixar o outro feliz. Um relacionamento saudável não nos anula jamais, mas nos ensina a abrir mão das coisas de vez em quando.

E quantas outras vezes nós criticamos quando alguém faz algo errado e esquecemos de parar pra pensar no quanto aquela pessoa pode ter se esforçado para fazer isso.

Muitas vezes o melhor de alguém não está nem perto de nossas expectativas. Por isso precisamos colocar na balança se as nossas expectativas estão muito altas ou se a outra pessoa precisa mesmo melhorar em algo. Quem sabe ela não precisa melhorar porque ela nem mesmo precisa fazer aquilo que você estava esperando dela.

Seria muito fácil o Meu Bem criticar meu jantar porque ele cozinha muito bem. Mas seria muito fácil também eu criticar o jeito que ele guarda as roupas no armário, porque ele não é organizado, como eu.

Mas eu realmente não preciso que ele seja organizado como eu, porque eu dou conta de cuidar da roupa que é minha e que é dele. Ele também não precisa que eu cozinhe bem, ou nem mesmo que eu cozinhe, porque é algo que ele gosta de fazer e se sente realizado.

Por que a gente sempre dificulta os relacionamentos? Esperamos "azul" de quem oferece melhor o "amarelo" e queremos "amarelo" de quem tem apenas "verde" pra nos dar. Isso não é só no casamento. É na vida. E eu mesma cometo esses erros com muita frequência. Eu espero carinho e afeto de alguém que pode me oferecer apenas sua preocupação silenciosa. Espero conversas e risadas de quem pode apenas me olhar com amor e nada mais.

Será que um dia vamos aprender a esperar o melhor do outro sem que fiquemos ofendidos com o melhor que eles tem pra nós? Quando vamos aprender a não criar expectativas, não para não nos ferirmos, mas para não ferir as outras pessoas?

Se a gente se machuca ao esperar demais de alguém, o que dirá dessa pessoas que nem conseguiu entender o que você esperava dela, muito menos porquê você não aceitou aquilo que ela pôde te oferecer?

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Eu não existo longe de você...

Avião sem asa, fogueira sem brasa, sou eu assim sem você... Será mesmo?
               
                     
Esses dias estava conversando com minha amiga Karin, pois o esposo dela precisou fazer uma viagem e ela estava com saudades dele. Isso aconteceu comigo há pouco tempo e eu queria conversar disso com vocês.

Eu já contei pra vocês sobre todas as minhas mudanças de emprego desse ano (aqui) e por causa disso aconteceram algumas coisas diferentes do normal.

O Meu Bem sempre tirava férias junto comigo desde que namorávamos. Como eu era professora, eu tinha férias apenas em julho e janeiro. Quando mudei de emprego (em maio) eu teria que ficar pelo menos um ano sem férias. Mas o Meu Bem precisava sair de férias, então ele decidiu sair de férias no mês de agosto.

Ficamos um pouco chateados porque ele passaria o mês em casa enquanto eu trabalhava. Eu ia trabalhar de carro e ficava o dia fora. Sem contar as minhas viagens a trabalho. Então  eu disse pra ele que ele deveria viajar um pouco nas férias dele.

Procurando destinos, ele encontrou uma passagem pra NY por um preço muito bom mesmo! Então minha sogra me perguntou se eu me importava de que ela e Meu Bem fossem viajar juntos. E, na verdade, eu não me importei.

Começaram os preparativos pra viagem deles e, claro que a gente ficou triste por passar 15 dias longe. Nós somos humanos, somos casados e já nos acostumamos a ter alguém por perto o tempo todo. Muitas pessoas criticaram nossa decisão e algumas que não criticaram, acharam, no mínimo esquisito rsrs. Não culpo as pessoas que fizeram comentários  do tipo "ele é casado agora, deve viajar com você e não te deixar sozinha". Realmente não é comum que um cônjuge saia de férias  e deixe o outro em casa rs.

Mas a nossa situação era diferente, pelo menos pra mim. Eu fazia muitas viagens a trabalho na época, e o Fellipe ficava sozinho. E quando é uma viagem a trabalho ninguém reclama ou acha ruim que um cônjuge fique sozinho. Por que, então, deveriam achar ruim sobre uma viagem de férias?

A realidade é que quando minha sogra me perguntou se haveria problema que eles viajasse juntos, eu me coloquei no lugar dela. Ela é mãe e vai sempre ser. E existe uma posição chata da sociedade que diz que a mãe do menino nunca pode sentir falta, deve deixar ele crescer independente, ensinar a ele que ele não deve chorar, dentre tantas outras coisas. Mas não deveria ser assim. Mãe sempre vai sentir falta, sempre vai querer que seu filho caiba no seu colo, sempre vai querer dar o mundo pro seu filho, passar tempo com ele, independentemente de ser menino ou menina.

