Apresentação

Pra quem acredita que a lua-de-mel não acaba quando voltamos da viagem...

sexta-feira, 25 de março de 2016

Empatia

Essa é a Heloisa:



Ela é filha dos meus primos e foi um bebê muito esperado por toda a minha família. E, depois de ela nascer, vimos que a espera valeu a pena: Ela é uma graça! Amorosa, simpática, carinhosa... Um amor de criança!

Como a própria Heloisa fala, ela é uma criança especial (ou "pexial", no jeitinho que ela fala): Ela tem síndrome de Down. Desde quando isso foi descoberto, logo após o nascimento dela, muitas perguntas surgiram na minha cabeça. Como seria o desenvolvimento dela, ou como ela aprenderia as coisas que toda criança aprende... Mal eu sabia o quanto ela teria a ensinar pra todos nós.

Durante os poucos anos que a Heloisa tem, ela já ensinou a todos ao redor sobre como ser simpática, como tratar de forma amorosa todos ao redor, como recepcionar bem as visitas, como estar sempre feliz e ter um sorriso fácil pra mostrar a quem quiser ver. Ela é uma pessoa apaixonante e meu amor por ela cresce a cada dia.

O amor é tanto, que vira uma saudade que dói. Várias vezes, quando passo um longo tempo sem vê-la, dá uma dor no peito só de lembrar dela. E toda vez que tenho que me despedir, é um chororô só. Da última vez que fui pra casa dela, pouco antes de ir embora, a peguei no colo e fiquei uns 20 minutos chorando enquanto tentava fazer com que ela dormisse.

Não lembro quando a Dona Moça conheceu a Heloisa. Acho que foi em alguma das férias que tivemos depois de começarmos a namorar, mas não vem ao caso. O fato que quero contar aqui aconteceu nas férias de julho do ano passado. Dona Moça e eu fomos juntos ao interior de SP, na cidade que minha mãe nasceu, passar uns tempos com a família. E a Heloisa estava lá. Foram dias muito gostosos. Passeamos por várias cidades, fomos em parques, zoológico, fomos fazer compras, comemos em vários restaurantes legais... Enfim, foi uma diversão só.

Na hora de ir embora, aconteceu algo interessante. Eu, pra variar, estava cheio de lágrimas nos olhos. Dentro do carro, viro pro lado pra falar com a Dona Moça, e ela também estava no limite do choro. No momento que olhei pra ela, ela diz "Não olha pra mim senão eu choro".

Olhando pra trás eu vejo que isso é a definição de empatia. A Dona Moça não somente entendeu o meu sentimento dentro daquela situação. Ela vivenciou comigo o mesmo sentimento. Ela se sentiu exatamente como eu me senti. Desse dia em diante, pude perceber como esse tipo de acontecimento é recorrente e como a empatia dentro de um relacionamento é de tremenda importância.

As duas pessoas dentro de um relacionamento trazem o que são para o relacionamento. Seus medos, seus objetivos, suas ansiedades, o que se quer e o que se deixa de querer. Com o tempo, um passa a entender as atitudes e necessidades do outro através do conhecimento que é desenvolvido pelas conversas e pelo tempo que se passa junto. Eventualmente, desde que haja comunicação e vontade de ambas as partes, surge a empatia.

Chega um ponto em que não somente se entende o que passa na cabeça de outra pessoa. A mesma coisa passa pela sua cabeça. Chega um ponto em que não somente se entende o sentimento um do outro, mas o sentimento é compartilhado. Claro que isso não acontece de forma absoluta e eterna. É algo que sempre vai se desenvolver dentro do relacionamento, desde que os dois queiram e se esforcem pra isso.

Que fique claro que nem eu e nem Dona Moça somos videntes, temos bolas de cristal ou qualquer coisa que o valha. Claro que há vezes que nos desentendemos, mas a vontade que temos é sempre de procurar entender o que passa na cabeça um do outro. Enquanto isso acontecer, o amor fica cada vez mais forte.

