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quarta-feira, 4 de maio de 2016

Bela, recatada e do lar!

Há pouco mais de uma semana as redes sociais enlouqueceram com esse titulo numa matéria da revista VEJA sobre Marcela Temer, esposa de Michel Temer.

                 

Demorei para dar minha opinião pública sobre o assunto por diversos motivos. Um deles é que, normalmente, quando uma notícia explode na mídia, alguém escreve uma crítica sobre ela, depois outra pessoa critica quem criticou e depois alguém vem dar lição de moral sobre tudo que foi criticado.

Minha posição sobre o assunto foi construída após ler diversos textos sobre o mesmo.

1. Que há pessoas e movimentos que lutam pelo direito de escolha das mulheres, nós já sabemos.
2. Que existe uma porcentagem da população que gostaria de impor a forma como as pessoas se comportam, existe.
3. Que muitas pessoas gostam de ir contra às regras dos bons costumes e da boa educação apenas para mostrar que não seguem padrões, também se vê.
4. E, por fim, que muita gente não tem a menor ideia do que está acontecendo com o mundo e apenas segue as modas das redes sociais, é mais claro ainda.

Não quero focar no fato de que, talvez, a reportagem sobre Marcela Temer esteja ligada à situação política do país, ou que seja uma afronta à nossa atual presidente (me recuso a dizer presidenta, gente!).

Quero focar mais em alguns pontos que foram muito bem observados por diversas pessoas que escreveram a respeito.

Quando estamos solteiros, desejosos por um relacionamento sério, grande parte da população deseja ter um(a) companheiro(a) que pelo menos toma banho, escova os dentes, penteia o cabelo, passa perfume, corta as unhas e usa desodorante. Isso é o básico. Tenho certeza que, se fosse necessário diminuir o patamar de exigências, essas seriam as últimas a serem tiradas.

Digo isso porque o adjetivo "Bela" pareceu muito ofensivo para algumas pessoas, quando na verdade, ninguém procura ser feio. Ao contrário disso, em seu estilo e gosto, todas as pessoas buscam estar/ser belas. Da mesma forma que que normalmente procuramos um companheiro que agrade nossos olhos.

Agora vamos para o segundo adjetivo: "Recatada". A palavra recatada, segundo o dicionário, é um adjetivo utilizado para definir uma pessoa reservada e/ou tímida. Isso definitivamente é um adjetivo de Marcela Temer. Em quantas colunas de fofoca você encontra o nome dela? Me lembro de poucas repercussões sobre ela, uma em especial na posse de nossa presidente Dilma, pois ela fez um penteado lindo com trança embutida e a partir daí, virou febre utilizar esse penteado. Ou seja, copiar o penteado dela, ok. Mas copiar o comportamento dela é um absurdo, imposição machista da sociedade opressora.

O que muitas pessoas não entendem é que existe uma regra de vestimenta para todos os lugares. Você não utiliza um terno na praia, nem uma bermuda no escritório; você não vai a um tribunal utilizando chinelo de dedo e nem a um funeral utilizando um vestido colado e cheio de gliter. Em cada ambiente que você vai, você deve se vestir de forma que comunique sua mensagem, seja ela de respeito, de autoridade, de luto, de tranquilidade... Marcela Temer é uma figura pública, devido ao cargo de seu esposo e ela se veste como tal. Ninguém critica a Duquesa de Cambridge, Kate Midleton, por ser uma mulher recatada, que usa vestidos abaixo do joelho e nunca atrai situações constrangedoras. Mas em Londres pode, né?! No Brasil que é errado ser recatada (ironia).

O último adjetivo dado à Sra. Temer, foi "do lar". Uma pessoa considerada do lar é alguém que não trabalha fora de casa e vive para manter em ordem o espaço, os compromissos e a rotina de sua família. O trabalho de uma mulher do lar não é menos digno e nem menos cansativo do que o de uma mulher que trabalha fora de casa. Enquanto o trabalho fora de casa tem determinado número de horas e depois você está livre, o trabalho do lar não tem hora para começar e nem para terminar; é constante e serve a tudo e todos.

Li uma frase que achei muito interessante: "O feminismo fez parecer que as mulheres são livres quando servem seus empregadores, mas que são escravas quando ajudam seus maridos".

Eu acredito, como mulher cristã, que Deus criou homem e mulher, iguais em seus direitos, porém, cada um com sua função. Imagine um copo e um prato. Os dois foram feitos para utilidades culinárias, porém, não se coloca líquido no prato e nem comida no copo. Assim, vejo o homem e a mulher. Existem coisas que uma mulher pode fazer infinitas vezes melhor do que um homem. Porém, existem coisas que somente os homens podem realizar com 100% de destreza.

Minha mãe parou de trabalhar quando meu irmão tinha 1 ano de idade e só voltou quando ele estava com 9 anos (e eu com 6). Mas ela trabalhava em apenas um período, aquele que estávamos estudando. Ela começou a trabalhar o dia inteiro apenas quando eu tinha 15 anos (e meu irmão 18).

Ter a minha mãe em casa por tanto tempo foi muito positivo para mim. Aprendi a fazer inúmeras coisas que hoje seriam condenadas por parecer que minha mãe me criou para ser "Amélia". A verdade é que minha mãe me criou para ser completamente independente. Eu nunca precisei de ninguém para costurar minhas roupas ou para lavá-las. Minhas coisas estavam sempre conservadas. Aprendi a consertar tudo o que quebra. Inclusive, relacionamentos.

Meu pai me ensinou muitas coisas também. Me ajudou a ter uma personalidade forte e não aceitar tudo de cabeça baixa. Meu pai me ensinou que homem nenhum poderia gritar comigo e me machucar, porque ele NUNCA encostou a mão em mim. Meu pai sempre me ensinou a reconhecer meu valor e saber quem eu sou. Não precisei me rebelar nas redes sociais porque UM HOMEM me ensinou que posso ser quem eu quiser, contanto que eu respeite a mim mesma e as diferenças entre as pessoas.

O modelo de família na qual eu fui criada é o modelo de família que desejo perpetuar. Eu amo trabalhar e gosto muito do que faço, mas se um dia for possível que eu não trabalhe mais para cuidar da minha família em casa, eu vou ESCOLHER fazer isso.

Quando lutamos pelo direito de escolha, devemos ter em mente que as escolhas das outras pessoas podem ser diferentes da nossa. Portanto, se você decidiu não ser "recatada e do lar", não critique quem escolheu ser assim.

Se alguém te obriga a ser quem você não quer ser, está errado. Porém, a partir do momento que você decidiu começar uma família, você deve ter consciência de que suas escolhas afetarão as outras pessoas também. Em um relacionamento a dois é necessário considerar a opinião do outro para decidir como funcionará sua dinâmica familiar. 

Se Michel Temer é realmente um homem de sorte por ter uma mulher como Marcela Temer, só eles poderão dizer, pois somente eles podem saber o que precisam para que sua rotina funcione bem. A pergunta certa não é se ele tem sorte ou não. A pergunta certa é se MINHA FAMÍLIA se considera sortuda e abençoada pelas coisas que eu faço/sou por eles.

Se você tiver certeza que sua família está sendo privilegiada por quem você é e pelo que você faz, tenha certeza que você fez as escolhas certas!



3 comentários:

  1. Somos felizes e sortudos por ter você na nossa big family.

    Amo você!
    Amo seus textos!

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  2. Somos felizes e sortudos por ter você na nossa big family.

    Amo você!
    Amo seus textos!

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  3. Sou muito feliz por tela como sobrinha, linda do tio

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