Eu tenho o sonho de ser mãe  e fico imaginando que, se eu tiver um menino e, quando ele crescer, eu não puder participar da vida dele, ou viajar com ele novamente, porque a namorada/esposa dele não  deixa, eu vou ficar arrasada. Eu não tenho o direito de impedir que a mãe do meu esposo deixe de ser mãe dele. Assim como a minha mãe também ama passar tempo comigo e com meu irmão, ela manda mensagem, faz a comida que a gente gosta, da presente, chora de saudade e tudo o mais...

Quando comecei a escrever esse texto, pensei em falar sobre a individualidade do casal, sobre compreender que viagens a trabalho precisam acontecer mesmo que a gente morra de saudade, porque em poucos dias estaremos junto, que a gente existe sim, mesmo sem o cônjuge por perto.

Mas mudei o rumo do texto... e acabei falando sobre as relações que realmente importam.
Quando eu digo pra se colocar no lugar do outro, não é somente do seu cônjuge, mas do restante das pessoas que te cercam. E isso não é fácil, a gente também sente raiva e também quer ter razão sempre. A gente machuca as pessoas da mesma forma que elas nos machucam.


Mas pense bem... sua sogra não é sua inimiga. Se coloque no lugar dela. Ela também está passando por mudanças na vida dela. Ela está vendo seu filho sair de casa, querer passar muito tempo com outras pessoas, talvez mudar de país, estado, cidade. Seus sogros criaram expectativas pra vida deles, assim como você  criou pra sua vida. E quando as coisas não acontecem como sonhamos, temos a tendência de agir de formas inesperadas.

Posso garantir que tudo o que os pais querem é passar tempo com seus filhos, na idade que eles tiverem. Devemos amar e respeitar nossos pais e lembrar de ficar com eles, por tudo o que eles fizeram por nós. Mas não se esqueça que você tem seus pais e seu cônjuge  tem os dele. Os dois lados merecem atenção de vocês.

Para que seu relacionamento sempre dê certo você precisa entender que o respeito é fundamental. Respeito ao cônjuge e à família dele. Todos acertam e erram e todos eles vão  fazer parte da sua vida.

Às vezes a situação a ser resolvida é muito mais simples que uma viagem. Permita que as pessoas participem da sua vida, claro, juntamente com os devidos limites. Mas nunca deixe de fora as pessoas que amam seu companheiro da mesma forma que você.

Você só tende a ganhar!

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Bodas de papel - parte 2

Semana passada contei pra vocês que estava viajando (aqui) e hoje quero contar como foi a viagem!

               

Eu e o Fellipe amamos viajar. Existem viagens que são de turismo, que temos que aproveitar todos os momentos, acordar cedo, dormir tarde, correr de um evento pro outro pra aproveitar ao máximo. Mas existem viagens que devem ser mais tranquilas, pra descansar e aproveitar o tempo juntos.

Foi assim na nossa lua-de-mel. O local foi surpresa pra mim. O Meu Bem só me falou que tipo de roupa eu deveria levar e em qual continente seria a viagem. O nosso destino final foi a Eslovénia e eu amei muito! Era um lugar que tínhamos turismo pra fazer, mas que também podíamos aproveitar a estrutura do hotel, dos restaurantes e da cidade. No final das contas, a gente acordava cedo pra tomar o café, voltava a dormir, saía pra almoçar e passear, passava no mercado pra comprar guloseimas e ficávamos nas piscinas aquecidas do hotel até a hora que fechava o SPA (o SPA e o complexo de piscinas ficavam juntos). Depois comíamos as bobagens que compramos no mercado.

Foi tão gostoso aproveitar a lua-de-mel assim que queríamos algo parecido pro nosso 1º ano, mas uma viagem internacional agora estava fora de cogitação, afinal tínhamos só 3 dias e não queríamos perder 1 dias inteiro num vôo! (além do dinheiro, é claro haha)

Encontramos na internet esse local em Águas de Lindóia. É um chalé que o proprietário construiu no terreno dele, um pouco abaixo da casa que ele vive. Não existem outros chalés ali, somente um. O chalé tem dois andares e uma estrutura de casa. Tem cozinha, banheiro, sala de jantar e estar, cama de casal e camas de solteiro, além de duas varandas (frontal e lateral). 

Nós chegamos na sexta e voltamos no domingo. Um dos motivos que escolhemos o chalé também, foi por podermos cozinhar ali dentro. Sei que existem pessoas que preferem comer fora, mas já falei pra vocês o quanto o Meu Bem gosta de cozinhar, então fizemos um cardápio pra cada dia e nos divertimos bastante. 

