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sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Felizes para sempre

Ontem o meu irmão Vinícius e minha cunhada Quielze se casaram no civil. A cerimônia religiosa acontecerá nesse final de semana e eu estou muito animada para isso, afinal, eu adoro casamentos (acho que já deu para perceber).

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Mas eu não vou contar para vocês a história deles dois. Não hoje. Quem sabe um dia, mas não hoje. Eu quero falar deles sim, mas quero falar mais para eles do que sobre eles.

O Vinícius é meu único irmão e, eu confesso, somos muuuuuito diferentes. Fisicamente, emocionalmente, profissionalmente... Sempre achei que, depois do sangue, a coisa que mais nos unia era a música. Ele é maestro e eu, cantora amadora (rsrs). Então quando nos juntávamos para alguma apresentação musical, em que ele regia e eu cantava, era como se houvesse uma ligação única entre nós. Como se eu entendesse tudo o que ele queria me dizer sem precisar dizer nada. Ele olhava para mim, no meio de um coral enorme, e eu sabia exatamente o que ele estava esperando. Em partes porque ele é excelente no que ele faz, em partes porque eu conheço exatamente as expectativas dele quanto à música. E isso era o que me fazia sentir mais próxima dele.

Nunca fomos daqueles irmãos que compartilham suas histórias e sentimentos. Nunca trocamos ideias sobre namoros ou casamento. Certamente ficava claro quando a gente não aprovava o namoro um do outro, mas não falávamos sobre isso.

Quando ele ficou noivo da Quielze, eu queria saber todos os detalhes, como foi o pedido, qual foi a reação dela... mas o máximo que eu ouvi dele foi: "Ela gostou, ficou feliz. Disse sim".

HAHAHAHA esse é meu irmão. E eu demorei pra entender que ele era assim, diferente de mim, que preciso escrever ou falar sobre o que estou sentindo o tempo todo. Mas depois de um tempo aprendi a ver beleza e sabedoria na forma como ele age com os sentimentos. Eu realmente não imagino como ele está se sentindo com toda essa emoção do casamento, mas, como ele bem me conhece, ele sabe que eu preciso falar sobre isso. 

Eu não vou me atrever a dizer que quero dar conselhos de casamento ao meu irmão, afinal, ele é o mais velho... ele é quem aconselha. Mas eu quero escrever tudo o que passa na minha cabeça sobre o que tem sido o casamento pra mim e como eu desejo que seja para eles dois.

Para isso quero escrever uma mensagem que vi em um vídeo no facebook. Eu peço desculpas adiantado porque não conheço nem o casal e nem o pastor e não tenho como dar os devidos créditos, mas quem quiser procurar, a página se chama "Tarde demais, me apaixonei". 

A mensagem inicia quando o pastor entrega aos noivos um par de óculos coloridos e faz perguntas sobre as cores que eles enxergam e se eles acreditariam quando o cônjuge falasse que o mundo não era daquela cor. Então, ele pede que o casal troque os óculos para enxergarem da forma que o outro enxerga. E aí vem a parte que mais gostei:

"Foi isso que Jesus fez. E o que eu quero declarar para vocês é que um casamento bem sucedido é um casamento onde a gente está sempre disposto a enxergar a ótica do outro. E esse é um exercício onde a gente abre mão de nós mesmos, para, em primeiro lugar, honrar a aliança, não a que eu tenho com meu cônjuge, mas a que eu tenho com o Senhor. Jesus viveu a sexta-feira da paixão de muito sofrimento, mas depois ele experimentou o domingo de glória na vida Dele. Não há domingo de glória no casamento se a gente não estiver disposto a passar pela sexta-feira da paixão. Sacrificar, renunciar, abrir mão. Jesus abriu mão de sua própria visão para enxergar aquilo que o Pai tinha proposto. E eu quero que façam uma aliança de novo: eu quero os teus óculos, para enxergar como você enxerga."

Eu queria que meu irmão e minha cunhada se lembrassem todos os dias que um casamento pode e deve ser feliz. Mas que felicidade no casamento não se resume a um casamento sem problemas ou tristezas.

Felicidade no casamento é acordar todos os dias com alguém descabelado e não se envergonhar de estar assim.
Felicidade no casamento não é ter muito dinheiro, mas sim, chegar no final do mês com as contas pagas, mesmo que seu saldo seja zero.
Felicidade no casamento não é "não sentir falta da casa dos pais", mas é saber que agora vocês tem duas casas para chamar de "lar". 
Felicidade no casamento é encontrar uma promoção no mercado, bem no dia de fazer compras do mês.
Felicidade no casamento é juntar dinheiro o ano todo pra fazer uma viagem.
Felicidade no casamento é saber passar pelos dias de sofrimento para chegar aos dias de glória.
Felicidade no casamento é colocar Deus à frente dos seus planos, mesmo que isso signifique mudar de planos.

Felicidade no casamento é enxergar com os óculos do cônjuge, é cuidar quando se está emburrado, é abrir mão mesmo quando você tem razão.

Nesse final de semana vai iniciar o "felizes para sempre" do meu irmão e da minha cunhada. E eu quero muito que eles sejam realmente felizes para sempre, do jeito que eu sou. Porque felicidade é uma constante na vida, embora nem todos os dias nós tenhamos alegrias. 

Que se lembrem do seguinte: "Posso não estar alegre, mas isso não significa que eu não sou feliz".

Eu quero que eles saibam que aqui a gente torce pelos casamentos, pelos finais felizes, pelas bodas de ouro. E que, de tudo, que eles nunca esqueçam que essa foi, provavelmente, a melhor escolha que eles fizeram em toda a vida!

Feliz "felizes para sempre"!

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Um comentário:

  1. Que lindo!
    Amei o texto e desejo que o Vinícius e a Quielze, sejam sim, felizes para sempre!
    E que vocês, meus filhos: Angélica e Fellipe; Priscila e Thiago; sejam felizes e saibam disso; mesmo ao se sentirem tristes.
    Amo vocês!

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