1 Amplexo!

OBS: A ideia desse tema veio a partir de um evento que ocorreu no último domingo: o CaminhaDown, que é um evento anual pela conscientização da população sobre as pessoas com Síndrome de Down. Essa é a nossa família apoiando a nossa Heloisa:



E essa é uma instituição de queridos amigos nossos, a Amigos da Angel, que apoia crianças com Síndrome de Down aqui em São Paulo.


E essa é uma foto que eu quis colocar aqui porque tá bonita. E tem a Dona Moça e eu. E um coração também. É muito amor!



Outro Amplexo!

sexta-feira, 18 de março de 2016

Fases

Eu já contei que eu e o Meu Bem nos conhecemos desde a adolescência (aqui) e que temos muitos amigos em comum, porque participávamos das mesmas coisas. Como todas as pessoas, tínhamos um grupo de amigos mais próximo. E nós dois fomos os últimos desse grupo a se casar.

                    

Quando estávamos noivos, um colega nosso brincou que no fim de semana sairia com o "grupo dos solteiros", e que já que estávamos quase casados, não éramos mais tão legais. Eu tenho plena certeza de que isso era brincadeira, mas aquilo me deixou triste por muito tempo. Eu estava ansiosa para me casar, para fazer programas em casais com nossos amigos, para chamar meus amigos casados na minha casa, entre tantas outras coisas. Mas nunca imaginei que ser casado "tiraria" de mim algumas companhias.

Depois do casamento alguns colegas realmente se distanciaram. Alguns até mesmo mais velhos que nós. A questão não era idade, nem maturidade. O problema é que cada um estava em uma fase. Quem era solteiro, queria fazer determinadas coisas. Nós, os casados, sempre tínhamos outros planos.

De todas as coisas dentro do casamento, essa foi (e tem sido) uma das mais difíceis de me adaptar. De repente eu passei a ser a Sra. Petermann, e parece que as pessoas me tratam como uma senhora idosa e não como uma "menina" de 24 anos.

Até aí, tudo bem. Eu consigo entender que a gente acaba se aproximando de pessoas que vivem uma vida parecida com a nossa. Isso é comum em qualquer círculo de amizades.

Mas as coisas começaram a mudar mais ainda. Nossos amigos mais próximos começaram a mudar de fase novamente. Casados há mais tempo, começaram a planejar os filhos. E os bebês foram chegando, os amigos mudando de cidade, outros mudando de casa, mudando de igreja... tudo mudou.

Mas eu e o Meu Bem somos adultos, entendemos que as coisas mudam. Entendemos que novas amizades são feitas, que os encontros com os antigos amigos acontecerão menos vezes. E que cada vez mais teríamos que nos esforçar para estar perto das pessoas.

Passamos a ajudar em outro setor da igreja. Um setor cheio de adolescentes, onde as pessoas mais velhas somos, praticamente, eu e o Meu Bem. E embora tenham muitas pessoas responsáveis, da nossa idade inclusive, é como eu já disse antes... elas estão em uma fase diferente. Nós somos o casal casado que está no meio deles. A gente acaba sentindo que tem certas responsabilidades que eles não tem, mesmo com a mesma idade que nós.

No final das contas eu concluí que é muito difícil ter essa vida "de gente grande", onde as pessoas realmente tem expectativas sobre você única e exclusivamente por você ser uma pessoa casada.

Concluí muitas outras coisas. Muitas delas não precisam (e nem devem) ser ditas nesse post porque não fazem parte da ideia que quis escrever. Mas uma das coisas que deve ser dita aqui é que eu gostaria que todos esses desencontros com os amigos fossem um acaso, ou um momento, mas eu sei que não são.