Acabamos descobrindo que alguns amigos nossos (inclusive padrinhos de casamento) estavam ali perto da cidade e resolvemos nos encontrar no final do sábado para assistir o pôr-do-sol juntos.

Depois fomos comer alguma coisa. Sobre a cidade de Águas de Lindóia, é uma cidade pacata, bonita e bem cuidada! Tem muitos restaurantes e no sábado à noite estava bem movimentada. Achei os restaurantes tão caros quanto os de São Paulo. Acabamos comendo numa pizzaria que esses nossos amigos já conheciam, que fica em Socorro, ali do lado. A pizzaria é ótima e muito mais barata que os restaurantes de Águas de Lindóia. Pra vocês terem uma ideia, estávamos em 9 pessoas, pedimos 4 pizzas e cada um pegou uma bebida e saiu R$19,00 por pessoa. 

Bom, apenas pra terminar o post de hoje, eu quis escrever sobre essa viagem porque não foi uma viagem cara. E ainda existem opções mais baratas em outros lugares que são menos conhecidos. Não precisa gastar muito dinheiro pra fazer algo diferente, fora da rotina. Que tal sair de casa numa terça-feira à noite pra ir no cinema que o ingresso foi comprado num site de promoções a 8 reais cada? (a gente já fez muito isso! inclusive, existem ótimos lugares legais pra jantar e passear que podem ser comprados nesses sites de promoção e são realmente baratos!).

Às vezes a gente deixa de fazer alguma coisa que consideramos divertida por causa das preocupações da vida. A preocupação financeira sempre existe na vida de um casal, em um momento ou outro. E é fácil a gente se acostumar com a rotina do dia-a-dia, do trabalho, do cansaço, da nossa casa. É fácil chegar um momento que a gente já não se importa se está dormindo com um pijama bonitinho ou uma camiseta velha mesmo, ou ficar repetindo pra si mesmo que "se tivesse mais dinheiro faria isso ou aquilo". Mas não precisa ser assim! Existem opções pra todo tipo de gosto e bolso.

A única coisa que precisamos para sair da rotina é a disposição. 




sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Bodas de Papel - parte 1

O post de hoje é especial de 1 ano de casamento! 

          

Eu estava pesquisando na internet há algum tempo sobre os nomes das bodas e achei uma lista super legal que vou deixar no finalzinho do post pra quem quiser olhar. 

Bom, no dia 23/11 (segunda-feira) eu completo 1 ano de casamento, Bodas de Papel, e decidimos fazer uma viagem, já que teria esse feriadinho na sexta.

Nós decidimos a data do casamento de um jeito meio diferente (leia-se maluco). Nós já falávamos sobre casamento e sabíamos que íamos casar, mas não tínhamos nada definido. Aos 6 meses de namoro descobrimos uma promoção da equipe de fotografia que eu sonhava pro meu casamento. Resolvemos ir lá só pra conferir e o preço estava ótimo mesmo! Acontece que a promoção acabaria em dois dias apenas, então nós corremos para conseguir o dinheiro da entrada e parcelar o restante do valor.

Depois de tudo feito e formulários preenchidos, eles perguntaram pra gente "Qual será a data do casamento?". Nós olhamos um pro outro levemente assustados porque não tínhamos decidido isso. Respondemos para eles "Vocês tem um calendário pra emprestar?".

Sabíamos que queríamos casar perto do verão (embora o inverno seja nossa estação preferida, eu sempre fico doente e não queria casar de nariz escorrendo!), queríamos casar perto de um feriado pra poder viajar todo ano e tinha que ser num mês que o Fellipe poderia tirar férias no trabalho.

Ali, na frente da equipe de fotografia, olhando o calendário deles, decidimos pelo dia 23 de novembro. Era o final de um feriado prolongado (Consciência negra) e teríamos 3 dias antes do casamento pra resolver os detalhes finais, caso precisasse (podendo pegar as férias/licença após o dia do casamento).

(Nós ficamos noivos oficialmente com 1 ano e 1 mês de namoro)

Mas eu queria mesmo é falar sobre o "presente" de um ano de casamento que decidimos fazer, baseado no nome das nossas bodas. Como muitos sabem, minha mãe trabalha também com artesanato, então pedi a ajuda dela para fazer um presente de papel que fosse útil e não estragasse fácil, já que papel é um material delicado. 

Minha mãe me ajudou a montar um álbum de fotos de scrapbook. Ela montou uma capa linda, do jeito que ela sempre faz, porque é muito caprichosa. Eu revelei fotos da nossa viagem de lua-de-mel e separei materiais para que eu e o Fellipe enfeitássemos juntos nosso Álbum de Bodas. Foi um presente super simples, mas que tem tudo a ver com a gente. Assim poderemos sempre colocar fotos das nossas viagens de aniversário de casamento!

