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Pra quem acredita que a lua-de-mel não acaba quando voltamos da viagem...

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Organização financeira

Demorei horas para pensar em qual post escreveria hoje. Todos os que eu comecei pareciam horrorosos. Fiquei totalmente sem inspiração. Até que em uma conversa aleatória durante a semana decidi escrever sobre isso.




Meu plano era escrever sobre esse assunto quando nossa vida financeira estivesse 100% estável, mas cheguei à conclusão que isso pode demorar (rs).

Então decidi compartilhar como está minha vida hoje e como fazemos para nos organizar com o que temos.

Quando eu e o Meu Bem estávamos noivos, ficamos pensando se faríamos uma conta conjunta ou não. Alguns amigos nossos tinham conta conjunta e parecia funcionar. Mas no final, decidimos que não faríamos isso porque nós dois temos conta no banco da empresa e tínhamos benefícios por isso. 

Mas uma coisa já estava pré definida. Não existiria "meu dinheiro, seu dinheiro". Existiria apenas o NOSSO dinheiro. Por exemplo, se eu ganhasse R$1.000,00 e ele R$1.500,00, juntos teríamos R$2.500,00 para as contas do mês.

O Meu Bem ganha mais do eu, afinal, minha profissão não é muito reconhecida financeiramente nesse país. Por isso, logo que casamos o Meu Bem pagava todas as contas e o meu salário ia para a poupança. 

Essa foi uma boa escolha. Por causa disso que conseguimos viajar algumas vezes no ano passado e tínhamos uma reserva de dinheiro quando o Bóris começou a ficar doente. (Se você não conhece a história do Bóris, leia aqui)

Porém, em determinada época do ano, o salário do Meu Bem começou a não cobrir todas as contas sozinho. Isso porque os gastos que tivemos com o Bóris foram muito além do que a quantia que tínhamos na poupança. Além de outras coisas que tivemos que priorizar ao longo do ano e acabamos acumulando algumas dívidas bobas, que se tivéssemos conversado juntos, poderíamos ter evitado. Mas como acabamos "escondendo" um do outro, quando descobrimos, foi difícil de resolver.

Então nós sentamos juntos e redefinimos as contas. Meu salário passou a ser utilizado também para pagar contas e não apenas para poupança.

Assim conseguimos resolver as piores dívidas, que nos atrapalhavam todo mês (as dívidas que sobraram depois que o Bóris querido veio a falecer). E, resolvendo isso pudemos respirar um pouco. Ainda assim (quem tem dívida sabe) as coisas foram se acumulando e novas necessidades foram surgindo.

Ficamos perdidos e quase surtamos por não saber como resolver a situação. Então, eu que preciso ser muito organizada e ter tudo à mão, falei com Meu Bem que eu precisava ter o controle de todos os gastos. Montei uma planilha para cada mês e imprimi, porque eu não consigo me organizar com planilhas no computador.

Passei a organizar cada detalhe da planilha. Cada gasto que nós temos, eu anoto. Seja no crédito ou no débito. Eu imagino que muitas pessoas já façam isso com suas contas particulares, mas eu acho extremamente importante fazerem isso como um casal.

Não deve haver segredos sobre a quantia de salário de cada cônjuge. Eu conheço casais que não contam para o cônjuge qual é o seu salário. E ainda por cima, quando, por exemplo, a esposa paga a conta que deveria ser do esposo, ela cobra que ele lhe devolva o dinheiro.

São casais que não compartilham o que tem e não chegam em acordo com suas finanças. Esses casais tem possibilidades muito grandes de desistirem do seu casamento, afinal, não existe honestidade e esclarecimento entre eles. Ainda não aprenderam o que é ser uma só carne e, inconscientemente, sabem que não podem contar um com o outro já que vão ficar em dívida.

Dessa forma, acabam entrando em dívidas pessoais, que não compartilham com o cônjuge, escondendo assim sua situação financeira e, num momento de necessidade, pode ser que nenhum dos dois tenha, pois não conversaram entre si para poupar o dinheiro.

Outra coisa importante é aprender a viver de acordo com o seu padrão. Quando eu e o Meu Bem éramos solteiros, mesmo namorando ou estando noivos, nós tínhamos um padrão de viajar pelo menos uma vez por ano para fora do Brasil. Conseguimos manter isso no primeiro ano de casamento, porém, no segundo ano tivemos que abrir mão disso por causa de coisas mais necessárias, como por exemplo: colocar cortinas em casa, trocar de sofá (porque o nosso acabou estragando), juntar dinheiro para uma outra viagem mais especial que estamos planejando com a família, dentre outras coisas.

No começo ficamos chateados porque não iríamos viajar esse ano ou porque não saímos para jantar fora com a mesma frequência de antes e também reduzimos nossas surpresas que costumávamos fazer um para o outro.

Mas entendemos que agora as coisas são diferentes. Por mais que nós dois ajudássemos com algumas contas na casa dos nossos pais, hoje é diferente. Temos TODAS as contas da NOSSA casa, temos parcelas altas do apartamento que compramos, temos que fazer pequenas reformas de vez em quando... enfim, as prioridades mudaram.

Se dentro do casamento nossos desejos forem egoístas e continuarmos vivendo como se não tivesse outra pessoa em nossa vida, o casamento certamente não durará. Se eu pensar que minhas necessidades são maiores que as do meu esposo, quando houver uma necessidade mútua, pode haver conflitos até que se chegue numa solução.

Casamento deveria ser um sinônimo de altruísmo, onde nos doamos pelo bem estar do outro. Se marido e mulher agirem dessa forma, os dois continuam ganhando. E com o benefício da confiança e respeito mútuo.

Esse caminho rumo às bodas de ouro, de diamantes e pelo resto da vida deve ser trilhado a dois. Ninguém consegue chegar lá sozinho.

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Aqui está o modelo da planilha que usamos, lembrando que esses dados são apenas exemplos, não são nossos gastos reais.






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