Percebo ao olhar casais mais velhos que as mudanças na vida são realmente muito grandes. Que pessoas entram e saem da nossa vida com muita frequência. Que aquela história de que "as pessoas especiais sempre estarão na sua vida" não é 100% verdade, porque as circunstâncias da vida nem sempre permitem que a distância seja curta. As pessoas mudam mesmo. Eu mudo e vou mudar ainda mais com o tempo.

Com esse pensamento, eu concluo mais uma coisa. Concluo que manter as amizades é uma das coisas mais difíceis da vida. Exige boa vontade, exige disposição, exige tempo e muitas vezes exige dinheiro também. E se não estivermos dispostos a tudo isso, as amizades vão se perder mesmo.

No último final de semana eu e o Meu Bem estávamos numa programação com os adolescentes da nossa igreja. Um casal de amigos nossos (Paulinho e Ana), que não tem jeito nenhum com adolescentes, que não gosta de muvucas e que está acostumado a outros tipos de programação, resolveu deixar de sair para prestigiar nossa programação com os adolescentes. No final da programação batemos um papo, demos risada e fomos embora. Para mim isso foi uma prova de  que existe interesse deles em serem nossos amigos. 

Quem quer, arruma um jeito. Quem não quer, arruma uma desculpa.

Eu e o Meu Bem decidimos há algum tempo que sempre faríamos de tudo para estar perto dos nossos amigos. Quando eles combinassem alguma coisa, nós diríamos sim; quando eles não combinassem, nós iríamos sugerir; quando precisássemos viajar para vê-los, nós assim faríamos... porque eu quero sempre ter a certeza de que fiz tudo o que estava ao meu alcance para manter o contato as pessoas que são importantes para nós. Se um dia a gente se distanciar não quero pensar que isso aconteceu porque eu não me dediquei às pessoas.

Se hoje você está passando por uma situação parecida, se está se sentindo perdido porque você se casou, se as pessoas culpam seu casamento de ter "mudado você", faça um combinado com seu cônjuge. Combine de nunca desistir das pessoas que estão por perto de vocês, sejam elas família ou amigos. Combine de dar mais crédito às pessoas e ver o melhor delas (às vezes elas também estão numa situação difícil).

A vida de um casal é deliciosa quando os dois estão bem, estão juntos e aproveitam esses momentos. Mas a vida de um casal não pode ser somente o casal. Todas as pessoas precisam ter outras pessoas por perto, trocar experiências, deixar por um tempo o papel de cônjuge para assumir o papel de filho, de amiga, de prima, de irmão, de homem e de mulher. Precisamos de amigos e de família, assim como precisamos do nosso cônjuge.

Ser casado não é ser separado do restante das pessoas. Lembre-se de que o esforço será grande, mas se manter perto de outras pessoas também pode valer a pena.




sexta-feira, 11 de março de 2016

O Porquê do Amor

Recentemente eu me encontrei com um par de grandes amigos meus. Como não nos víamos há um certo tempo, ficamos conversando durante umas boas horas. Afinal, nós três gostamos muito de falar e tinha muita novidade pra contar.

Um dos meus amigos estava começando um relacionamento um rolo novo depois de alguns meses do término de um namoro. e ele estava super feliz, pois com essa nova pessoa ele podia ser ele mesmo, o que não era o caso com a namorada anterior.

Devo dizer que ser eu mesmo no meu relacionamento com a Dona Moça era uma coisa que me preocupava muito no início do namoro. Eu sempre gostei de fazer piadinhas e tirar sarro das pessoas que gosto e das situações que passo, tudo na sincera intenção de brincadeira. O problema é que sei que nem sempre essas coisas são vistas como brincadeira, e já irritei algumas pessoas nessas situações, mesmo sem a intenção de fazê-lo. Até aí, tudo bem. O problema é quando passa da irritação pois, eu devo assumir, já fui muito sem noção nessas situações. E isso não era algo que eu queria fazer com a Dona Moça. Eu sempre a vi como uma pessoa muito madura, pensava que minhas brincadeiras poderiam a deixar irritada.