(Essa é a capa! Depois mostro como ficou por dentro.)

Nós estamos agora em Águas de Lindóia - SP - e na semana que vem vou mostrar fotos do hotel que escolhemos, o que mais gostamos na cidade e mais curiosidades sobre esse lugar que estamos! 

Mas antes de acabar esse post quero deixar uma mensagem pra vocês:

Não importa como está a vida financeira, há quanto tempo estão juntos ou quais as dificuldades que enfrentaram... nunca deixem de comemorar cada experiência vivida juntos! 

Engana-se quem pensa que a vida a dois é fácil. Ela não é, porque precisamos nos adaptar a milhares de coisas novas ao mesmo tempo. Por isso, cada semana, mês, ano, natal, dia dos namorados, fim de semana é motivo pra comemorar! Dê o braço a torcer, perdoe as mancadas e diminua as expectativas. Aprenda que, se não é fácil pra você, pro outro pode também não ser... e aproveitem pra comemorar o amor em qualquer época do relacionamento!


~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ Nome das Bodas ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

01º - Bodas de Papel
02º - Bodas de Algodão

03º - Bodas de Couro ou Trigo

04º - Bodas de Flores, Frutas
05º - Bodas de Madeira ou Ferro
06º - Bodas de Açúcar ou Perfume
07º - Bodas de Latão ou Lã
08º - Bodas de Barro ou Papoula
09º - Bodas de Cerâmica ou Vime
10º - Bodas de Estanho ou Zinco
11º - Bodas de Aço
12º - Bodas de Seda ou Ônix
13º - Bodas de Linho ou Renda
14º - Bodas de Marfim
15º - Bodas de Cristal
20º - Bodas de Porcelana
25º - Bodas de Prata
30º - Bodas de Pérola
35º - Bodas de Coral
40º - Bodas de Esmeralda
45º - Bodas de Rubi
50º - Bodas de Ouro
55º - Bodas de Ametista
60º - Bodas de Diamante
65º - Bodas de Platina
70º - Bodas de Vinho
75º - Bodas de Brilhante ou Alabastro
80º - Bodas de Nogueira ou Carvalho
85º - Bodas de Girassol
90º - Bodas de Álamo
100º - Bodas de Jequitibá



sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Mudanças na rotina

Eu sou uma pessoa muito sistemática e gosto de ter uma rotina definida. De certo que isso não ocorreu no meu primeiro ano de casamento.

           

Eu sou formada em pedagogia e trabalhei em escola desde os meus 17 anos. Quando casei, aos 23 anos, já era professora há bastante tempo. Eu trabalhava apenas na parte da manhã, numa escola bem perto da minha casa, que dava pra ir andando. Minha rotina era incrível:

-De manhã meu esposo me deixava na escola
-Quando terminava a aula ele me buscava e almoçávamos juntos em casa
-Meu esposo voltava pro trabalho enquanto eu fazia as coisas de casa (lavar, passar, limpar, etc)
-Quando ele chegava em casa, eu estava linda e cheirosa!!!
-Íamos pra academia, voltávamos e jantávamos alguma coisa gostosa

Algumas amigas me diziam que minha vida era irreal e que ninguém tinha esse tipo de rotina. Bom, eu tinha e eu amava essa rotina. Foram 6 meses muito bons no início do casamento!

Porém, como nada dura pra sempre... eu senti necessidade de mudar um pouco minha vida profissional, descobrir outras coisas porque, se desse certo, ótimo. Se não desse certo, eu ainda era muito nova e poderia mudar novamente.

Surgiu uma oportunidade de trabalhar com educação bilíngue e intercâmbios, eu aceitei e fui. O problema é que agora eu trabalhava o dia inteiro. Embora o salário fosse bem melhor do que o de professora, eu não tinha tempo para mais nada. Viajava bastante, por um tempo trabalhei num escritório bem longe da minha casa (1h30 pra ir e pra voltar)... enfim, eu já não conseguia limpar a casa do jeito que gosto (sim, eu gosto de limpar e organizar as coisas!), eu estava sempre cansada e nos fins de semana não tinha muita energia, afinal, era o único tempo livre pra cuidar de tudo o que eu não dava conta durante a semana.

O meu esposo sempre me ajudou muito em casa. Quem me conhece sabe que, além de não saber cozinhar, eu não gosto nem mesmo de tentar aprender... já meu esposo, ele ama cozinhar e inventar coisas novas, por isso, desde o início do casamento sempre foi ele quem cozinhou em casa enquanto eu fazia as outras coisas. Mas quando comecei a trabalhar o dia inteiro, ele precisou me ajudar mais ainda. Tinha dia que ele lavava o banheiro enquanto eu lavava as roupas, ele cozinhava enquanto eu passava aspirador... e por aí vai. 

