Apresentação

Pra quem acredita que a lua-de-mel não acaba quando voltamos da viagem...

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Player 1 e Player 2

Eu estava conversando com um rapaz que trabalha comigo. Ele tem 19 anos e nunca esteve em um relacionamento. Então perguntei para ele: 
-Qual assunto chamaria sua atenção no meu blog?

Ele respondeu:
-Eu queria ler sobre os benefícios para um casal que joga videogame junto.

HAHAHAHA

Foi assim que decidi o tema de hoje.



Quando eu e o Meu Bem nos casamos, ganhamos diversos presentes, como a maioria dos casais. Alguns desses presentes não estavam na nossa lista e outros nós nunca imaginamos que alguém nos daria. Foi o caso do videogame.

Nós estávamos em lua-de-mel quando recebemos um vídeo pelo whatsapp. Era um vídeo do meu cunhado (e co-autor do blog), Thiago e do Rodrigo (nosso padrinho que é tipo um irmão do Fellipe).

O vídeo era bem engraçadinho e eles começavam dizendo que haviam comprado um cabo de presente para nós. O cabo deveria ser conectado em um lugar X... e assim por diante, eles terminaram o vídeo mostrando que tinham comprado um videogame com 2 jogos e dois controles como presente de casamento. 

O Meu Bem vibrou com aquela notícia, porque o videogame que ele tinha havia ficado para o Thiago, que ainda não estava nem mesmo noivo da Dona Moça. Foi um super presente.

Eu confesso que fiquei bastante feliz com aquele presente também. Eu cresci jogando videogame com meu irmão e também jogava alguns jogos no computador e, embora eu tenha parado de jogar há alguns bons anos, era um presente e tanto!

Nesse ritmo de videogame, o Meu Bem resolveu comprar algum jogo que eu gostasse para então jogarmos juntos. Ele comprou um joguinho de luta de super heróis (INJUSTICE).

Eu comecei a jogar com ele e perdi todas as vezes. Pra quem me conhece bem sabe como eu SIMPLESMENTE ODEIO perder. Então, como eu estava de férias e o Meu Bem estava trabalhando, passei a tarde seguinte inteira jogando treinando para ganhar. 
À noite jogamos novamente, e dessa vez eu ganhei!!!!!

Foi a última vez que eu joguei. Deve fazer quase 2 anos que não jogo videogame hahaha

Algumas vezes o Meu Bem pediu que eu jogasse com ele, mas confesso que não sinto muita vontade de jogar. Acho que estou perdendo meu tempo de lazer enquanto poderia fazer outra coisa que eu goste mais.

Meu Bem acabou desistindo de me chamar pra jogar com ele. Ele sabe que eu não gosto, mas nós conseguimos chegar num consenso de como utilizar o videogame. 

Temos alguns colegas que proibiram o uso de videogame em casa para evitar que seu cônjuge passasse mais tempo ali do que em outras atividades, de forma que o videogame não seria saudável em casa. 

Eu acho válido desde que funcione na sua casa. Lá na minha casa não funcionaria esse tipo de proibição. É como se o Meu Bem me proibisse de olhar as redes sociais quando estou em casa. Ele passa dias, semanas sem olhar as redes sociais e está tudo ok. Se eu tiver que ficar com essa abstinência de internet, vou ficar muito irritada. O videogame funciona dessa forma para ele.

Muitas vezes precisamos de uma válvula de escape. Para algumas pessoas é um passeio, para outras é um livro, algumas gostam de meditar e umas precisam de um banho de banheira. Tem gente que esquece os problemas quando está na academia e outros quando estão cozinhando ou jogando futebol.

Não importa qual o jeito, mas todos precisamos de um momento em que não estamos pensando em nada nem ninguém. Somos seres humanos individuais, com gostos específicos, mesmo quando somos casados e não é porque somos "uma só carne" que temos que estar 24h grudados.

Lá em casa o videogame funciona nas horas vagas para o Meu Bem espairecer. As redes sociais e os livros de pintar são o meu escape. E se algum dos dois passa do limite, o outro avisa.

Pode ser que na sua casa as coisas não funcionem bem dessa forma, mas você não deve esquecer nunca da individualidade do seu cônjuge. Nós acumulamos tantas funções (profissional, esposa, filha, amiga, irmã, mãe, tia, cargos religiosos...) que se não pararmos um pouquinho vamos esquecer quem nós somos e vamos surtar.

Desde que eu namorava o Meu Bem ele dizia que haviam algumas coisas muito características em mim que fizeram ele se apaixonar. Com o passar do tempo tive medo de perder essas características, de não ser mais quem eu era. E, embora eu saiba que a gente muda todo o tempo e se transforma a cada dia, eu ainda quero manter aquelas coisas que são a base da minha personalidade. Para isso eu preciso muitas vezes parar sozinha e colocar a cabeça no lugar, refrescar meus pensamentos e recarregar minhas energias.

Permita que seu cônjuge tenha um momento só dele para fazer o que ele bem quiser. Combine dias e/ou horários para que cada um espaireça a mente. Se não estiver funcionando, reorganize.
Só não esqueça que, antes de serem um, vocês eram dois e precisam lembrar continuamente quem vocês são para não perderem a sua essência. 

Comecei o texto dizendo que o rapaz que trabalha comigo queria saber dos benefícios de jogar videogame juntos, mas eu não tenho muita experiência nessa área. O que eu posso dizer é que tudo aquilo que gostamos de fazer juntos, deve ser feito como forma de unir o casal. Mas aquilo que apenas um dos dois gosta de fazer, não se deve forçar para que os dois façam juntos, porém, deve ser respeitado, para que cada um faça no seu momento livre, respeitando as características individuais de cada um.

Um casal é feito de duas pessoas e nenhuma delas deve ser anulada por causa dos gostos do outro. 


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