Uma das primeiras coisas que pensei quando comecei a namorar com a Dona Moça foi que eu não poderia fazer nenhuma dessas coisas. Não podia brincar demais, pois ela ia me achar um tonto e não ia querer namorar comigo. Quanto mais o tempo passava, mais aflito eu ficava, pois via o quão maravilhosa ela era e que eu realmente não poderia estragar isso.

Mas aí o tempo foi passando, eu fui me soltando e uma brincadeirinha aqui e lá... Até que eu me preocupei em estar brincando demais. Fui até a Dona Moça e perguntei se ela se incomodava com as minhas brincadeiras e com a minha auto-denominada imaturidade. Ela me respondeu o seguinte:

- Mas eu não acho você imaturo. Você gosta de ser brincalhão, mas quando o assunto pede, você sabe ter seriedade.
Isso foi, honestamente, um tremendo choque. Eu nunca tinha me visto como uma pessoa madura até que ela me disse. E o mais legal de tudo: Ela gosta de mim por mim. Ela não gosta de mim porque sou um bom partido, nem por quaisquer outras qualidades ou coisas que eu pudesse oferecer. Ela simplesmente gosta de mim.

Isso foi como ter descoberto a América. Eu poderia ser eu mesmo pois era exatamente disso que ela gostava.

Que fique bem claro que o fato de eu ser de determinado jeito não desculpa meus defeitos e nem tira a necessidade de suprimi-los. Mas saber que eu posso ser quem sou, e que ela me ama justamente por isso, é uma das melhores coisas que senti na vida.

Ser quem se é dentro de um relacionamento não quer dizer que a caminhada não terá tropeços. As brigas vão acontecer, num momento ou outro. Mas não importa o tamanho da discussão, e nem o motivo da mesma, pois nenhuma briga vai mudar quem a Dona Moça é. E já que eu a amo por quem ela é, não há briga nenhuma que vai mudar isso.

E tenho certeza que a recíproca é verdadeira.


OBS: Hoje em dia ela está melhor que eu nas brincadeiras e trocadilhos!




1 Amplexo!


sexta-feira, 4 de março de 2016

Bilhetes de guardanapo

Há alguns dias eu e o Meu Bem fomos convidados para sermos padrinhos de um casal muito especial: O Thiago e a Dona Moça.
                                           



O convite deles para os padrinhos foi algo bem criativo e significativo. Eles nos deram um livro (esse da foto acima) que se chama "826 notas de amor para Emma".

O livro conta a história verídica de um pai que preparava o lanche da sua filha todos os dias e, juntamente com o lanche, ele colocava um guardanapo. Mas não era um simples guardanapo. Era um guardanapo com uma mensagem que ele escrevia para que sua filha lesse na hora do almoço. Eram mensagens simples como "eu te amo" ou uma frase motivacional que ele gostava.

Quando sua filha estava na pré-adolescência esse pai descobriu que tinha câncer e as mensagens de guardanapo se tornaram uma forma de se conectar de maneira mais profunda com sua filha. Com o medo da morte ele queria ensinar para Emma, através de suas notas, tudo aquilo que ele poderia para que ela se tornasse uma adulta confiante.

A história é emocionante. Eu mesma chorei em diversas páginas do livro. Juntamente com o livro, o Thiago e a Dona Moça escreveram uma mensagem linda em um guardanapo e marcaram uma página do livro que trazia uma mensagem para nós.

Na nossa página estava escrito o seguinte:

"A vida não precisa ser perfeita para ser maravilhosa".

Eu poderia parar o meu post por aqui que você, provavelmente, já ficaria pensando na profundidade dessa frase. Inclusive, eu tive muita dificuldade para continuar o post depois dela. Escrevi e apaguei diversas tentativas de algo que desse continuidade à essa mensagem.