A ajuda do meu esposo foi fundamental, não somente pra manter a casa arrumada (de vez em quando tínhamos uma pessoa pra limpar a nossa casa, mas não era sempre), mas também porque através das atitudes dele eu vi o quanto ele me apoiava.

Ele poderia muito bem ter pedido para eu não mudar de emprego, continuar com nossa rotina deliciosa... e se ele pedisse, muito provavelmente eu teria atendido o pedido dele, pois eu também amava a vida que nós levávamos. Mas ele colocou esses desejos de lado pra me apoiar enquanto eu buscava novas experiências profissionais.

Bom, após praticamente 6 meses nesse emprego novo, surgiu uma nova oportunidade, ainda com educação bilíngue, mas apenas no período da tarde. Não hesitei em aceitar essa proposta porque eu realmente precisava de mais tempo.

Eu admiro muito as mulheres que dão conta de trabalhar o dia todo, cuidar da casa, do marido, dos filhos, dos animais de estimação, são bonitas, fazem a unha e se depilam... e algumas ainda estudam...

Eu não dei conta de fazer tudo isso, e olha que nem tenho filhos!!! Não dei conta fisicamente, mas principalmente, emocionalmente. Não conseguia me imaginar dedicando tantas horas do meu dia pra outras pessoas e tão poucas horas pra minha família. Pra mim era realmente muito mais importante receber meu esposo depois de um dia de trabalho com a casa limpa e cheirosa, estar disposta pra irmos passear a noite, de vez em quando, voltar a fazer exercícios físicos sem ficar pensando que nesse tempo eu poderia estava lavando e guardando a louça.

As pessoas são diferentes e cada pessoa tem um sonho diferente. O meu sempre foi cuidar da minha família e agradeço a Deus pela oportunidade que me deu de voltar a ter mais tempo.

Mas às vezes o seu cônjuge é do tipo de pessoa que tem muitos sonhos profissionais ou do tipo que gosta de estudar muitas coisas. Se você está com essa pessoa, você conhece os desejos do coração dela. Por isso você deve apoiá-la e ajudá-la a conquistar essas coisas.

Não é porque vocês são um casal, que vocês não podem ter desejos individuais. Vocês devem se reconhecer como indivíduos únicos, com sonhos, vontades e esperanças próprias, e muitas vezes, é necessário alcançar esses sonhos individuais para que o relacionamento a dois também cresça.

Quando passamos a entender os desejos e necessidades do outro e como isso nos afeta, podemos entender o quanto os nossos desejos também afetam a vida do cônjuge. No casamento devemos prezar pela felicidade do outro, ainda que isso signifique abrir mão de algumas coisas que você não queria abrir mão. 

No final da caminhada, quando os objetivos forem alcançados, você poderá olhar pra trás e reconhecer que foi seu esposo (a) quem esteve ao seu lado em todos os momentos, te dando apoio, e que vocês estão aonde estão porque se apoiaram e conquistaram as coisas juntos.

Não importa se o seu sonho seja ser uma grande executiva ou uma dona do lar, esposa e mãe. O que importa é garantir que sua família vai se beneficiar de todas as suas escolhas, mesmo que no caminho vocês passem por algumas dificuldades. 

As dificuldades, no mínimo, nos fazem amadurecer!

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

O seguro morreu de velho!


Eu e meu esposo somos muito diferentes. Algumas coisas que ele vê como precaução, eu vejo como bobagens. E algumas coisas que eu vejo como problemas graves para serem resolvidos AGORA, ele leva todo o tempo do mundo pra pensar a respeito.
                    
Quando compramos nosso apartamento o Meu Bem (é assim que eu o chamo) resolveu fazer um seguro para a casa. Eu achei uma bobagem, desperdício de dinheiro. Ele disse que eu estava sendo mão-de-vaca, porque o valor era muito, muito baixo (digamos que eu gasto mais indo à manicure).

Certo dia, enquanto eu estava numa viagem do trabalho e Meu Bem estava sozinho, tivemos um pequeno problema. Nosso encanamento da pia da cozinha não estava em perfeitas condições, porque ficava entupindo de vez em quando. Ao lavar a louça, juntou muita água e a cuba cedeu por causa do peso.

Digamos que o Fellipe não ficou muito contente de ter que tirar tudo o que estava guardado (e ensopado) no armário embaixo da pia pra lavar novamente, secar e guardar em outro lugar.
Mas como todo bom homem, o Fellipe se dá bem com os serviços manuais e colocou a cuba de volta. Porém, era necessário esperar alguns dias pra voltar a usar a pia normalmente, por isso logo que voltei de viagem precisei ficar lavando a louça no tanque da área de serviço até que cuba nova pudesse ser usada.

