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Pra quem acredita que a lua-de-mel não acaba quando voltamos da viagem...

sexta-feira, 21 de julho de 2017

A Agridoce Saudade do Amor

Como as pessoas que nos seguem nas redes sociais sabem, nós temos um novo membro na família. E, por razões óbvias, não há outro assunto dentro da família. Assim sendo, também obviamente, vou falar sobre o Giovanni.



O Gio nasceu essa semana (eu ainda estou tentando fazer esse apelido pegar), na segunda-feira pela manhã. Algumas horas depois, à noite, eu o vi pela primeira vez, ao vivo e a cores. A Dona Moça e eu estávamos esperando pelo nascimento dele desde que soubemos da gravidez da Angélica, morrendo de vontade de conhecer nosso primeiro sobrinho. Quando chegamos na maternidade, tinha tanta gente lá dentro que não conseguimos ficar com ele muito tempo. Além do mais, a Dona Moça não está em férias como eu, sendo assim, não pudemos ficar até tão tarde. Devido a isso, fui à maternidade no dia seguinte também.

Na terça-feira, consegui ficar um pouco mais com ele. Talvez por eu ter ficado com ele por mais tempo dessa vez, tudo o que eu não chorei na segunda, eu chorei na terça. Eu sempre fui do tipo manteiga derretida, nunca tive nenhuma preguiça pra chorar, mas o que foi o estopim para eu abrir o berreiro foi uma súbita realização que tive naquele quarto de maternidade: nem todo mundo vai conhecer o Giovanni. 

Não, não estou falando sobre fama. Estou falando de tantas pessoas que amariam-no, mas infelizmente não estão mais conosco aqui. Esse pensamento me veio à mente quando vi a avó da Angélica na maternidade. Eu não tenho mais nenhum dos meus avós, e eu sei que eles amariam muito esse menino bonito. 

Eu fiquei imaginando todos os meus 4 avós conhecendo essa criancinha, mas os que mais vieram à minha mente foram meu avô paterno e minha avó materna. Por motivos que só a vida explica, dentre os quatro, eles foram os mais próximos do meu irmão e de mim.

A minha vó Maria estaria eufórica. Ela chamava meu irmão de Marelo quando ele era pequeno e eu imaginei ela segurando esse novo Marelinho no colo dela, com o mesmo amor que eu tenho certeza que ela teve pelo meu irmão. O meu vô Honiel (é gente, é esse o nome) estaria com um orgulho de outro mundo. Ele ia ficar todo inflado, com um peito de pombo, pegando o Gio no colo e dizendo "só o vovô ama o nenê", da mesma forma que ele dizia pra todos os netos e bisnetos dele.

Assim que tive essa epifania, tive o reflexo de pegar o celular. Como a Dona Moça estava trabalhando, ela não estava comigo nesse momento, então eu tinha que contar tudo pra ela. Escrevi pra ela tudo o que eu estava sentindo naquele momento. Escrevi basicamente o que está escrito nesse texto, não para desabafar e tirar tudo isso de dentro de mim (afinal, eu já tinha tirado através de lágrimas, junto com meus pais, irmão e cunhada), mas sim porque eu precisava contar para ela como eu estava me sentindo. Eu precisava compartilhar esse sentimento com quem eu decidi compartilhar a minha vida.

Um casamento não é um relacionamento em que só o que é bom é compartilhado. Um casamento é um relacionamento em que tudo é compartilhado. Quando estamos felizes, tristes, eufóricos ou chateados, quem melhor para dividir tudo isso do que a pessoa com quem dividimos a cama?

Que no meio de tanta coisa ruim e difícil que ocorre na vida de todos nós, que o amor e a cumplicidade impere em nossos relacionamentos.

1 Amplexo!

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