A verdade é que a continuidade dessa frase vai depender daquilo que está no seu coração e dos sonhos que você teve para sua vida.

Eu tenho muitos sonhos na minha vida. Alguns deles já foram frustrados e eu tive que recomeçar, que criar novos sonhos e esperar outras coisas da vida. Minhas exigências diminuíram ao longo das experiências que fui vivendo, porque entendi que se eu for esperar por uma vida perfeita, eu vou me frustrar muitas vezes.

Outros sonhos eu tive a chance de realizar e eles saíram exatamente como eu esperava. Mesmo assim não consegui realizá-los sem lutas e muito menos sozinha.

A verdade é que não existe um momento da nossa vida em que vai aparecer uma tela (igual às novelas) com os dizeres "Alguns anos depois..." e nós vamos acordar com a vida ganha e todos os objetivos alcançados.

E mesmo se isso acontecesse, não seria triste chegar um momento na vida onde não temos mais nada para sonhar e nem nada para esperar?

Quando estava noiva eu ficava muito ansiosa pelo dia do casamento. O  meu pai sempre me dizia "Calma, filha, o melhor da festa é esperar por ela". Você já ouviu falar de algumas pessoas que sentem saudade dos preparativos do casamento? Na verdade, acredito que ninguém sente falta da loucura e do stress dos preparativos. Mas muitas vezes sentimos falta de ter aquele frio na barriga, aquele sentimento de não saber o que vai acontecer, mas saber que será algo bom, aquela vontade de ver um sonho realizado... 

Muitas pessoas não levam seu casamento adiante porque colocaram sua expectativa inteira em um único dia. E a realidade da vida diária não é fácil. Na época do namoro as pessoas costumam se encontrar apenas para sair, passear, passar bons momentos, ir num bom restaurante... Normalmente as pessoas estão felizes quando estão com seus namorados.

No casamento, de um dia para o outro, tudo muda. Nós precisamos encontrar com a outra pessoa quando acordamos de mau humor, quando estamos com raiva do trânsito, quando ficamos decepcionados no trabalho ou quando temos que continuar estudando enquanto queríamos descansar. No casamento, nós mostramos para a outra pessoa o melhor e o pior que podemos ser.

E isso dá a impressão de que a vida não é maravilhosa. Mas a verdade é que a vida não é perfeita. Nunca será. Sempre buscaremos por algo que ainda precisamos. Não podemos (e nem devemos) deixar de almejar determinadas coisas para nossa vida.

Precisamos aprender que a felicidade não é o destino. A felicidade é o caminho. 

Existem pequenas coisas que podem transformar um dia comum em um dia maravilhoso. Esse livro sobre as mensagens de guardanapo mostra exatamente isso. Um pai que tinha muitos motivos para se arrastar pela vida, desistir de tudo e se tornar o centro da atenção de todos. Mas ele preferiu continuar a sua vida fazendo alguma coisa para que a vida dos outros fosse recheada com amor.

Com um ato simples de escrever um bilhete para a sua filha todos os dias ele conseguiu encontrar uma razão para não desistir da vida. E conseguiu fazer da vida dele e de sua família, uma vida maravilhosa. Ainda que cercados por uma doença grave.

O que você tem feito para transformar a sua vida e a vida de sua família em algo maravilhoso?

Será que você poderia escrever um bilhete para seu cônjuge todos os dias? Quem sabe preparar o jantar algumas vezes na semana? Não seria uma boa ideia sua esposa chegar em casa e encontrar tudo limpo e organizado? E se um dia você se sentar ao lado do seu esposo para assistir aquele esporte que ele gosta? Às vezes a pessoa com quem você vive só precisa conversar e o que pode deixar a vida dela maravilhosa é o fato de você apenas ouvir.

A vida não precisa ser (e não espere que seja) perfeita para ser maravilhosa.

Pequenas atitudes diárias podem transformar seu casamento em algo maravilhoso de ser vivido.