Nesse meio tempo, Meu Bem, que é um homem daqueles que brincava com a caixa de ferramentas desde pequeno, resolveu comprar um TUFÃO. Para quem não sabe o que é, provavelmente as mulheres (porque eu também não sabia), eu vou explicar resumidamente (até porque eu continuo meio sem entender): é um instrumento fino utilizado pra desentupir o cano.
Mas mesmo utilizando esse tal de TUFÃO, não deu muito certo e a pia voltou a entupir e voltou a cair.

Foi então que Meu Bem se lembrou do seguro da casa. Telefonou pra lá e eles enviaram um encanador, sem cobrar nada a mais, pois já pagamos uma mensalidade. O encanador trouxe seus instrumentos de trabalho, detectou o problema, desentupiu o cano e nós tivemos apenas que continuar lavando a louça no tanque por um tempo até a cuba estar liberada pro uso novamente.

Nesse dia eu fiquei muito agradecida por eu e o meu esposo sermos diferentes. Foi por ele ser prevenido com algo que eu achei que era bobagem que nós resolvemos essa situação tão chata em tão pouco tempo e sem dor de cabeça.

Já ouvi que os opostos se atraem e já ouvi também que os opostos se repelem. Mas de tudo o que me falaram sobre isso, o que mais gostei foi de uma vez que me disseram que os opostos, se dispostos, podem ser muito felizes!

Sabe aquela coisinha chata que te incomoda no seu cônjuge? Então, pode ser exatamente essa coisinha que falta em você e isso também o incomoda. Seja sempre humilde e manso para reconhecer que os "defeitos" do outro podem ser simplesmente as qualidades que faltam em você. Olhar uma situação pelos olhos de outra pessoa nos faz entender o ponto de vista dela e o que era um grande problema pode ser resolvido de forma pacífica.

Quando a gente ama alguém de verdade, a gente não ama "PORQUE", mas a gente ama "APESAR DE".

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Ria mais, reclame menos!

Eu sou a filha caçula em casa, tenho um irmão mais velho, então já dá pra imaginar a superproteção que existia.

                     I CAN'T KEEP CALM TEM 13 CHAMADAS PERDIDAS DA MINHA MÃE

Sempre tive horário pra chegar em casa, e era à meia-noite. E "ai-de-mim" se reclamasse, afinal, quanta benevolência me permitirem chegar tão tarde assim!!! (hahaha)

Quando dava 23h30 começavam as mensagens e telefonemas perguntando aonde eu estava, porque a essa hora eu já deveria estar no caminho de volta pra casa, para estar em casa à meia-noite.

Nós sempre nos esforçamos pra respeitar o horário, afinal, era a casa dos meus pais e eu lhes devia respeito. A casa era deles, as regras também eram deles. Embora fosse difícil aceitar e concordar, eu tentei entender que era normal. (rsrs)

Faltando 2 meses para meu casamento eu fui à despedida de um casal de amigos que estava se mudando para os EUA, a Susã e o Gustavo. Foi muito divertido, comemos besteiras, lembramos de coisas vividas na faculdade, falamos sobre casamento... tudo perfeito. Até que olhei o celular e tinham 5 chamadas perdidas da minha mãe. O frio subiu pela espinha e pensei "de hoje eu não passo, não vou sobreviver pra contar essa história". O horário estava próximo de 00h30.

Saímos correndo do restaurante, entramos no carro e dirigimos como doidos para amenizar o problema.

Passado o pânico, alguns dias depois decidimos que quando a gente se casasse, não teríamos horário pra voltar pra casa. Iríamos comprar um ingresso pro cinema, na sessão mais tarde que tivesse, do filme mais longo que estivesse em cartaz.

E foi o que fizemos. Compramos um ingresso para um filme de quase 3h, na sessão da meia-noite. Foi muito divertido e nós estávamos MUITO animados por chegar tão tarde no cinema e voltar pra casa mais tarde ainda, sem medo do meu telefone ficar tocando e recebendo milhões de mensagens. 

Depois desse ocorrido fiquei pensando em como a gente se diverte com tão pouco. E acho que é isso também que faz nosso casamento ser tão bem vivido e tão gostoso.
A gente se diverte com piadas que só a gente entende, se diverte falando sobre seriados, se diverte chegando tarde em casa...

Porque a vida já é cheia de complicações, stress e problemas. Se a gente não aprender a rir juntos das coisas, vai ser realmente difícil viver uma vida feliz. Eu não quero sobreviver dentro do meu casamento, eu quero viver meu casamento em sua totalidade.

Se você estiver atrasado, aproveite e pare pra tomar um sorvete; se estiver chovendo, aproveite pra dar um beijo de cinema embaixo da chuva; se você sair tarde do trabalho, aproveite pra ver um filme... Aproveite as oportunidades pra ser feliz e reclame menos!

E depois, ria de tudo isso.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Proibida a entrada de animais?

Quem me conhece sabe que eu amo animais, em especial os felinos!

                           


A grande maioria dos meus amigos que se casaram adotou um animal logo depois do casamento. Eu acho a ideia super bacana! Eu mesma adotei 2 gatos faltando 15 dias pro meu casamento.

Alguns dos meus amigos compraram animais de raça, outros adotaram vira-latas mesmo. E eu acredito que as duas opções são válidas se você for cuidar de verdade dos animaizinhos. 

Mas esse post não é pra falar sobre comprar ou adotar (embora eu tenha uma opinião bem formada sobre isso!). Esse post é pra falar sobre a necessidade de  ter ou não um bichinho dentro de sua casa.

Já ouvi algumas opiniões dizendo que quando você adota um bichinho logo que se casa é porque sente que sua casa está vazia demais apenas com duas pessoas. Também já ouvi muitas pessoas dizendo "Tenha um bichinho de estimação, já vai treinando para quando vier um filho".

Recentemente um dos meus gatos passou por um sério problema de saúde, inclusive precisou fazer uma cirurgia arriscada e ficar internado por vários dias. Mas essa história é tão longa que merece um post só pra ela. O que quero dizer é que eu sei bem o trabalho que dá ter um bichinho em casa e o quanto pode ser difícil (e caro $$$) cuidar bem de um bichinho.

Mas, gente... filho é filho, animal é animal!
Por mais que alguns pets necessitem de mais atenção e cuidados que outros, isso não se compara ao cuidado que uma criança precisa. 

Não tenha um animalzinho para treinar para quando vier um bebê. Vocês precisam ser responsáveis com o seu pet também!!!
Isso sem contar os casais que adotam um bichinho, mas quando chegam os filhos, se livram do bichinho porque não conseguem administrar os dois, ou tem medo de que ele machuque o nenê, ou por N motivos.

Tenha um bichinho porque você tem amor de sobra para dar a ele.
Não adote porque sente a casa vazia, não adote para treinar, não adote pra ocupar o seu tempo. Adote um bichinho porque você quer cuidar dele.

Se você e seu cônjuge estão bem, se vocês tem espaço e disposição e se vocês amam cuidar de animais, tenham um bichinho e sem dúvida seu lar ficará mais alegre do que já é.

Mas se por algum motivo vocês não podem ter um bichinho agora (falta de espaço, falta de grana, alergias e etc), vocês ainda podem ajudar muitos bichinhos em ONGs fazendo doações em dinheiro, doações de rações e remédios ou tirando um dia da sua semana para auxiliar alguma ONG que está precisando de voluntários. Existem lugares LOTADOS de animaizinhos que sobrevivem apenas com doações. E os gastos são muitos (veterinário, vacina, medicação, curativos...) quando um animal vem das ruas, muitas vezes vítima de maus tratos.

Eu gosto de pensar que um casamento deve ser feliz entre os cônjuges, independentemente do que está ao seu redor. Mas também gosto de pensar que muitas coisas acrescentam felicidade num casamento. Para alguns são os filhos, para outros são seus bens materiais e para outros ainda pode ser apenas uma bolinha de pelos ronronando (ou latindo) aos seus pés no fim do dia.

Para quem ficou curioso em conhecer meus filhos peludos:
  
                            
Esse é o Bruce. Ele tem 1 ano de idade e ele é capaz de comer qualquer coisa que estiver à frente dele (inclusive se você não ficar atento, ele rouba comida do seu prato). Ele é brincalhão, carinhoso e companheiro. Sempre está onde nós estamos, faz questão de sempre sentar/deitar perto de nós.

        
Esse é o Bóris. Ele tem 4 anos e meio. Embora ele seja de raça (Persa), ele também foi adotado, pois sua antiga dona precisou se mudar e não tinha como levá-lo. É praticamente impossível tirar uma foto dele em que ele não esteja deitado/dormindo. Ele já foi bem mais peludo, mas após sua cirurgia o pêlo está demorando para crescer e em alguns pontos já não cresce mais.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

A esposa impecável e o forno elétrico

Digamos que eu não me dou muito bem com a cozinha e com as coisas que se relacionam a ela.

                           


Quando chegamos  de lua-de-mel todos os eletrodomésticos da cozinha ainda estavam em suas caixas. Resolvemos descansar um pouco, pois a viagem foi longa. Meu esposo dormiu em poucos segundos (como de costume), mas eu não conseguia parar de pensar nos eletrodomésticos dentro das caixas.

Resolvi levantar e arrumar a cozinha inteira e quando terminei estava me sentindo realizada, porque tudo estava em seu lugar e eu tinha sido uma ótima esposa arrumando as coisas enquanto meu esposo descansava.

Logo depois o Fellipe acordou e, embora tenha me achado meio louca, ficou contente. Eu havia cumprido meu papel de esposa impecável. Resolvemos, então, estrear o forninho elétrico assando alguns pães de queijo.

Qual não foi a nossa surpresa ao abrir o forninho e ver que não tinha nem forma e nem grade dentro dele. Como assim, gente? Como que o forninho vem sem alguma coisa dentro???

Aí meu esposo pergunta:

-Meu bem, onde está  a caixa do forninho?

-Ué, joguei fora, junto com as outras!

-Pela minha experiência o forno elétrico sempre vem com alguma coisa dentro. Acho que você jogou a caixa junto com o restante das peças.

(HAHAHAHAHAHAHA - foi o restante da fala dele pra mim)

Pra piorar, o lixeiro já havia levado todas as caixas, junto com as peças do forninho que eu joguei fora. Eu não sabia se morria de vergonha por ter sido tão tapada ou se morria de raiva porque teria que comprar as peças separadas...

Conclusão 1: Se você não entende nada de eletrodomésticos, não jogue nada fora antes de ter certeza que eles estão completos, ou você terá que comprar uma peça nova direto da fábrica.

Conclusão 2: Eu não deixei de ser uma esposa impecável por ter jogado parte do forninho no lixo, mas talvez teria sido muito mais importante descansar com meu esposo e depois, juntos, tirarmos as coisas das caixas.

Com o tempo fui entendendo que era muito melhor deixar um pouco de louça suja na pia, ou roupas pra passar, ou coisas pra guardar, para que eu pudesse ficar mais tempo com o meu esposo.

A casa pode ser arrumada em outra hora, em outro dia; se você não tirar as coisas de dentro das caixas, elas ainda estarão lá quando você voltar... mas o tempo de qualidade que você perdeu com alguém que você ama, isso não irá voltar...

Você não será uma esposa ou um esposo ruim se escolher aproveitar um momento com seu cônjuge em vez de arrumar a casa. Mesmo que isso custe um pouco de bagunça e algumas caixas fechadas (e uma leve insônia, no meu caso rs...).



sexta-feira, 9 de outubro de 2015

O dia depois do SIM

Lembro-me do episódio de F.R.I.E.N.D.S do casamento da Mônica e do Chandler, que ao sair do hotel a Mônica diz "Não sou mais uma noiva, agora sou somente a esposa de alguém".

                            

Quando eu estava noiva, aparentemente, havia um pó mágico de pirlim-pim-pim-que-faz-tudo-ser-gracioso. Qualquer frase que eu falasse ou fotos que eu postasse, todas as pessoas diziam que tudo era lindo e que essa fase era deliciosa.

Pouco depois do meu casamento começaram a me perguntar quando eu ficaria grávida. Como assim, gente?

Mas toda noiva e toda grávida leva consigo um pouco do pó mágico de pirlim-pim-pim-que-faz-tudo-ser-gracioso.

E as esposas, que agora não são mais noivas (são somente a esposa de alguém) e não estão grávidas? Deixam de ser graciosas?

Muitas pessoas que noivaram e casaram depois de mim já me ouviram dizer que casar foi uma das melhores decisões da minha vida, se não a melhor. E, surpreendentemente, eu ouço de volta "Ainda bem que você disse isso, porque todo mundo me diz que estou fazendo uma loucura e que vou me arrepender!".

Oi???? Desde quando é legal falar pra quem está noivo ou pra quem é recém casado "Claro que vocês estão felizes, estão em lua-de-mel, deixa passar alguns anos pra vocês verem o que é um casamento de verdade". Parece que algumas pessoas esperam pelo momento em que tudo vai dar errado.

Posso ser muito idealista e algumas pessoas dirão isso porque sou casada há pouquíssimo tempo, mas eu realmente acredito que a lua-de-mel não precisa acabar quando voltamos da viagem, ou quando passa um prazo de "casamento feliz", de 2 ou 5 anos.

Eu acredito que é possível viver um casamento feliz desde o dia do "SIM" até as Bodas de Ouro. E é por isso que resolvi escrever sobre como as pequenas coisas do dia-a-dia me fazem feliz.

Viva seu casamento todos os dias como se fosse o dia do SIM, vista suas roupas todos os dias como se fossem o traje do seu casamento; se emocione ao olhar para sua aliança igual ao dia em que ela foi colocada no seu dedo... as dificuldades virão, mas vocês podem passar por elas juntos!

O casamento continua sendo uma das melhores decisões da minha vida. Que seja a sua também!